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- Aplicação de Membranas Amnióticas na Reconstrução da Superfície Ocular Externa em Idade PediátricaPublication . Crisóstomo, S; Proença, R; Cardigos, J; Basílio, AL; Maduro, V; Candelária, P; Toscano, AIntrodução: Vários estudos comprovam os benefícios da aplicação de membranas amnióticas na reconstrução da superfície ocular em idade adulta, pelos seus efeitos anti-inflamatorios, anti-adesivos e anti-apoptóticos. Em idade pediátrica, a reconstrução da superfície ocular carece de especial atenção e este procedimento encontra-se ainda pouco estudado. Não foi encontrado nenhum estudo especificamente dirigido à aplicação de membranas amnióticas na reconstrução da superfície ocular externa desta faixa etária, pelo que procurámos elucidá-lo. Material e métodos: Estudo retrospetivo englobando todos os doentes em idade pediátrica (7,1 anos +/- 4,17) submetidos a transplante de membrana amniótica no Centro Hospitalar de Lisboa Central entre 2008 e 2015, para reconstrução da superfície ocular externa. Entre os doentes (n=6 olhos de 6 crianças), quatro apresentavam patologia do foro neoformativo ou inflamatório e dois apresentavam queimaduras extensas da superfície ocular. Foi realizada divisão em dois grupos, com base na presença ou não de insuficiência de células limbares. Foram avaliadas características clínicas e demográficas, MAVC antes e após a cirurgia, tempo de reepitelização, amplitude de movimentos oculares antes e após a cirurgia, presença de recidiva ou complicações e resultado estético. O tempo de seguimento foi de 4 a 83 meses. Resultados: Verificaram-se sucessos completos em todos os doentes sem insuficiência limbar (50% do total de doentes), sucessos parciais em dois dos doentes com insuficiência limbar (33,3%) e um caso de falência terapêutica (16.7%). Nos doentes em que se observou recidiva, o tempo médio para esta ocorrência foi de 8,3 +/- 6,8 meses. Não se verificaram complicações em nenhum dos casos. Observou-se melhoria pós-operatória em um dos dois casos que tinham diminuição da acuidade visual pré-operatória (aumento da MAVC em 6 linhas). Verificou-se ainda uma melhoria da motilidade ocular e aspeto estético em todos os doentes com alterações prévias destes parâmetros. Conclusão: O transplante de membrana amniótica mostrou ser muito benéfico também em idade pediátrica. Pode ser realizado como tratamento isolado ou coadjuvante, sendo os resultados superiores nos casos de células limbares funcionantes. Não foi detetada maior incidência de complicações ou rejeições comparativamente ao descrito na literatura para a idade adulta.
- Chronic Lacrimal Canaliculitis - the Answer to a Three-Year History of Red EyePublication . Basílio, AL; Cabugueira, A; Borges, B; Flores, R; Amaro, A; Magriço, AChronic lacrimal canaliculitis is a rare infection of the lacrimal system, and can lead to misdiagnosis due to its overlapping presentation to other common entities. The authors report a case of lacrimal canaliculitis with a three-year history of recurrent unilateral red eye and mucopurulent discharge. Here, we describe the clinical course, surgical details, and microbial analysis of canaliculitis infection.
- Coloboma: Chave Ocular Para Patologia SistémicaPublication . Proença, R; Crisóstomo, S; Basílio, AL; Paixão, A; Martins, M; Marques, M; Toscano, AIntrodução: Um coloboma é uma anomalia do desenvolvimento que se caracteriza, na maioria dos casos, por um deficiente encerramento da fissura embrionária na 6ª semana da gestação. Trata-se de um defeito que pode afectar diferentes estruturas do globo ocular, nomeadamente, a íris, corpo ciliar, coróide, retina ou nervo óptico. A eventual associação com patologia sistémica e alterações genéticas faz com que o diagnóstico oftalmológico seja fundamental para a orientação e seguimento dos doentes. Material e métodos:Estudo retrospectivo de 26 doentes da Consulta de Oftalmologia Pediátrica do Hospital de São José, do Centro Hospitalar de Lisboa Central, através da consulta do processo, exames complementares de diagnóstico e registo fotográfico. Foram caracterizados os doentes de acordo com o sexo, idade, antecedentes familiares de anomalias oculares, antecedentes gestacionais, tipo de coloboma, localização, lateralidade, melhor acuidade visual corrigida, presença de outras anomalias oculares concomitantes e associação com doenças sistémicas. Com este estudo pretendemos avaliar e comparar o perfil dos doentes portadores de colobomas, comparando-o com o descrito na literatura, bem como salientar a importância para o seu seguimento, despiste de doenças sistémicas associadas e tratamento das complicações. Resultados: Dos 26 doentes avaliados, 14 (54%) eram do sexo feminino, e 12 (46%) do sexo masculino. A idade variou entre 1 e 25 anos, com média de 11,23 anos. A média da idade do diagnóstico foi de 2,6 anos, variando entre 1 mês até 8 anos de idade. Nenhum doente apresentava história familiar de coloboma, existindo história de prematuridade em 2 casos (8%). Quanto à localização, 16 casos (62%) apresentavam coloboma do disco óptico, 14 (54%) da íris e 13 (50%) colobomas coriorretinianos. Em 13 casos (50%) o coloboma atingia mais do que uma estrutura anatómica e era bilateral em 11 casos (42%). As acuidades visuais variaram entre ausência de percepção luminosa e 20/20. Apenas 3 casos (12%) apresentavam um coloboma isolado, sendo os restantes associados a outras alterações oftalmológicas, nomeadamente estrabismo em 13 casos (50%), microftalmia em 8 casos (31%), catarata em 3 casos (12%), descolamento de retina em 3 casos (12%) e nistagmus em 4 casos (15%). Da série de 26 doentes, 19 (73%) não apresentavam doenças sistémicas associadas ao coloboma. 4 doentes (15%) foram classificados como tendo síndrome CHARGE, 1 aguardando confirmação molecular (4%), 1 síndrome de Joubert, 1 síndrome de Kabuki e 1 síndrome de DiGeorge. Foram detectadas anomalias do desenvolvimento psicomotor em 8 casos (31%). Conclusões:O exame oftalmológico completo é importante no diagnóstico, prognóstico e vigilância de doentes com coloboma. O coloboma é frequentemente o primeiro achado diagnóstico nestas crianças, sendo que a referenciação pela Oftalmologia a outras especialidades é fundamental, devendo incluir o despiste das várias anomalias sistémicas que podem estar associadas.
- Ocular Disease in Children with Type 1 DiabetesPublication . Basílio, AL; Proença, R; Crisóstomo, S; Paixão, A; Ferreira, C; Xavier, A; Brito, C; Toscano, ASpecialized care provided to diabetic patients, in developed countries, has contributed to the reduced number of ocular complications in pediatric age. The effectiveness of annual eye examinations in this group is unclear. The authors intend to determine the prevalence and onset of ocular disease in this population and adapt the results to the dynamics of a tertiary center, based on a retrospective study of type 1 diabetes patients’ medical records registered and monitored in Pediatric Endocrinology Department of Centro Hospitalar de Lisboa Central, between January of 2008 and July of 2015. Demographic characteristics, underlying and ocular disease, referral and follow-up of these patients in the Pediatric Ophthalmology Department were evaluated. Medical records of 304 patients with type 1 diabetes were analyzed. 110 patients referred to Ophthalmology Department had been included in the study. The mean age was 13.2 years (4-20 years), 57 were male and 53 female. Type 1 diabetes was diagnosed at 7.5 years on average (0.75-13 years) and mean disease duration was 6.0 years (1-14 years). The average of the last hemoglobin A1c value was 8.6% (4.9-14.4%). The first eye exam was performed at 9.4 years on average (2-19 years), in 55 cases the patients had less than 10 years and, of those, 29 were referred in the first year after diagnosis (mean duration diabetes of 2.0 years; 0-7 years). Regarding the 55 patients older than 9 years, 27 were referred in the first year after diagnosis (mean duration of diabetes 2.3 years, 0-9 years). In 54 patients ophthalmological exam was repeated after 1 year, 15 after 2 years, 1 after 3 years and 1 after 5 years. No diabetic retinopathy cases were found. 28 astigmatism, 12 hyperopia, 16 myopia, 5 strabismus, 2 blepharoptosis and 1 polar cataract were diagnosed. International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes recommend ophthalmological initial screening 2 years after the diagnosis of type 1 diabetes, in patients above 10 years, and 5 years after, if lower ages. American Academy of Ophthalmology 2014 guidelines recommend that the first eye examination should begin 5 years after the diagnosis and repeated annually. A previous study conducted at Hospital Dona Estefânia, between 1999 and 2000, by Rodrigues P et al has described a low incidence of ocular lesions (6.4%) in the studied population, being in agreement with our results. Recent published studies are also consistent and demonstrate that the rare incidence of ocular complications of diabetes until puberty can justify new guidelines in the coming years.
- XEN® Implant and Trabeculectomy Medium-Term Quality of Life Assessment and Comparison of ResultsPublication . Basílio, AL; Moura-Coelho, N; Passos, I; Sá Cardoso, M; Domingues, I; Reina, M; Flores, R; Gomes, TAIM: To evaluate and compare the quality of life of patients submitted to XEN® implant or trabeculectomy and the relationship with potentially involved variables. METHODS: A cross-sectional study of patients with advanced open-angle glaucoma who underwent implantation of XEN® (group 1) and trabeculectomy (group 2) between October 2015 and February 2017. The studied variables were: age, gender, follow-up time, need of topical anti-hypertensive therapy, visual acuity and intraocular pressure (IOP). The quantification of the quality of life was attained through the Glaucoma Symptom Scale (GSS) questionnaire. RESULTS: Totally 34 eyes (34 patients) were included, 17 in each group. The mean GSS scores for group 1 were 42.6±6.8 (median, 47; p25, 36.5; p75, 48.5) and for group 2 it was 41.6±7.0 (median, 43; p25, 36.5; p75, 47.0; P=0.34). There was a strong negative correlation between the need for topical anti-hypertensive drugs and the GSS result in both groups (r=-0.88, P<0.01, r=-0.59, P=0.01, respectively) and a moderate negative correlation with IOP in group 1 (r=-0.50, P=0.03). CONCLUSION: The analysis demonstrates the non-inferiority of medium-term quality of life of one group in relation to the other (XEN® implant and trabeculectomy). The number of topical anti-hypertensive drugs and IOP negatively influenced the quality of life.