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Abstract(s)
Apesar do avanço na tecnologia e na saúde, e apesar de atualmente estar equiparada ao 5º sinal vital, a dor não deixa de ser subjectiva, sendo por isso subestimada e sub tratada.
Com implicações em tantas doenças, o tratamento da dor deve ser uma prioridade e a prevenção da sua cronicidade, uma preocupação. Só deste modo se podem reduzir as comorbilidades associadas ao seu
tratamento e os gastos associados.
Este trabalho tem como objectivo realçar a incidência de dor crónica pós cirúrgica (DCPC), para que a magnitude do problema venha a ter maior visibilidade.
Consistiu na pesquisa de artigos na PubMed, usando as palavras-chave "Dor crónica pós cirúrgica", "epidemiologia dor crónica pós cirúrgica", "gastos associados a dor crónica". Deu-se preferência a
artigos publicados nos ultimos 5 anos e acrescentou-se ainda artigos com interesse científico pela sua novidade ou impacto na área.
A DCPC, definida como uma "dor que surge após cirurgia e que tem duração de pelo menos 2 meses", tem uma incidência variavel, mas crescente, pois o número de cirurgias aumenta anualmente e tanto pode estar associada a cirurgia major, como a cirurgias menos invasivas.
A incidência descrita de dor crónica após cirurgia major está entre os 20% - 50%, sendo que nas cirurgias menos invasivas, como a reparação de hérnia inguinal ou a cesariana, a incidência de DCPC ronda os 10%.
Se pensarmos que a incidência de DCPC é aproximadamente 10%, e que anualmente em Portugal são realizadas aproximadamente 900 mil cirurgias major, 90 mil doentes poderão vir a ter dor crónica.
É, no entanto, uma síndrome dolorosa ainda negligenciada e subvalorizada, com repercussão negativa na vida diária de muitos doentes e com grandes custos associados resultando numa sobrecarga para o Sistema Nacional de Saúde.
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Keywords
CHLC ANS Dor Crónica Dor Pós-Operatória
Citation
Rev Soc Port Anestesiol 2018;27(2):28-32