Browsing by Author "Mano, L"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- Ciliopatias – Experiência de uma Unidade de Nefrologia Pediátrica de um Hospital TerciárioPublication . Maio, P; Rocha, S; Mano, L; Francisco, T; Santos, R; Serrão, AP; Abranches, MIntrodução: As ciliopatias constituem um grupo de doenças associadas a mutações genéticas que condicionam alterações na estrutura e função dos cílios. A disfunção ciliar pode manifestar-se com doença renal, degeneração retiniana e anomalias cerebrais. Outras manifestações menos frequentes são a doença fibroquística congénita do fígado, diabetes, obesidade e displasia óssea. Objetivo: Caracterizar os casos de ciliopatias seguidos na Unidade de Nefrologia Pediátrica de um Hospital Terciário, nos últimos 10 anos. Resultados: No período em estudo (Janeiro de 2008 a Dezembro de 2017) foram seguidos na Unidade de Nefrologia Pediátrica 8 doentes com ciliopatias; 62,5 % do sexo feminino, 7 doentes de nacionalidade portuguesa e 1 natural do Paquistão. No momento do diagnóstico 2 doentes tinham função renal normal e 6 doença renal crónica (DRC): 1 DRC estadio III, 1 DRC estadio IV e 4 (50%) DRC estadio V; destes 4 realizaram diálise peritoneal e 1 hemodiálise, sendo 4 já submetidos a transplante renal. Dois doentes têm estudo genético concluído, ambos com mutação no gene NPHP1, um deles com Síndrome de Senior Loken. Um doente apresenta Síndrome de Alström e 1 doente apresenta Síndrome de Joubert. Foram submetidos a biópsia renal 5 doentes, todos com alterações compatíveis com nefronoptisis. Conclusões: As ciliopatias constituem um grupo heterogéneo de doenças, com atingimento renal variável e com possível progressão para insuficiência renal crónica. Muitos casos apenas são diagnosticados em estadios avançados de doença renal, pela indolência da progressão da patologia. Salienta-se a necessidade de um elevado grau de suspeição, nomeadamente quando existe atingimento multissistémico (ocular, neurológico, esquelético ou endocrinológico). Nos casos com atingimento primordial renal, é muito frequente a anemia grave e a poliúria/polidipsia severas, que poderão também constituir orientações para o diagnóstico. Quando há envolvimento renal ligeiro, torna-se essencial manter a vigilância clínica e laboratorial, pelo potencial de evolução para DRC.
- Everolimus no Tratamento da Esclerose TuberosaPublication . Rocha, S; Mano, L; Maio, P; Francisco, T; Santos, R; Pacheco, L; Serrão, AP; Abranches, MIntrodução: A esclerose tuberosa (ET) é um distúrbio genético que atinge vários processos celulares, resultando numa variedade de lesões hamartomatosas que podem afetar qualquer órgão. O envolvimento renal constitui a segunda causa de morte prematura, sendo os angiomiolipomas (AML) a alteração mais frequente (70-80% dos doentes) e cuja sintomatologia está diretamente relacionada com as dimensões dos AML. Descrição do caso: Adolescente de 16 anos, com antecedentes familiares de ET e suspeita pré-natal da doença, cumprindo critérios diagnósticos no período neonatal precoce (rabdomiomas cardíacos, lesões quísticas renais, hamartomas subependimários e displasia cortical temporo-occipital). Evolução progressiva da doença, com envolvimento neurológico (espasmos infantis aos 4 meses, com evolução para epilepsia focal temporal esquerda), oftalmológico (facomas identificados aos 6 meses), renal (HTA desde os 6 meses; aumento do número e dimensões dos quistos/AML e doença renal crónica (DRC) progressiva, atualmente com TFG de 11.5 ml/min/1.73m2) e cutâneo (angiofibromas, placas moluscóides planas e manchas acrómicas). Acompanhado em consulta de Nefrologia Pediátrica em hospital terciário desde há 1.5 anos, tendo sido medicado com everolimus sistémico que cumpre diariamente há 9 meses, com resposta positiva a nível neurológico, cutâneo e renal (redução de cerca de 33% das dimensões dos AML na ressonância magnética de controlo aos 6 meses de terapêutica), embora sem recuperação da função renal, necessitando de técnica dialítica. Discussão: O envolvimento renal pode evoluir para DRC terminal por destruição do parênquima renal, substituído por AML. A terapêutica com everolimus pode retardar a progressão da doença, reduzindo significativamente as dimensões dos AML renais (35-58% dos casos), estabilizando a função renal e reduzindo a probabilidade de desenvolver sintomatologia e/ou complicações, com benefício também para outros órgãos, nomeadamente na redução de convulsões e na melhoria das lesões cutâneas. Os critérios para início do fármaco estão bem definidos e a sua introdução não deve ser adiada. Neste caso, com diagnóstico muito precoce, o fármaco foi iniciado tardiamente, numa fase já quase sem reserva de parênquima renal, o que não permitiu recuperar a sua função, apesar da redução significativa das dimensões dos AML.
- Hypophosphatemic Rickets: A New MutationPublication . Maio, P; Rocha, S; Mano, L; Francisco, T; Sousa, H; Freixo, J; Abranches, MIntroduction: Phosphopenic rickets is characterized by hypophosphatemia with hyperphosphaturia, normal calcemia and normal or mildly elevated PTH. This pathology may be caused by mutations in PHEX gene (phosphate regulating endopeptidase homolog X-linked). We present a clinical report of a girl with phosphopenic rickets, as consequence of a new mutation of PHEX gene. Clinical Case: We present a 4-year-old female, with unremarkable family history, who presented with failure to thrive since the first year of life (height at the 5th centile, and with the age of four below 5th centile). Blood tests showed hypophosphatemia (2.4 mg/dL), elevated alkaline phosphatase (495 U/L), normal calcemia, mildly elevated PTH (97.2 pg/mL; RR <68.3) and normal levels of 25(OH)D and 1.25(OH)D vitamins. The radiological study showed bone deformity of the radius and femur. Diagnosis of hypophosphatemic rickets was made and she was medicated with phosphorus and calcitriol. Currently, the patient has no clinical or radiographic signs of rickets, osseous age is according to real age and there was a considerable increase in growth rate (between 25th and 50th centiles). Renal ultrasound shows incipient signs of nephrocalcinosis since she was 9-year-old. The genetic study detected a heterozigous mutation of the PHEX gene: variant c.767_768del (p.Thr256Serfs*7). This variant is not described in the literature or databases. However, since it introduces a premature stop codon that can produce a truncated protein, this is very likely a pathogenic variant. The parent’s genetic study is still in progress. Conclusions: Presently more than 200 mutations in the PHEX gene have been found to cause hypophosphatemic rickets. We describe a new mutation of this gene. Knowledge about new mutations can improve patient’s outcome.
- Influenza B-Associated Atypical Hemolytic Uremic SyndromePublication . Mano, L; Rocha, S; Maio, P; Francisco, T; Pereira, G; Gomes, S; Santos, R; Serrão, AP; Abranches, MIntroduction: Influenza A infections have been described to cause secondary hemolytic uremic syndrome and to trigger atypical hemolytic uremic syndrome (aHUS) in individuals with an underlying genetic complement dysregulation. To date, Influenza B has only been reported to trigger aHUS in 2 patients. In 61% of aHUS cases, mutations are found in H, B and I factors, membrane cofactor protein (MCP), C3 and thrombomodulin. MCP (CD46) mutations account for 10-15% of cases. Clinical Case: A 13-year-old boy was transferred to a terciary pediatric centre with acute renal lesion in the context of HUS. Evidence was found for Influenza B infection and results for other etiologic agents were negative. He was treated with Oseltamivir for 5 days. Etiologic study revealed decreased C ́3 (0,81 g/L), normal C ́4 (0,27 g/L) and all antibodies were negative: anti-Beta2 GP1 IgG / IgM, anti-cardiolipine IgG / IgM, anti-neutrophil-citoplasm-PR3 and MPO. Alternate complement pathway study (AH 50) were 112 % of normal value (reference value >70%) and ADAMTS 13 activity were 0.79 (values above 0.67 may be found in aSHU as well as other microangiopathic trombopathies). Molecular study of complement including 11 genes (CFH, CD46 (MCP), CFI, C3, THBD, CFB,CFHR5, CFHR1 CFHR3, CFHR4, DGKE) found a pathogenic heterozygotic missense variant on CD46 (MCP) gene, c.554A>G, p.Asp185Gly, associated with aHUS. Conclusions: aHUS patients should be screened for all known disease-associated genes. Screening should not be stopped after finding a mutation to avoid missing other genetic susceptibility factors influencing disease phenotype, particularly in patients with MCP or CFI mutations, because they have a higher probability of also carrying mutation in another gene than patients with CFHor C3 mutations. Influenza B is a trigger for aHUS and might be underreported as such. Influenza vaccination may protect patients at risk.
- X-linked Hypophosphatemic Rickets: a New MutationPublication . Maio, P; Mano, L; Rocha, S; Baeta Baptista, R; Francisco, T; Sousa, H; Parente Freixo, J; Abranches, MPhosphopenic rickets may be caused by mutations in the PHEX gene (phosphate regulating endopeptidase homolog X-linked). Presently, more than 500 mutations in the PHEX gene have been found to cause hypophosphatemic rickets. The authors report a clinical case of a 4-year-old girl with unremarkable family history, who presented with failure to thrive and bowing of the legs. Laboratory tests showed hypophosphatemia, elevated alkaline phosphatase, normal calcium, mildly elevated PTH and normal levels of 25(OH)D and 1.25(OH)D. The radiological study showed bone deformities of the radius and femur. Clinical diagnosis of phosphopenic rickets was made and the genetic study detected a heterozygous likely pathogenic variant of the PHEX gene: c.767_768del (p.Thr256Serfs*7). This variant was not previously described in the literature or databases. Knowledge about new mutations can improve patient's outcome. Genetic analysis can help to establish a genotype-phenotype correlation.