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- Alergia a Fármacos com Manifestações Cutâneas. Abordagem DiagnósticaPublication . Antunes, J; Brás, S; Prates, S; Amaro, C; Leiria-Pinto, PAs reacções adversas a fármacos (RAF) representam um problema frequente na prática clínica. A alergia a fármacos resulta de mecanismos de hipersensibilidade imunológica e representa 6-10% do total de RAF. Clinicamente, as reacções alérgicas a fármacos podem ser classificadas como imediatas (tipo I) ou não-imediatas (com manifestações clínicas diversas e associadas sobretudo a reacções de tipo IV). Neste artigo são abordados aspectos gerais, nomeadamente os mecanismos imunopatogénicos implicados na alergia a fármacos e reactividade cruzada mas também as manifestações cutâneas mais relevantes, nomeadamente exantemas máculo-papulares, eritema fixo a fármacos (EFF), pustulose exantemática aguda generalizada (PEAG), síndrome de hipersensibilidade a fármacos (DRESS – drug rash with eosinophilia and systemic symptoms), síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica (SSJ/NET). O papel dos testes cutâneos (epicutâneos ou intradérmicos de leitura tardia) na abordagem de reacções não-imediatas é também revisto. Os beta-lactâmicos (BL) são o grupo farmacológico mais frequentemente envolvido em reacções de hipersensibilidade imunológica e que mais dificuldades coloca na prática clínica diária, nomeadamente devido aos riscos de reactividade cruzada, pelo que é analisado em maior detalhe ao longo da revisão. A indução de tolerância a fármacos poderá ser considerada em casos selecionados, sobretudo quando na ausência de alternativas terapêuticas igualmente eficazes ou seguras.
- Allergy to Extensively Hydrolysed FormulasPublication . Antunes, J; Borrego, LM; Queiroz, A; Chambel, M; Rosa, S; Romeira, AM; Leiria-Pinto, P
- Chronic Urticaria in the Real-Life Clinical Practice Setting in Portugal: Baseline Results from the Non-Interventional Multicentre AWARE StudyPublication . Costa, C; Rosmaninho, I; Guilherme, A; Ferreira, J; Antunes, J; Pina, A; Prates, S; Gaspar-Marques, J; Azevedo, F; Cunha, AP; Brito, C; Massa, A; Sousa, JT; Velho, GC; Raposo, I; Pinto, GM; Sousa, Vi; Martins, ARThere is a paucity of information regarding chronic urticaria patients' care in a real-world setting. The objective of this study was to report and evaluate the baseline characteristics of Portuguese chronic urticaria patients refractory to H1-antihistamines included in the AWARE study. MATERIAL AND METHODS: This is a non-interventional cohort study. Adult patients with a diagnosis of chronic urticaria with symptoms for at least two months, refractory to H1-antihistamines, consulting one of the 10 participating urticaria centers throughout Portugal have been included in the study. Baseline sociodemographic data, medical history, clinical parameters, medication, weekly urticaria activity score, and dermatology quality of life index have been collected. RESULTS: Seventy six patients were included, of which 76.3% were women. The majority of patients had a diagnosis of chronic spontaneous urticaria (88.2%) and 39.5% had angioedema. Around 91.0% of patients were medicated with non-sedative H1-antihistamines and 35.4% with a third line therapy. Median dermatology quality of life index was 5.0 and median weekly urticaria activity score was 13.0. DISCUSSION: The baseline results suggest that patients with chronic urticaria refractory to H1-antihistamines are being under-treated in the real-world setting. CONCLUSION: The AWARE study demonstrates the real impact of chronic urticaria on Portuguese patients refractory to H1-antihistamines treatment, and 30% report a very large or extremely large deleterious effect on their quality of life. The follow-up of these patients will allow evaluating strategies aimed at optimizing disease control.
- Ciclosporina: Riscos em Idade PediátricaPublication . Antunes, J; Gouveia, C; Brito, MJIntrodução: A eficácia e segurança da ciclosporina têm sido demonstradas em patologias inflamatórias dermatológicas, nomeadamente psoríase e eczema, em adultos e crianças. Na idade pediátrica o seu uso é no entanto ainda limitado. Apresentamos três casos clínicos em que a ciclosporina, foi interrompida por aparecimento de complicações. Este trabalho visa alertar para potenciais efeitos secundários da ciclosporina, a fim de evitar utilizações abusivas. Casos clínicos: Foram submetidas a terapêutica com ciclosporina oral duas crianças de quatro e 13 anos de idade com eczema e uma criança de dois anos, com psoríase eritrodérmica. No primeiro caso interrompeu-se terapêutica pelo aparecimento de impétigo ao sexto dia de ciclosporina. Iniciou corticóides e inibidores tópicos da calcineurina com boa resposta. No segundo caso, a ciclosporina foi interrompida pelo aparecimento de herpes facial exuberante e toxicidade hepática e renal no quarto dia de tratamento. No último caso, de psoríase generalizada e impétigo, medicado com flucloxacilina e gentamicina,a terapêutica foi interrompida ao sexto dia por angioedema e urticária generalizados por quadro de angioedema e urticária generalizados, interpretado como reacção de hipersensibilidade a beta-lactâmicos, não sendo contudo possível excluir papel da ciclosporina. Discussão: Os dados sobre a utilização da ciclosporina em crianças são ainda escassos. A utilização deve ser limitada a casos com indicações precisas, após considerar riscos e benefícios.
- Cystic Fibrosis, Atopy, Asthma and ABPAPublication . Antunes, J; Fernandes, A; Borrego, LM; Leiria-Pinto, P; Cavaco, JThe role of atopy on cystic fibrosis (CF) progression remains unclear but evidence suggests that it may influence the appearance of co-morbid conditions such as CF asthma or allergic bronchopulmonary aspergillosis (ABPA). Recognising asthma in patients with CF is not always easy but the identification of atopic markers favours the diagnosis. Physicians should be aware of this fact in order to achieve a better control of respiratory symptoms in patients with CF. Bronchial mucosa inflammation and abnormal mucus predispose to mould colonisation. These patients are at higher risk of allergic sensitisation, especially when atopic susceptibility is present. In the particular case of A. fumigatus, allergic sensitisation precedes ABPA development, which occurs in up to 10% of CF patients. Progression of lung function deterioration is most strikingly pronounced in patients with ABPA. Therefore, sensitisation with A. fumigatus should be regularly tested in patients with CF, especially those at higher risk. Recombinant allergens constitute an important advance in differentiating Aspergillus sensitisation from ABPA itself.
- Diagnosis of Eosinophilic Esophagitis in an Infant Undergoing Milk Oral Immunotherapy - A Case ReportPublication . Morais Silva, P; Antunes, J; Chambel, M; Prates, S; Leiria-Pinto, PAlthough the standard of care for cow’s milk (CM) allergy is strict food avoidance, oral immunotherapy (OIT) is being widely investigated as an alternative management option in certain cases. Immediate adverse reactions to OIT have been described, but its long-term effects are much less often reported. We present the case of a girl diagnosed with IgE-mediated CM allergy that was proposed for our CM OIT protocol at the age of 3 years. The first sessions (dose escalation up to 5 ml) were well tolerated, however eight hours after her daily morning dose of 5ml CM the child developed late episodes of vomiting. No other symptoms, particularly immediately after CM ingestion, were reported. These episodes became progressively worse and on the third day she presented mild dehydration and blood eosinophilia. After OIT interruption, a progressive clinical improvement was observed. An esophageal endoscopy was performed, showing signs of eosinophilic esophagitis (EoE) with peak 20 eosinophils/hpf. After treatment with topical swallowed fluticasone (500 mcg bid) and a CM-free diet for 4 months, the child was asymptomatic and endoscopy and biopsy findings were normal. The long-term effects of milk OIT are still in part unknown. We hypothesize that eosinophilic esophagitis may have been a consequence of OIT in this case. The findings seem to indicate that food allergy may play a role in the pathogenesis of esophageal eosinophilia and stress the importance of a well programmed long-term follow-up of patients that have undergone milk OIT.
- Exposições Acidentais na Alergia AlimentarPublication . Antunes, J; Sousa, F; Paes, MJ; Chambel, M; Prates, S; Leiria-Pinto, PIntrodução: A recomendação habitual no tratamento da alergia alimentar é a evicção completa, até à aquisição de tolerância. É importante perceber em que situações ocorrem falhas na evicção, de forma a orientar o melhor possível o doente com alergia alimentar. Objectivo: Conhecer a frequência e caracterizar as exposições acidentais, num grupo de doentes com alergia alimentar. Material e métodos: A partir dos registos do Serviço de Imunoalergologia do Hospital Dona Estefânia, foram seleccionados doentes com idade ≤ 10 anos com alergia às proteínas do leite de vaca, ovo, peixe, amendoim ou frutos secos. Os pais/prestadores de cuidados responderam a um inquérito telefónico referente ao alimento implicado, falhas na dieta e sintomas. Resultados: Contactou -se um grupo de 65 doentes com idade média de 4,3 anos (63% do sexo masculino), totalizando 69 casos de alergia alimentar – cerca de 42 casos de alergia ao leite, 11 casos de alergia ao peixe, 10 de alergia ao ovo, 5 de alergia aos frutos secos e 1 de alergia ao amendoim. Na maioria dos casos a primeira reacção foi desencadeada por ingestão (95,6%) e foi imediata (78,3%), manifestando -se por sintomas mucocutâneos (MC) em 75,4%, gastrintestinais em 33,3% e respiratórios em 23,2%. Ocorreu anafilaxia em 17%. Houve falhas na dieta em 68,1% dos casos, que contabilizaram um total de 68 eventos de exposição acidental, na maioria (87,1%) com sintomas. Destes 68 eventos de exposição acidental, em 69,1% (n=47) o leite foi o alimento implicado, em 14,7% (n=10) foi o ovo, em 13,2% (n=9) o peixe e em 2,9% (n=2) os frutos secos. As manifestações clínicas mais frequentes foram MC (55,9,9%), seguindo -se as do tracto respiratório (25%) e as do tracto gastrointestinal (23,5%). Em 20,5% dos eventos de exposição acidental, ocorreu reacção anafiláctica. A maior parte das ingestões/exposições acidentais ocorreram em casa (36,8%) e na escola (29,4%). Perante a reacção foi administrada terapêutica em 41,2%, aguardaram resolução espontânea 38,2% e recorreram ao serviço de urgência 20,6% dos casos. Conclusões: As falhas na dieta de evicção foram frequentes, a maioria com sintomas. Aconteceram maioritariamente em casa e na escola, o que pode sugerir lacunas no conhecimento dos pais/prestadores de cuidados. A caracterização das exposições acidentais nos doentes com alergia alimentar poderá ajudar a optimizar a transmissão de informação, a estes e aos seus responsáveis, relativamente à prevenção de situações de risco.
- Fixed Drug Eruption Due to Etoricoxibe - A Case ReportPublication . Antunes, J; Prates, S; Leiria-Pinto, P
- Importância da Avaliação Funcional Respiratória em Idade PrecocePublication . Antunes, J; Borrego, LMAs provas de função respiratória são instrumentos de quantificação objectiva do compromisso pulmonar utilizadas na confirmação diagnóstica, monitorização após terapêutica e avaliação do prognóstico de diversas patologias. Tem sido possível nos últimos anos a sua aplicação em crianças mais jovens, com benefícios evidentes, pela possibilidade de atempadamente monitorizar e alterar o curso natural de certas doenças. As provas de função respiratória no lactente e em idade pré-escolar revestem-se de particularidades metodológicas, tendo ocorrido recentemente um grande interesse da comunidade científica neste âmbito, com grandes progressos nesta área. Pretende-se no presente artigo enumerar as técnicas de função respiratória disponíveis em idade precoce, explicitando a sua fundamentação teórica, metodologia e aplicabilidade. Será dado particular destaque às técnicas mais inovadoras aplicadas no lactente – técnicas de compressão torácica rápida em volume corrente e volume aumentado, bem como em idade pré-escolar – pletismografia sem oclusão e espirometria animada. Embora as provas funcionais do lactente permaneçam no domínio da investigação, pela sua controversa aplicabilidade individual, as provas de função respiratória em idade pré-escolar são muito promissoras para o futuro.
- Infecções Respiratórias Virais na CriançaPublication . Antunes, J; Chambel, M; Borrego, LM; Prates, S; Loureiro, VIntrodução: Os vírus respiratórios são uma importante causa de morbilidade e constituem a principal causa de dificuldade respiratória na infância. Os agentes mais frequentes são o vírus sincicial respiratório (VSR) e rínovirus humano (RV). Outras agentes menos comuns incluem os vírus influenza, parainfluenza, adenovírus e os mais recentemente identificados coronavírus, metapneumovírus humano e bocavírus humano. O objectivo foi descrever as infecções por vírus respiratórios numa amostra de crianças internadas. Métodos: Foi feita uma revisão dos pedidos de pesquisa de vírus respiratório em crianças abaixo dos 5 anos, internadas por infecção respiratória entre 1 de Outubro de 2010 e 15 de Fevereiro de 2012 e dos respectivos processos clínicos. Resultados: Foi realizada pesquisa de vírus respiratórios por imunoflorescência directa em 664 crianças, com resultados positivos em 268 (40.4%): VSR (n=240, 89.6%), metapneumovírus (n=10), influenza A (n=7), parainfluenza (n=6), adenovírus (n=2) e 3 casos de co-infecção. O maior número de casos positivos ocorreu entre Dezembro 2010 e Janeiro 2011 (n=263, 39.6% do total de casos positivos) e Dezembro 2011 e Janeiro 2012 (n=183, 27.6% do total de casos positivos). A maioria das crianças apresentava infecções adquiridas na comunidade (n=605, 91.1%), com dificuldade respiratória em 422 casos (69.8%). Os restantes casos correspondiam a infecções nosocomiais (n=59, 8.9%). A infecção por VSR foi mais frequente em crianças abaixo dos seis meses (65.2%, p<0.0001) e associou-se de forma estatisticamente significativa a dificuldade respiratória (96.3%, p<0.0001), hipoxémia e corticoterapia sistémica (35.6%, p=0.0001). A maioria das crianças com sibilância recorrente apresentava dificuldade respiratória (91.9%, p<0.0001). Discussão: Nas infecções respiratórias na infância com necessidade de internamento destaca-se a preponderância de infecções por VSR, com padrão sazonal típico (com pico de incidência nos meses de Inverno) e o maior risco de internamento em infecções por VSR abaixo dos 6 meses de idade.