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Abstract(s)
A Doença de Hansen é uma doença infecciosa causada pelo microrganismo Mycobacterium leprae. No passado, a gravidade da apresentação desta doença e a inexistência de terapêutica adequada, levou à estigmatização destes doentes. Felizmente, a forma com se olha esta patologia melhorou nas últimas décadas graças à terapêutica
múltipla que agora temos ao nosso dispor.
Com o fenómeno da imigração de regiões do globo onde esta doença ainda tem uma prevalência significativa, assistimos
ao surgimento de novos casos de Lepra em Portugal, nomeadamente em mulheres em idade fértil.
A doença de Hansen na gravidez coloca questões quer no que respeita às consequências da terapêutica (durante a
gravidez e amamentação), quer no que se refere ao momento do parto.
A gravidez causa uma diminuição relativa da imunidade celular, o que permite a proliferação do bacilo com possível
agravamento da doença. A escolha dos fármacos adequados impede a lesão nervosa permanente.
Relatam-se três casos seguidos na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em conjunto com o serviço de Dermatologia
do Hospital Curry Cabral, que pretendem ilustrar a vigilância da gravidez nestas situações. Em todos eles as grávidas
foram medicadas com rifampicina e clofazimina.
Esta reflexão sobre Gravidez e Lepra visa desmistificar a patologia e sublinhar a importância do seguimento multidisciplinar
destas gestações.
Description
Keywords
Gravidez Clofazimina Rifampicina Lepra MAC MED MAF HCC DER
Citation
Revista SPDV 2011; 69 (4): 555-560
Publisher
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia