Browsing by Author "Barroso, M"
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- Abcessos Subperiósteos como Complicação de Mastoidite Aguda em Idade Pediátrica: Experiência de 22 AnosPublication . Chantre, T; Barroso, M; Araújo, B; Oliveira, M; Sousa, H; Barros, EObjetivos: Comparação dos resultados cirúrgicos dos doentes submetidos a drenagem de Abcesso Subperiósteo (AS) face aos submetidos a mastoidectomia. Desenho de estudo: Observacional e retrospectivo. Material e Métodos: Revisão dos registos clínicos dos doentes em idade pediátrica com AS (n=56). Resultados: A incidência de AS tem-se mantido constante, com uma média de 2,5 casos/ ano. A drenagem de AS com miringotomia foi a abordagem cirúrgica escolhida em 43 doentes (77%), enquanto 6 foram submetidas a mastoidectomia (11%) e 7 a drenagem e mastoidectomia (13%). A única diferença significativa entre grupos foi o tempo médio de internamento, superior no grupo submetido a mastoidectomia. Conclusões: A drenagem de AS combinada com antibioterapia intravenosa é um tratamento de primeira linha eficaz para os AS em idade pediátrica. Não foi encontrado um maior risco de recorrência no grupo de doentes tratados com drenagem por comparação com o grupo submetido a mastoidectomia.
- Doença Atópica do Compartimento CentralPublication . Chantre, T; Guedes Damaso, R; Brandão, P; Moreira, I; Barroso, M; Sousa, HObjetivos: Sistematizar a evidência científica existente em relação à patologia “Doença Atópica do Compartimento Central” (DACC). Desenho do Estudo: Revisão Bibliográfica Sistemática. Material e Métodos: Realização de uma revisão bibliográfica sistemática nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, baseada no modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyses), selecionando trabalhos publicados entre janeiro de 2010 e dezembro de 2022. Resultados: Dos 3114 estudos inicialmente encontrados, foram selecionados para análise na integra um total de 13 artigos. Mais de metade dos artigos (69.2%) foram publicados a partir do ano de 2019, inclusive. Um total de 1780 doentes com RSC foi analisado. Destes, o número de doentes com DACC foi 372 (20.9%), com um rácio masculino: feminino de 2.16. Identificaram-se como comorbilidades a rinite alérgica (98,5%), a asma (25.2%) e o tabagismo (8.2%). Conclusões: DACC representa uma variante de RSC descrita pela primeira vez em 2017. Está associada à exposição a alergénios inalatórios e com repercussões edematosas e polipóides nos cornetos médios e superiores, bem como na região postero-superior do septo nasal. A base da gestão desta patologia é o tratamento médico da alergia, complementado, se necessário, com cirurgia endoscópica nasossinusal.
- Laringoscopia Contínua Durante o Exercício: Proposta de um Protocolo Clínico com Base em Revisão BibliográficaPublication . Chantre, T; Moreira, I; Barroso, M; Oliveira, M; Leiria Pinto, P; Sousa, HObjetivos - Estabelecimento de um protocolo de Laringoscopia Contínua durante o Exercício (LCE). Desenho do Estudo – Revisão Bibliográfca Sistemática. Material e Métodos - Revisão bibliográfca nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials and Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, baseada no modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), entre 2001 e 2021. Os estudos incluídos na revisão bibliográfica analisaram protocolos de LCE tanto em idade pediátrica como em adultos e foram escritos em língua inglesa ou portuguesa. Foram excluídos os artigos que apenas discutiram a Obstrução Laríngea Induzida pelo Exercício, mas não o protocolo de LCE e os artigos cujo objetivo de estudo não foi o de investigar os resultados do protocolo de LCE. A partir dos resultados obtidos, foi elaborado um protocolo clínico para o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e testado num grupo de 10 voluntários sadios. Resultados – A pesquisa produziu um total de 679 artigos, sendo que após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 21 estudos. Nesses houve um total de 1026 doentes analisados, com um rácio masculino: feminino de 1:1.7. A idade média à realização da LCE variou de 9 a 45 anos. O método de exercício preferencial nos protocolos estudados foi a passadeira de corrida (n = 17; 81%), seguida da bicicleta estática (n = 4, 19%) e da máquina de remo (n = 1; 4.8%). O protocolo de LCE proposto incluí um protocolo de Bruce modificado, sendo a LCE terminada quando os doentes se encontravam em exaustão ou com sintomas respiratórios limitantes. Imediatamente antes e após a LCE foi realizada uma espirometria. Os movimentos glóticos e supraglóticos foram avaliados em repouso, com esforço moderado e esforço máximo, em cada fase do ciclo respiratório. Conclusões - A partir dos dados de uma revisão bibliográfica, foi desenvolvido um protocolo para a realização de LCE, demonstrando viabilidade e adequação à realidade de uma instituição portuguesa quando testado em voluntários sadios. São necessários novos estudos com pacientes doentes para validar esses resultados
- Mecânica de Fluídos Computacional Aplicada ao Estudo do Impacto de Perfurações Septais na Fisiologia NasalPublication . Chantre, T; Oliveira, R; Burgos, MA; Cunha, B; Barroso, M; Oliveira, M; Barros, E; Sousa, HObjetivos: Utilização de mecânica de fluídos computacional (MFC) na compreensão do impacto do tamanho e localização das perfurações septais (SP) na fisiologia nasal. Desenho de estudo: Estudo de simulação computacional. Material e Métodos: O Software de MFC (Flowgy®) foi utilizado na criação de modelos digitais de fossas nasais através da reconstrução de tomografias computadorizadas (TC). Foi realizada cirurgia virtual com estabelecimento de PS anteriores (1 ou 2cm) e posteriores (1 ou 2cm). Resultados: Perfurações de maiores dimensões causaram maior alteração na alocação do fluxo de ar independente da localização, com desvio de ar da fossa nasal com maior fluxo para a de menor fluxo. A resistência nasal bilateral não foi significativamente alterada pela presença de PS. Conclusões: As tecnologias de MFC auxiliam na compreensão de como as PS alteram a fisiologia nasal. A alocação do fluxo de ar é alterada, com maior fluxo de ar pela fossa nasal de menor resistência, principalmente nas perfurações anteriores.
- Protocolo de Descanulação de Traqueostomia num Hospital Pediátrico TerciárioPublication . Chantre, T; Moreira, I; Barroso, M; Oliveira, M; Sousa, HIntrodução - A traqueostomia pediátrica está associada a uma significativa morbilidade, sendo a descanulação o objetivo primordial, assim que a indicação subjacente para o procedimento se encontre resolvida. Existe grande variabilidade nos protocolos de descanulação pediátrica, tornando se imperativo a criação de um protocolo que espelhe a realidade dos hospitais portugueses. Objetivos - Descrever o protocolo de descanulação do Hospital Dona Estefânia, destacando as etapas essenciais para a descanulação de doentes pediátricos com traqueostomias de longa duração. Discutir as observações preliminares sobre a segurança e eficácia deste protocolo. Material e Métodos - Realização de uma revisão bibliográfica sistemática nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials and Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, baseada no modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), selecionando trabalhos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021. Com base nesta revisão foi construído o protocolo de descanulação do Hospital Dona Estefânia. Resultados - Um total de 22 estudos foram revistos, incluindo 2387 doentes. As modificações da cânula de traqueostomia incluíram a utilização de tampa (n = 18, 82%), redução de tamanho (n = 12, 55%) e utilização de cânula fenestrada (n = 1, 5%). As medições das trocas de gases respiratórios prévias à descanulação incluíram oximetria (n = 9, 41%), capnografa (n = 3, 14%), gasimetria (n = 2, 9%) e polissonografa (n = 14, 64%). A laringotraqueoscopia foi utilizada rotineiramente em 21 dos 22 (95.5%) protocolos. Após a descanulação, os doentes são transferidos para a enfermaria ou unidade de cuidados intensivos, ficando a maioria em ar ambiente e cumprindo um período de observação não superior a 48 horas (77% dos protocolos). No protocolo proposto para o HDE, a criança considerada apta a descanulação deve-se encontrar sem necessidade de suporte ventilatório, a tolerar a diminuição do tamanho da cânula de traqueostomia e a utilização de tampa, sem dessaturações ou sinais de dificuldade respiratória, diurnos, noturnos ou em exercício. Conclusões - Linhas orientadoras baseadas na evidência que padronizem os cuidados com a traqueostomia pediátrica e o processo de descanulação continuam a ser uma prioridade