Publication
Complicações Hemorrágicas e/ou Tromboembólicas em Doentes sob Anticoagulação Oral Regularmente Seguidos em Consulta Diferenciada
dc.contributor.author | Pelicano, NJ | |
dc.contributor.author | Branco, LM | |
dc.contributor.author | Pinto, A | |
dc.contributor.author | Sá, A | |
dc.contributor.author | Timóteo, AT | |
dc.contributor.author | Feliciano, J | |
dc.contributor.author | Fiarresga, A | |
dc.contributor.author | Agapito, AF | |
dc.contributor.author | Palma, C | |
dc.contributor.author | Quininha, J | |
dc.date.accessioned | 2011-04-08T15:20:05Z | |
dc.date.available | 2011-04-08T15:20:05Z | |
dc.date.issued | 2005 | |
dc.description.abstract | A consulta de hipocoagulação de um hospital central contempla uma população bastante diversificada, pelo que uma melhor compreensão das características da mesma, poderá levar à melhoria da prestação de cuidados de saúde e à diminuição do número de complicações tromboembólicas (resultantes da patologia base) e hemorrágicas [resultantes da própria terapêutica anticoagulante (ACO)]. Objectivos: Avaliar as características da população que frequenta a consulta de hipocoagulação e analisar quais podem predizer um maior risco de complicações. Métodos: Utilizaram-se os dados colhidos por um médico através de um questionário colocado a doentes durante a consulta de hipocoagulação. Foram efectuados 101 questionários e avaliaram-se as características demográficas (sexo, idade, escolaridade, grau de analfabetismo), os factores de risco clássicos para doença coronária, o diagnóstico que levou ao início da ACO, a duração da ACO, a periodicidade da determinação e valores mínimos, máximos e à data do questionário de INR e as complicações desta terapêutica. Consideraram-se como complicações o aparecimento de fenómenos hemorrágicos e/ou tromboembólicos, no decurso da terapêutica hipocoagulante. Resultados: Foram estudados 101 doentes, 74 do sexo feminino (73,3%), com idade média de 6410 anos (21-85). A população analisada tinha 4,5 ± 3,5 anos de escolaridade, com 15% de analfabetismo. A maioria dos doentes iniciou ACO após colocação de prótese valvular mecânica (56,4%). Em cada doente existia em média 1 factor de risco para doença coronária. O número de meses de ACO era de 99,489 (1-360). Sessenta e seis doentes (65,3%) conheciam o motivo pelo qual iniciaram esta terapêutica. Cada doente tinha efectuado 1,20,6 determinações de INR por mês e tinha, em média, um tempo máximo sem verificação do mesmo de 6,210,4 semanas. Quarenta e cinco doentes sofreram alguma complicação tromboembólica e/ou hemorrágica no decurso da terapêutica ACO. Ocorreram 50 complicações hemorrágicas, em 41 doentes, das quais 7 motivaram internamento. Detectaram-se 7 episódios de tromboembolismo central ou periférico, em 7 doentes. Posteriormente, dividiu-se a população em dois grupos: grupo I – com complicações (GI) e grupo II – sem complicações (GII). GI – 45 doentes, idade média 63,59,1 anos (39-80) e GII – 56 doentes, idade média 64,711,3 anos (21-85). Nos doentes que iniciaram ACO por prótese mitral detectou-se um maior número de complicações (60,6% no GI e 39,4% no GII, p=0,024). Também nos doentes com INR máximo recomendado > 3 (55,2% no GI e 44,8% no GII, p=0,013) e nos que tinham sido sujeitos a terapêutica estomatológica (68,3% no GI e 31,7% no GII, p<0,001) se verificou um maior número de complicações. A duração da ACO foi o factor mais significativo para o aparecimento de complicações (GI – 138,196,5 meses, GII – 67,868,2 meses, p <0,00005). Na análise multivariada apenas a duração da ACO se manteve como factor preditivo independente. Conclusões: Na população existe uma percentagem importante de doentes com baixa escolaridade, que se poderá repercutir sobre a compreensão desta terapêutica específica, não tendo contudo, neste estudo, revelado influência significativa na taxa de complicações. O aparecimento de complicações durante a terapêutica anticoagulante é dependente da duração desta, do valor do INR máximo recomendado e da realização ou não de procedimentos estomatológicos, sendo o primeiro factor o mais significativo. | por |
dc.identifier.citation | Rev Port Cardiol 2005; 24 (7-8): 957-968 | por |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.17/85 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.publisher | Sociedade Portuguesa de Cardiologia | por |
dc.subject | Adulto | por |
dc.subject | Idoso | por |
dc.subject | Terapêutica Oral | |
dc.subject | Anticoagulantes | |
dc.subject | Efeitos Adversos | |
dc.subject | Implante de Prótese de Válvulas Cardíacas | |
dc.subject | Hemorragia | |
dc.subject | Tromboembolia | |
dc.subject | Fibrilhação Auricular | |
dc.subject | Relação Internacional Normalizada | |
dc.subject | HSM CAR | |
dc.subject | HSM PAT CLIN | |
dc.subject | HSAC MED | |
dc.title | Complicações Hemorrágicas e/ou Tromboembólicas em Doentes sob Anticoagulação Oral Regularmente Seguidos em Consulta Diferenciada | por |
dc.title.alternative | Thromboembolic and/or Bleeding Complications in Patients Under Oral Anticoagulation Followed at a Tertiary Hospital | |
dc.type | journal article | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.endPage | 968 | por |
oaire.citation.startPage | 957 | por |
oaire.citation.title | Revista Portuguesa de Cardiologia | por |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | article | por |