Browsing by Author "Sassetti, L"
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- Compliance with ESPGHAN Position on Complementary Feeding in a Multicultural European Community. Does Ethnicity Matter?Publication . Nóbrega, S; Andrade, M; Heleno, B; Alves, M; Papoila, A; Sassetti, L; Virella, DIntroduction: In 2008, ESPGHAN published a position paper on complementary feeding providing recommendations to health care professionals. Cultural and socio-economic factors might affect the compliance to these orientations. Aim: To estimate the prevalence of inadequacies during complementary feeding (ESPGHAN, 2008) and its association with different ethnic backgrounds. Methods: Cross-sectional survey of a convenience sample of caretakers of children up to 24 months of age in a single community health centre in Greater Lisbon, through a volunteer, self-applied questionnaire. Results: From a sample of children with wide cultural diversity, 161 valid questionnaires were obtained (median child’s age 9 months, median mother’s age 32 years). The prevalence rate of at least one complementary feeding inadequacy was 46% (95%CI: 38.45-53.66). The commonest inadequacies were: avoiding lumpy solid foods after 10 months of age (66.7%), avoidance or delayed introduction of foods beyond 12 months (35.4%), introduction of gluten beyond 7 months (15.9%) or salt before 12 months (6.7%). For each increase of 1 month in the age of the child, the odds of inadequacies raised 36.7% (OR = 1.37; 95%CI: 1.20-1.56; p < 0.001). The odds for inadequacies in children of African or Brazilian offspring was three times higher that of Portuguese ancestry (OR = 3.31; 95%CI: 0.87-12.61; p = 0.079). The influence of grandparents was related to an increase in the odds of inadequacies (OR = 3.69; 95%CI: 0.96-14.18; p = 0.058).Conclusion: Inadequacies during complementary feeding are frequent and may be influenced by the cultural background.
- Estágio em Cuidados de Saúde Primários – A Opinião dos Internos de PediatriaPublication . Maia, R; Sassetti, LIntrodução: O Estágio em Cuidados de Saúde Primários à Criança e ao Adolescente foi integrado no programa do Internato Complementar de Pediatria em 1996. Desde então, não foi revisto, apesar de vários aspectos relativos à sua realização suscitarem controvérsia. Objectivos: Conhecer a opinião dos internos relativamente ao estágio e, deste modo, contribuir para a revisão do programa de formação, em curso. Metodologia: Estudo transversal descritivo com aplicação de um questionário por via electrónica, aos internos de Pediatria e recém-especialistas, incidindo sobre três questões: parecer geral sobre o estágio actualmente preconizado, caracterização e opinião sobre o estágio realizado e perspectivas para o futuro. Resultados: Foram obtidas 68 respostas; 62/68 (91%) dos inquiridos concordam com a realização do estágio, mas 58/68 (85%) consideram-no demasiado longo e 18/68 (25%) pouco útil; 46/68 (68%) observaram crianças/adolescentes sem médico assistente atribuído e 36/68 (44%) consideram que o estágio foi maioritariamente não tutelado. Os aspectos positivos referidos foram a possibilidade de fazer a consulta de vigilância de forma longitudinal e de conhecer a realidade dos cuidados de saúde primários assim como o contacto com a saúde escolar e com a comunidade da criança. Os aspectos negativos incluíram a duração excessiva, a orientação inadequada, a ausência de um estágio estruturado e a má definição do papel do interno. Conclusões: O grau de insatisfação com o Estágio em Cuidados de Saúde Primários à Criança e ao Adolescente foi elevado, ficando clara a necessidade de instituir modificações relativamente à duração, programa e orientação do estágio. Com base nas opiniões dos inquiridos, é apresentado um conjunto de propostas para a reformulação do estágio.
- Gynaecological issues in Adolescence Do Paediatricians and Paediatric Residents feel comfortable about it?Publication . Bota, S; Sassetti, L; Alcafache, M
- Maus Tratos na Primeira Infância – A Experiência de Um Hospital TerciárioPublication . Stilwell, MR; Oliveira, C; Silva, P; Sousa, S; Ismail, D; Sassetti, LIntrodução: Os maus tratos (MT) na infância, têm repercussões na vida da criança e das comunidades. A identificação, particularmente difícil em estádios precoces do desenvolvimento, é essencial para a interrupção precoce dos MT. Objectivo: Caracterizar os casos sinalizados como MT até aos 3 anos de idade, num hospital terciário. Material e métodos: Estudo retrospectivo descritivo das sinalizações de crianças dos 0 aos 2 anos, no período de 2015 a 2017, atendendo ao sexo, família, forma de MT, origem da sinalização, agressor e se este coabitava com a criança. Resultados: Dos 460 casos reportados como MT, 72 (16%) pertenciam à faixa etária avaliada. A distribuição foi semelhante entre os sexos (33M-39F). Na maioria, vinham de famílias nucleares (31) ou monoparentais (22); foram sinalizadas pela Urgência (58-80%); a principal forma de MT foi a negligência (43- 60%) – estas crianças residiam maioritariamente com os pais. As sinalizações associadas a violência (19 por agressão física, 8 de abuso sexual (AS) e 2 exposição a violência doméstica) distribuíram-se por famílias monoparentais (11) seguida das nucleares (10), reconstruídas (5) e alargadas (3). Em 21 casos o agressor pertencia à família, em 13 era coabitante. Das 8 notificação por AS, em 5 a família era monoparental, o agressor era familiar em 6, só em 2 eram coabitantes. Conclusões: A identificação e prevenção de MT neste grupo etário é delicada, pois os agressores tendem a ser próximos da criança, e são até, muitas vezes, quem a traz ao SU. Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento das situações suspeitas de abuso sexual, algumas configurando casos de alienação parental. Todos estes aspectos exigem particular atenção dos profissionais de saúde, particularmente no SU, habitual porta de entrada destas situações.
- Vegetarianismo Porque Não?Publication . Sassetti, LO que esperam os pais das crianças do pediatra (ou médico de família) do seu filho? E, inversamente, que funções consideram os pediatras ser inerentes à sua tarefa? Entre as várias respostas à primeira e à segunda pergunta, a alimentação da criança (e do adolescente) é um assunto pacífico, ou seja, tanto os pais como os pediatras sabem que a alimentação é uma pedra essencial dos cuidados à criança. Por outro lado, para além de fornecer os nutrientes necessários ao crescimento saudável e harmonioso de cada ser humano, a alimentação também tem uma importante função social, visto que as refeições constituem em todas as culturas momentos importantes na construção da sociedade (família, grupo de amigos, outros grupos) e na celebração de eventos. Estes dois aspectos – o da nutrição e o factor social – têm que estar presentes quando se abordam estas questões. De acordo com o estudo promovido em Outubro de 2007 pelo Centro Vegetariano, existirão em Portugal cerca de 30 000 vegetarianos, ou seja, pessoas que nunca ingerem carne ou peixe. O mesmo estudo, baseado em entrevistas a 2000 pessoas dos 15 aos 65 anos (amostra representativa) permitiu concluir que 2% dos inquiridos afirma nunca consumir carne e 20% apenas ocasionalmente; quanto ao peixe estas percentagens são de 1% e 23%, respectivamente. Sabendo que estas preferências alimentares se associam frequentemente a um “estilo de vida” popular entre os jovens, ou seja, no grupo etário que se encontra em idade fértil, é de esperar que sejamos interpelados, enquanto pediatras, para acompanhar uma criança cujos pais são vegetarianos e desejam que os filhos também o sejam. Aqui está mais um desafio que se coloca aos Pediatras do século XXI, mesmo que a sua própria opção alimentar seja diferente. Este trabalho pretende fornecer os rudimentos do que o pediatra/médico de família precisa de saber sobre a alimentação vegetariana na criança.