Browsing by Author "Fino, R"
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- Glossectomia Total na Era de Preservação de Órgão - Resultados Funcionais e SobrevidaPublication . Pereira, S; Fino, R; Montalvão, P; Mariano, M; Melo, M; Castelhano, L; Magalhães, MObjetivos: Avaliação de doentes submetidos a glossectomia total (GT). Material e Métodos: Estudo retrospetivo que incluiu os doentes submetidos a GT entre 2009 e 2018 no serviço de Otorrinolaringologia do IPOLFG. Resultados: Foram incluídos 27 doentes. A vasta maioria dos doentes (78%) apresentava tumor em estadio avançado (IV). A GT foi realizada como tratamento de resgate em 56% dos casos. A reconstrução foi maioritariamente realizada recorrendo a retalho de grande peitoral (59%). 93% dos doentes foram laringectomizados. 30% dos doentes alcançaram função da deglutição adequada. No período de follow-up médio de 21 meses, 14 (52%) doentes recidivaram. As taxas de sobrevida a 1 e 5 anos foram de 52% e 22%. Conclusões: A GT foi maioritariamente realizada em casos de recidiva de doença após protocolo de preservação de órgão. Tem um impacto na qualidade de vida ao afetar quer a deglutição quer a fala. São doentes com recidiva locoregional elevada e com taxa de sobrevida baixa, mas é uma opção importante quando as alternativas terapêuticas são limitadas.
- Tumores do Espaço Parafaríngeo: Experiência de 10 Anos do IPO-LFGPublication . Correia, I; Boavida, M; Delgado, I; Cabral, R; Hebe, A; Fino, R; Montalvão, P; Magalhães, MIntrodução: As neoplasias do espaço parafaríngeo são raras, representando apenas 0,5% dos tumores da cabeça e pescoço. A maioria são benignas, mas uma ampla variedade de patologias benignas e malignas podem ser encontradas neste espaço, o que cria desafios complexos de diagnóstico e tratamento. Objetivo: Descrever e analisar uma série de casos de neoplasias primárias do espaço parafaríngeo tratadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG). Material e métodos: Estudo retrospetivo, com recolha e análise dos dados dos processos clínicos de tumores primários do espaço parafaríngeo, que foram diagnosticados ou referenciados ao IPOLFG entre 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados: Foram incluídos 38 doentes. A idade mediana foi de 52 anos (Âmbito Interquartil: 40-63 anos). Dez (26,3%) doentes eram assintomáticos. O sintoma mais comum à apresentação foi a sensação de corpo estranho orofaríngeo (23,7%) e o achado mais frequente foi um abaulamento orofaríngeo (78,4%). Todos os doentes fizeram exames de imagem pré-operatórios: 94,7% tomografia computorizada e 68,4% ressonância magnética. A citologia aspirativa foi realizada em 39,5%. 31 tumores eram benignos (81,6%), sendo os mais frequentes os adenomas pleomórficos (58,1%). 7 eram malignos (18,4%), com os carcinomas exadenomas pleomórficos (28,6%) e os linfomas (28,6%) sendo os mais comuns. 36 doentes (94,7%) foram submetidos a tratamento cirúrgico primário; os outros 2 doentes (5,3%) receberam tratamento não cirúrgico, com quimioterapia e quimioradioterapia, respectivamente. A abordagem cervical foi a mais utilizada (80%). A mandibulotomia foi necessária em apenas 5,7%. A complicação mais frequente foi a neuropatia de pares cranianos de novo, identificada em 22,2%. Destes, 75% foram sequela da resseção de tumores neurogénicos. Todas as neuropatias que resultaram da resseção de tumores não neurogénicos foram transitórias. O follow-up mediano foide 6,5 anos. A taxa de recorrência foi de 13,5%. Conclusões: Os tumores do espaço parafaríngeo requerem um elevado índice de suspeição para serem diagnosticados num estadio precoce. A resseção cirúrgica completa é o principal tratamento. A abordagem cirúrgica deve ser selecionada caso a caso, mas a cervical fornece um excelente acesso à maioria dos tumores deste espaço.