Browsing by Author "Ferreira, B"
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- Adesão ao Programa "PSIC" - Uma Análise DescritivaPublication . Mesquita Reis, J; Jorge, S; Ferreira, B; Maia, T; Santos, E; Maximiano, J; Ribeiro, C; Fernandes, C; Roquette, TIntrodução: A intervenção preconizada no primeiro episódio psicótico (PEP) engloba o recurso a psicofármacos e a intervenções psicossociais. A adesão à medicação e o cumprimento dos tratamentos psicossociais são essenciais para o sucesso das intervenções. Estima-se que a não adesão à medicação no primeiro ano após o diagnóstico de psicose ocorra em cerca de metade dos doentes, sendo também elevada a taxa de abandono relativa às intervenções psicossociais. Vários estudos têm procurado determinar quais os fatores que contribuem para a não adesão à intervenção. No serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca (HFF) desenvolve-se um protocolo de avaliação e intervenção no PEP, o “PSIC”, o qual visa a avaliação global da sintomatologia e do funcionamento do indivíduo e a aplicação de intervenções específicas. Objetivos: Caraterização do perfil sociodemográfico, clínico e de adesão ao tratamento numa amostra de pacientes com PEP. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, cujos dados foram obtidos a partir do preenchimento de um questionário com variáveis sociodemográficas, clínicas e de adesão, relativos aos pacientes referenciados ao “PSIC”, desde inicio de 2014 a 2017. Adicionalmente, analisou-se, retrospectivamente, a adesão à medicação e às intervenções psicossociais. Os dados foram tratados em SPSS®(v10.0.1). Resultados: Da amostra inicial foram elegíveis 28 pacientes. Os pacientes apresentaram bons índices de adesão à medicação, tendencialmente superiores aos existentes na literatura. No que respeita às intervenções psicossociais os resultados encontram-se em conformidade com os encontrados por outros grupos. Não se encontrou associação entre a adesão ao protocolo ou à medicação e o género, ser imigrante, escolaridade e história de consumos. Contudo, encontrou-se uma associação estatisticamente significativa entre a má adesão ao protocolo e a inexistência de atividade laboral à entrada no protocolo (p 0,049*), assim como com a ausência de atividade socio-ocupacional durante o protocolo de intervenção (p 0,036*). Encontrou-se uma associação estatisticamente significativa entre a boa adesão ao protocolo e um envolvimento positivo da família (p 0,046*). Conclusões: O reconhecimento antecipado de fatores de não adesão é essencial na estruturação de intervenções a eles dirigidas (como por exemplo a promoção de intervenção familiar), favorecendo a adesão ao projeto terapêutico e modificando o curso da doença.
- Desempenho das Funções dos Técnicos Coordenadores de Análises Clínicas e de Saúde Pública da Sub-Região de Saúde de Lisboa e Vale do TejoPublication . Oliveira, AP; Costa, MJ; Freire, I; Vilares, A; Ferreira, B; Abreu, R; Caria, ECom este trabalho, pretendeu-se identificar o cumprimento das funções de coordenação, definidas no Decreto-Lei n° 564/99, de 21 de Dezembro tanto na área de recursos humanos como na área de recursos materiais, por parte dos Técnicos Coordenadores de Análises Clínicas e de Saúde Pública (ACSP) das Instituições Públicas de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo. O estudo efectuou-se numa população de 29 técnicos de ACSP. Neste estudo descritivo e exploratório utilizou-se como instrumento na recolha de dados o questionario. Verificou-se que a população em estudo foi constituida maioritariamente por Técnicos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 38 e os 63 anos, uma formação académica de nível médio-superior, cujo tempo na carreira era superior a 18 anos e um tempo médio de coordenação de 8 anos. Constatou-se existir um conhecimento generalizado da legislação em vigor que descreve as funções atríbuidas aos Técnicos Coordenadores. Em relação ao cumprimento das funções inerentes ao cargo de Técnico Coordenador (TC), procurou-se evidenciar as funções mais exercidas e as menos exercidas. Nas duas grandes áreas de actuação do TC, gestão de recursos humanos e de recursos materiais, foi na primeira que se verificou um melhor desempenho, pelo facto de haver nesta área um maior número de funções descritas na lei. Embora as funções inerentes ao cargo de TC sejam na área da gestão em geral, verificou-se que as funções mais exercidas estão mais relacionadas com a gestão de pessoal e não tanto com o planeamento e definição de objectivos. Conclui-se que o efectivo cumprimento das funções inerentes ao cargo de TC, ainda não são uma realidade, na maioria dos casos, como seria necessário.
- Gender Dysphoria: Concepts, Diagnosis and Clinical ManagementPublication . Alves Rodrigues, C; Marguilho, M; Ferreira, B; Nascimento, S; Nascimento, M; Cardoso, S; Silva, M; Pablo, AC; Soares, C; Fernandes, C; Gonçalves, MGender dysphoria is defined as a condition characterized by mental suffering associated with the incongruence between one's experienced gender and their birth-assigned sex. Gender as a construct and gender dysphoria as a condition in need of multidisciplinary intervention have developed as swiftly as their visibility in society, making it mandatory to promote the literacy and education of all healthcare professionals in this area. This article aims to review information based on scientific evidence on people with gender dysphoria and its clinical approach, while contributing to a safe, inclusive, and non-discriminatory practice of healthcare.
- Pancreatic Stone Protein As a Biomarker of SepsisPublication . Lopes, D; Chumbinho, B; Bandovas, JP; Faria, P; Espírito Santo, C; Ferreira, B; Val-Flores, L; Pereira, R; Germano, N; Bento, L
- Radioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição oncológicaPublication . Costa, M; Ferreira, B; Sousa, M; Costa, N; Castelo-Branco, M; Gonçalves, BIntrodução: O papel da radioembolização (RE) de metástases hepáticas de carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. O presente estudo pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes pacientes. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospetiva de todos os doentes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis submetidos a RE numa instituição, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier; para avaliação de fatores de prognóstico foram usados os testes log-Rank, Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e teste-t. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE (definido pela resposta tomográfica, segundo os critérios RECIST 1.1, como parcial, completa ou estável, aos três meses de seguimento) foi observado em 50% dos casos. Um estádio ≤ 3 (p<0,040), níveis de CEA < 20 ng/mL no momento do diagnóstico (p=0,035) e após a RE (p=0,023), e ausência de invasão vascular (p=0,028) ou linfática (p=0,020) na peça cirúrgica do tumor primário, bem como um tempo livre de metastização superior a um ano desde o diagnóstico (p=0,036) foram significativamente associados ao sucesso da RE. O tempo médio de sobrevivência de pacientes com e sem sucesso na RE foi de 9,4 e 8,9 meses, respetivamente. Conclusão: A RE é uma terapêutica bem-tolerada, com resultados objetivos em metade dos pacientes tratados e com um aumento não significativo da sobrevivência dos doentes. Existem fatores de prognóstico de resposta à RE que foram identificados e que podem ajudar a selecionar melhor os doentes a tratar.