Browsing by Author "Casimiro, A"
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- Acidose Tubular Renal Distal e Surdez Neurossensorial com Mutação no Gene ATP6V1B1Publication . Periquito, I; Casimiro, A; Santo, C; D’Elia, C; Abranches, M; Castro, IA acidose tubular renal distal é uma doença rara, caracterizada pela incapacidade na acidificação da urina, condicionando acidose metabólica hiperclorémica, hipocaliémia, hipercalciúria e nefrocalcinose, o que poderá causar atraso de crescimento, alteração do metabolismo ósseo e insuficiência renal crónica. A acidose tubular renal distal associada a surdez neurossensorial é uma doença de herança autossómica recessiva, causada por mutações do gene que codifica a subunidade B1 da H+ -ATPase (ATP6V1B1). Os autores relatam os casos de duas irmãs que apresentaram má progressão ponderal, alterações iónicas, do equilíbrio ácido base e surdez neurossensorial. Foi detectada em ambas as crianças a mutação homozigótica no gene ATP6V1B1. Com estes dois casos pretende -se destacar a importância de um diagnóstico precoce nesta patologia rara.
- Clinical, Laboratorial and Immunological Aspects of Severe Malaria in Children from Guinea-BissauPublication . Domingos, J; Casimiro, A; Portugal-Calisto, D; Varandas, L; Nogueira, F; Silva, M SMalaria is a parasitic disease of which Plasmodium falciparum causes the most severe form of the disease. The immune response against Plasmodium spp. is complex and remains unclear. The present report aimed to better understand the humoral immune response in severe malaria and analyse new immunodominant antigen candidates as possible serological marker in severe malaria in children. This study included children aged 0-16 years from Guinea-Bissau with clinical signs of severe malaria. Serological and immunochemical characterisation of different anti-P. falciparum antibodies were made by ELISA and immunoblotting using a crude protein extract of P. falciparum. Sera from 12 children with severe malaria were analysed. Nine samples were positive for total anti-P. falciparum antibodies, seven for IgM and eight for total IgG anti-P. falciparum. There was a predominance of IgG1 response, suggesting a cytophilic action in severe malaria and a major role of IgG1 over other immunoglobulins. The antigenic profile of P. falciparum showed a consistent immunoblotting pattern of approximately 180 kDa, 100 kDa and around 50-40 kDa. The serological reactivity found in protein bands makes them as immunodominant antigens and promising candidates for serological markers in the context of severe malaria.
- Coexistence of Pheochromocytoma and Renal Artery Stenosis in a Pediatric Patient with HypertensionPublication . Serras, I; Baeta Baptista, R; Francisco, T; Casimiro, A; Lito, D; Alves, R; Abranches, MPheochromocytoma and renal artery stenosis are surgically treatable causes of hypertension. Although rare, the coexistence of pheochromocytoma and renal artery stenosis has been described in case reports. Common pathophysiological mechanisms other than extrinsic compression may be involved in this association, such as catecholamine-induced vasospasm. The early recognition of the association of pheochromocytoma with renal artery stenosis is essential for appropriate treatment planning. We present the case of a previously healthy tenyear- old boy who presented with hypertensive encephalopathy, tachycardia and diaphoresis. Hypertension was found to be secondary to a catecholamine-producing tumor associated with coexisting renal artery stenosis. Hypertension resolved a few months after successful pheochromocytoma excision, without renal artery revascularization.
- Comunicação Entre Pais e Pediatras: o que Informamos e como Informamos, Será Suficiente?Publication . Francisco, T; Queirós, G; Casimiro, A; Conde, M; Brito, MJIntrodução: Durante um internamento podem ser necessários procedimentos diagnósticos e terapêuticos, e as crianças e os pais contactam com vários profissionais de saúde. Será que as informações fornecidas pelos médicos são suficientes e claras? Objectivos: Avaliar a opinião dos pais relativamente às informações fornecidas pelos médicos e a influência que podem ter factores socioeconómicos e culturais na compreensão destas informações. Métodos: Recolheram-se dados demográficos e avaliou-se o grau de conhecimento sobre o diagnóstico, exames e tratamentos, data da alta, nome do médico assistente e opinião quanto à clareza e frequência das informações. Resultados: Considerámos 300 entrevistas. A maioria dos pais tinha uma correcta percepção sobre o diagnóstico(74,8%), tratamento (70,3%) e exames realizados (78,0%), mas apenas 18,7% sabiam a data provável da alta. Em 65,0% dos casos as informações tinham sido fornecidas pelo médico responsável e a maioria considerou a informação clara(87,0%) e suficiente (81,0%). Em serviços de Cirurgia registou-se uma melhor informação relativamente ao diagnóstico (80,4% vs 69,9%, p=0,042) e nome do médico responsável (70,6% vs 55,5%, p=0,008). Os entrevistados com maior escolaridade conheciam melhor o médico (70,4% vs 56,6%, p=0,016) e os tratamentos efectuados às crianças (79,6% vs 69,8%, p<0,001). Os pais de nacionalidade portuguesa e de meio socioeconómico mais elevado conheciam melhor o diagnóstico (79,7% vs 61,8%, p=0,004), (80,7% vs 65,7%, p=0,007) e tratamento (76,3% vs 50,0%, p<0,001), (81,3% vs 49,0%, p=<0,001). Adicionalmente, o grupo socialmente mais diferenciado conhecia melhor o médico responsável (55,9% vs 67,7%, p=0,050). Quando as informações eram transmitidas pelo médico responsável os entrevistados consideravam-nas mais claras (92,3% vs 81,1%, p=0,001) e suficientes (89,7% vs 64,2%, p<0,001).Conclusão: Este estudo identifica a importância do médico assistente na comunicação com os pais das crianças e a necessidade de adequar a informação ao nível sociocultural da família ao longo do internamento.
- Disfunção Vesical, Infecção Urinária e Refluxo Vesico-Ureteral na CriançaPublication . Castro, I; Soares, E; Casimiro, A; Nogueira, GTem sido descrita uma correlação estreita entre infecção urinária, refluxo vesico-ureteral e disfunção miccional na criança. A obstrução funcional causada pela disfunção vesical/uretral representa um elevado risco de recorrência de infecção urinária, indução e perpetuação do refluxo (mesmo após correcção cirúrgica) é de lesão renal permanente. A normalização da alteração da micção como problema primário, é crítica na resolução de problemas secundários tais como a infecção urinária e o refluxo vesico-ureteral. Trinta e sete crianças com refluxo vesicoureteral secundário a disfunção miccional foram detectadas, avaliadas e tratadas entre 1990 e 1995 (5 anos). Foram estudados 49 ureteres. A infecção urinária foi o sintoma revelador em todas as crianças, ocorrendo entre 1 mês e os 13 anos de idade (mediana de 3,5 anos). Todas as crianças eram neurologicamente e estruturalmenle normais, detectando-se sintomatologia sugestiva de instabilidade ou imaturidade vesical em 34 (91,9%) e sugestiva de obstrução esfiocteriana funcional em três (8,1 %). Os estudos ecográfico e cistográfico efectuado em todas as crianças, com o apoio do estudo urodinâmico em 17 (45,9%) confirmaram o diagnóstico clínico. Em 29 (78,4%) das crianças foi efectuada cintigrafia com DMSA (Addo Dimercaptosuccínico), revelando cicatriz renal em 26 (89,6%) dos exames. Foi incentivado um programa de reeducação vesical e regularização dos hábitos intestinais em todas as crianças, associado a terapêutica anticolinérgica em 23 (62,2%) e/ou relaxantes musculares em três (8,1%) e fenoxibenzamina e algaliação intermitente (1,5 mês) em uma (2,7%), para além da quimioprofilaxia da infecção urinária instituida em 34 (91,9%) das crianças. Houve resolução completa da infecção urinária em 35 (94,6%) com redução da sua frequência nas outras duas (5,4%), cura do RVU em 32 (86,5%) e melhoria em quatro (10,8%). Verificou-se desaparecimento dos sinais de disfunção vesical em 22 (59,5%) casos com redução na intensidade e frequência em 14 (37,8%), mantendo-se uma criança (2,7%) com síndrome de urgência e refluxo vesico-ureteral inalterado. Estes dados implicam que a detecção e traramento da disfunção vesical/esfincteriana, são essenciais em todas as crianças com o complexo infecção urinária recorrente e refluxo vesicoureteral.
- Impacto das Infeções Respiratórias Viricas Múltiplas na Evolução de Crianças Gravemente DoentesPublication . Verdelho Andrade, J; Bota, S; Marques, F; Casimiro, A; Estrada, J; Santos, MIntrodução: As infecções respiratórias baixas são a principal causa de mortalidade em crianças até aos 5 anos. A utilização do painel rápido multiplex por PCR melhora a identificação do diagnóstico etiológico. Objetivos: Comparar a evolução de infecções respiratórias víricas com um ou mais agente isolado em crianças admitidas por insuficiência respiratória aguda (IRA) em cuidados intensivos. Métodos: Estudo retrospetivo (39 meses, dezembro 2014 a fevereiro 2018) de doentes com IRA e identificação de pelo menos um vírus por PCR multiplex. Estudou-se a idade, género, PCR multiplex e evolução. Consideraram-se dois grupos: A um vírus e B mais do que um vírus. Utilizaram-se os testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher para testar associações entre variáveis. Resultados: Obtiveram-se 54 IRA com agente identificado: grupo A=42 e B=12. Mediana de idade de 4 e 5 meses (A/B), género masculino 57% e 50% (A/B). No mesmo período, verificaram-se 1149 internamentos, com PRISM médio de 2,68 e mortalidade de 2,78%. No grupo A, o PRISM médio foi de 7,50 e no B de 5,17. Não se registaram óbitos. A doença crónica e a falência de órgão foram mais frequentes no grupo A (33% e 8%, p=0,088; 83% e 67%, p=0,206). Os vírus mais frequentes foram: A - Vírus Sincicial Respiratório (43%), B - Rhinovírus (58%), com coinfecção bacteriana em 21% e 8% (A/B, p=0,303). O grupo B necessitou mais de ventilação (A - 67%, B - 75%, p=0,512), sem diferença no modo (não invasiva p=0,571, invasiva p=0,571). Houve necessidade de acesso central em 24% e 25% (A/B, p=0,932) e vasopressores em 10% e 0% (A/B, p=0,564). A demora média foi 11 e 10 dias (A/B). Conclusão: O estudo sugere que a coexistência de vários vírus no mesmo doente não alterou significativamente a evolução e o prognóstico.
- Infecção a Enterovírus 71... Ameaça de Saúde Pública EmergentePublication . Venâncio, P; Casimiro, A; Oliveira, M; Valente, R; Brito, MJ; Silva, R; Conceição, C; Ventura, L
- Novas Estratégias de Prevenção da Tosse ConvulsaPublication . D´Elia, C; Mendes, P; Casimiro, AIntrodução: Nos últimos 30 anos, em vários países, tem sido relatado um aumento da incidência de tosse convulsa, sobretudo em adolescentes e adultos, apesar das altas taxas de cobertura de imunização primária. Objectivos: Rever aspectos da epidemiologia da tosse convulsa, descrever algumas estratégias de controlo, com ênfase nas que incluem a utilização de vacinas com menores quantidades do toxóide diftérico e de alguns componentes pertussis (dTpa), e a avaliação da eficácia e efectividade destas vacinas. Métodos: Selecção de artigos relevantes, através da base de dados PubMed e sítios de acesso livre da internet, publicados entre 1991 e 2011. Resultados: As alterações do padrão epidemiológico são atribuídas, principalmente, à diminuição da imunidade ao longo dos anos, após a vacinação ou infecção natural. Os adolescentes e adultos foram identificados como importantes fontes de transmissão da doença para lactentes muito jovens que, uma vez não imunizados ou parcialmente imunizados, são mais vulneráveis às complicações relacionadas com a doença e apresentam maior mortalidade. A vacina (dTpa), formulada para o uso em adolescentes e adultos é segura e eficaz. A sua utilização também reduz a transmissão da tosse convulsa para os grupos etários com alto risco de complicações. Conclusão: A disponibilidade da dTpa oferece novas oportunidades para reduzir o impacto da tosse convulsa. A modificação das estratégias preventivas pode levar a um melhor controlo global da doença.
- Quisto Broncogénico: Elemento Radiológico SugestivoPublication . Moutinho, A; Seves, G; Arroyo, R; Gaspar, M; Alves, R; Sá Couto, H; Casimiro, A; Oliveira Santos, JO quisto broncogénico constitui a lesão quística mais comum do mediastino. Descreve-se o caso de uma criança do sexo feminino, de quatro anos de idade, com tosse estridulosa recorrente desde os dois anos e febre de início recente. A radiografia de tórax revelou desvio da linha ázigo-esofágica, o que levantou a suspeita de lesão mediastínica.A tomografia computorizada torácica mostrou lesão mediastínica que foi posteriormente identificada por ressonância magnética como correspondendo a um quisto broncogénico. Três meses depois foi submetida a cirurgia com exérese do quisto e desde então, decorrido um ano, tem estado assintomática. Destaca-se a importância da identificação de referências radiológicas que podem ser relevantes para o diagnóstico de lesões ocupando espaço no mediastino.
- Severe Stevens-Johnson Syndrome/Toxic Epidermal Necrolysis Overlap Syndrome-Beyond Skin InvolvementPublication . Milheiro Silva, T; Neves, JF; Casimiro, A; Varandas, L; Gouveia, CStevens-Johnson syndrome (SJS) and toxic epidermal necrolysis (TEN) are rare but serious dermatologic diseases with many potential multisystem complications. We describe the case of an 8-year-old girl who developed severe SJS/TEN overlap syndrome (25% of her body surface area was affected) complicated by pancreatitis and bronchiolitis obliterans. These rare complications emphasize the need for careful, intensive monitoring of possible complications and an interdisciplinary team approach to provide optimal treatment and follow-up.