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Tratamento de Fístulas Uro-Rectais Iatrogénicas em Tumores Pélvicos no Homem: Um Estudo Nacional Multi-Institucional

dc.contributor.authorMartins, FE
dc.contributor.authorMartinho, D
dc.contributor.authorPinheiro, LC
dc.contributor.authorMartins, NM
dc.contributor.authorFerraz, L
dc.contributor.authorXambre, L
dc.contributor.authorCosta, L
dc.contributor.authorLopes, TM
dc.date.accessioned2019-03-13T12:42:13Z
dc.date.available2019-03-13T12:42:13Z
dc.date.issued2017
dc.description.abstractIntrodução: As fístulas uro-rectais (FUR) constituem uma complicação devastadora do tratamento de tumores pélvicos e um desafio cirúrgico para o cirurgião reconstrutivo. Contudo, apesar da sua crescente incidência associada a uma utilização cada vez mais frequente das diferentes modalidades não-cirúrgicas, especialmente de radioterapia, com ou sem cirurgia, para o tratamento de tumores pélvicos, a fístula urorectal permanece relativamente rara. Dada a elevada improbabilidade do encerramento espontâneo da fístula uro-rectal, a correcção cirúrgica torna-se necessária na quase totalidade dos casos. Apesar da existência de várias técnicas cirúrgicas, as taxas de falência/recorrência são habitualmente elevadas, particularmente em fístulas rádicas. Descrevemos neste estudo a nossa experiência limitada no tratamento de fístulas urorectais resultantes de tratamentos de tumores pélvicos (aparelho urinário inferior e recto). Métodos: Entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2015, foram identificados 12 pacientes do sexo masculino com fístula urorectal e tratados nas nossas instituições. Foi efectuada revisão dos processos clínicos dos pacientes, incluindo a idade, sintomas, presença de comorbilidades, marcha diagnóstica, tipo e etiologia da fístula, tipo de reconstrução cirúrgica, follow-up e resultados. Foram excluídos do estudo todos os pacientes com fístula não-neoplásica/inflamatória. Resultados: Foram identificados e tratados 12 pacientes nas nossas instituições. Um dos pacientes, após ressecção anterior do recto, desenvolveu metástases ganglionares e hepáticas 4 meses após o diagnóstico da fístula urorectal, durante tratamento médico/antibiótico de abcesso pélvico e sua resolução após drenagem e, consequentemente, foi excluído do tratamento cirúrgico e do estudo. A idade média dos doentes era de 68 anos (53 – 78). Nove pacientes desenvolveram fístula uro-rectal após terapêutica de carcinoma da próstata): Dois após braquiterapia de baixa dosagem combinada com radioterapia externa; cinco após prostatectomia radical retropúbica (PRR), com radioterapia externa adjuvante em um; um após braquiterapia de baixa dosagem seguida de ressecção transuretral por obstrução prostática; e um após ultra-som focalizado de alta intensidade e radioterapia externa. Em dois pacientes, a fístula resultou de tratamento cirúrgico de carcinoma rectal, associado a radioterapia externa em um deles. Foi efectuada em todos os pacientes derivação fecal com colostomia e derivação urinária, ou com cateterização suprapúbica, ou com cateterização uretral durante o período de espera para a reconstrução cirúrgica. Não houve encerramento espontâneo de fístula urorectal em nenhum paciente. Onze pacientes foram submetidos a reconstrução cirúrgica. Foi utilizada abordagem exclusivamente perineal em sete doentes e abdominoperineal em quatro. Obteve-se encerramento eficaz da fístula em seis pacientes à primeira tentativa cirúrgica, dois doentes necessitaram uma segunda tentativa, enquanto que em um doente foram necessárias três tentativas cirúrgicas (duas delas em outras instituições) de forma a atingir um resultado com sucesso. Ocorreu falência cirúrgica em dois doentes, os quais, actualmente, não desejam qualquer tentativa reconstrutiva adicional. Estes dois doentes e um doente, em quem a reconstrução foi eficaz, permanecem ainda com colostomia. O tempo médio de follow- -up foi de 25,5 meses (3-75). Conclusão: As fístulas uro-rectais são uma complicação pouco frequente, mas devastadora, do tratamento dos tumores pélvicos, habitualmente associada com morbilidade debilitante e degradação da qualidade de vida. Embora a sua reconstrução cirúrgica possa ser extremamente difícil, ela é possível com sucesso na maioria dos casos através de uma abordagem perineal ou abdominoperineal agressiva e interposição de tecidos, quando indicada.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationActa Urol Port. 2017; 34(1-2): 19-27pt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.17/3191
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherAssociação Portuguesa de Urologiapt_PT
dc.subjectFistula Rectal/cirurgiapt_PT
dc.subjectFistula Urinária/cirurgiapt_PT
dc.subjectNeoplasias Pélvicas/complicaçõespt_PT
dc.subjectResultado do Tratamentopt_PT
dc.subjectHomempt_PT
dc.subjectHSJ UROpt_PT
dc.titleTratamento de Fístulas Uro-Rectais Iatrogénicas em Tumores Pélvicos no Homem: Um Estudo Nacional Multi-Institucionalpt_PT
dc.title.alternativeMale Uro-Rectal Iatrogenic Fistula Treatment in Pelvic Tumours: A National Multi-Institutional Studypt_PT
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.endPage27pt_PT
oaire.citation.issue1-2pt_PT
oaire.citation.startPage19pt_PT
oaire.citation.volume34pt_PT
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typearticlept_PT

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