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- Análise das Camadas Retinianas em Doentes com Lesão Isquémica da Artéria Cerebral Posterior Unilateral: um Estudo de Tomografia de Coerência ÓpticaPublication . Anjos, R; Cardigos, J; Costa, L; Borges, B; Alves, N; Amado, D; Ferreira, J; Cunha, JPIntrodução: A degeneração transneuronal retrógrada (DTR) das células ganglionares tem sido implicada na fisiopatologia de lesões na via visual posterior. Apesar de estarem descritas alterações nas camadas mais externas da retina na patologia do nervo óptico, esta relação com lesões a nível occipital permanece desconhecida. O objectivo do presente estudo é a avaliação das camadas nuclear interna (CNi), plexiforme externa (CPe), nuclear externa (CNe) e dos fotoreceptores (CFo) em doentes com lesões isquémicas da artéria cerebral posterior (ACP) com tomografia de coerência óptica (OCT). Métodos: Estudo transversal observacional, caso-controlo de doentes com hemianópsia homónima decorrente de lesão unilateral isquémica da ACP seguidos no departamento de Neuroftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Todos os doentes realizaram OCT macular em ambos os olhos. Após segmentação automática das diferentes camadas, foram obtidos os valores de espessuras correspondentes às regiões nasal e temporal entre 1 a 3mm (N1-3 e T1-3) e entre 3 e 6 mm (N3-6 e T3-6) centradas na fóvea. Resultados: Dez doentes com lesão da PCA e um grupo de controlo pareado para o sexo e idade foram incluidos no estudo. Quando comparados ambos os olhos do mesmo doente, verificou-se um aumento da espessura da CNi em N3-6 (p=0,005) do olho contralateral e em T3-6 (p=0,011) no olho ipsilateral, assim como da CPe em N3-6 (p=0,034) do olho contralateral. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas no grupo controle. Conclusão: Além da já documentada associação entre lesões isquémicas occipitais e as alterações nas camadas internas da retina, podemos ainda observar algumas alterações nas camadas retinianas mais externas. É possível que a DTR no sistema visual seja um processo que não se esgota nas células ganglionares, afectando camadas mais externas da retina.
- Chronic Lacrimal Canaliculitis - the Answer to a Three-Year History of Red EyePublication . Basílio, AL; Cabugueira, A; Borges, B; Flores, R; Amaro, A; Magriço, AChronic lacrimal canaliculitis is a rare infection of the lacrimal system, and can lead to misdiagnosis due to its overlapping presentation to other common entities. The authors report a case of lacrimal canaliculitis with a three-year history of recurrent unilateral red eye and mucopurulent discharge. Here, we describe the clinical course, surgical details, and microbial analysis of canaliculitis infection.
- Estudo Clínico da Utilização da Válvula de Ahmed no Glaucoma Refractário Entre Janeiro de 2010 e Junho de 2012 no CHLC, EPEPublication . Lisboa, M; Sampaio, A; Borges, B; Amaral, A; Domingues, I; Reina, M; Lisboa, JObjectivo: Avaliar os resultados clínicos nos doentes submetidos a implante de válvula de Ah- med no serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, entre Janeiro de 2010 e Junho de 2012. Material e Métodos: Estudo retrospectivo em que 39 doentes (44 válvulas) foram incluídos. Os critérios de inclusão compreenderam o diagnóstico de glaucoma refractário à terapêutica máxi- ma tolerada e/ou falência de trabeculectomia prévia. Os doentes foram incluídos em 3 grupos com mínimo de follow up de 1, 6 e 12 meses. O sucesso cirúrgico foi definido como 6mmhg ≤ pressão intraocular (PIO) ≤ 21mmHg, com ou sem o uso de medicação, sem cirurgia de glauco- ma adicional, e visão de percepção luminosa ou melhor. Resultados: O glaucoma neovascular foi o diagnóstico mais frequente (47,7%). A PIO média pré-operatória foi de 34,2mmHg (±8,37) e a pós-operatória foi de 17,1mmHg ±6,18 (1mês), 16,7mmHg ±3,72 (6 meses) e 17,0mmHg ±7,22 (1 ano). A diferença entre a PIO pré e pós-opera- tória foi estatisticamente significativa (p <0.0001). A média de melhor acuidade visual corrigida foi <0.1 décimas (1.0 logMAR) quer pré, quer pós-operatoriamente (p> 0.05). A média de fárma- cos diminuiu de 3,43 (±1,14) para 1,75 (±1,50) após a cirurgia (p <0.0001). A taxa de sucesso foi de 77,3% ao 1o mês, 76,9% ao 6amês e 70,6% aos 12 meses. As principais complicações foram hipotonia em 6 casos (13,6%), perda de percepção luminosa em 4 (9,1%) e hifema em 2 (4,6%). Conclusões: A taxa de sucesso foi comparável à de estudos prévios. A válvula de Ahmed é um método eficaz e seguro no tratamento do glaucoma refractário.
- Fibras Nervosas Retinianas Mielinizadas Associadas a Miopia e AmbliopiaPublication . Borges, B; Cabugueira, A; Anjos, R; Paixão, A; Marques, M; Toscano, AIntrodução: A presença de fibras nervosas mielinizadas na retina está descrita em cerca de 1% da população. Os doentes são habitualmente assintomáticos, embora possam coexistir outras alterações oculares como miopia e ambliopia. Material e Métodos: Descrevem-se 3 casos de crianças com fobras nervosas retinianas mielinizadas unilaterais, associadas a miopia e ambliopia. Resultados: A idade das crianças variou entre 1 e 7 anos. O olho afectado foi o olho direito. A melhor acuidade visual corrigida do olho afectado variou entre 1/10 e 8/10; uma das crianças apresentava uma ambliopia ligeira e duas crianças apresentavam ambiopia grave. Os erros refractivos variaram entre -9,00D e -3,00D. A anisometropia variou entre 10D e 3D. Foi realizado o tratamento da ambliopia com oclusão. No caso 1 a acuidade visual do olho direito melhorou para 10/10. No caso 2 não foi efectuado follow-up por abandono da consulta. No caso 3 a acuidade visual do olho direito melhorou para 2/10 após 12 meses de oclusão. As lesões descritas na retina não progrediram. Discussão: A miopia ocorre em olhos com mielinização extensa das fibras nervosas. Permanece a dúvida se esta mielinização é causa ou resultado da miopia. A causa de ambliopia nestes doentes gera controvérsia, podendo ser anisomiópica ou secundária a alterações estruturais da retina e/ou nervo óptico pelas fibras mielinizadas. A gravidade da ambliopia e da anisometropia poderá correlacionar-se com o sucesso terapêutico, o que está de acordo com os nossos resultados. Conclusão: Apesar do prognóstico reservado salienta-se a importância do exame oftalmológico completo, correcção óptica adequada e tratamento da ambliopia nestes doentes.
- Neovascularização Coroideia de Causa Inflamatória: Opções TerapêuticasPublication . Borges, B; Cabugueira, A; Domingues, I; Marques, M; Pinto Ferreira; Lisboa, J; Flores, RIntrodução: Uma complicação das doenças oculares inflamatórias é a neovascularização coroideia (NVC). Apesar de ser rara, é uma causa importante de perda de visão nestes doentes. As opções terapêuticas incluem, além do tratamento dirigido à doença inflamatória, a fotocoagulação a LASER, terapia fotodinâmina com verteporfina (TFD) e, mais recentemente, agentes farmacológicos anti-VEGF. Objectivo: Analisar uma série de 10 casos de NVC de etiologia inflamatória. Métodos: Os autores descrevem uma série de 10 casos (10 olhos) de NVC de causa inflamatória. Os parâmetros analisados incluem: etiologia da uveíte, localização da NVC, evolução das acuidades visuais e da espessura macular central (EMC) após TFD ou injecção intravítrea (IV) de fármacos anti-VEGF (bevacizumab ou ranibizumab). Resultados: Na série apresentada, a coroidite multifocal surge como a etiologia mais frequente. Apenas um doente apresentava NVC extrafoveal (justapapilar), sendo que 5 apresentavam NVC justafoveal e 4 NVC subfoveal. Seis doentes foram tratados com IV anti-VEGF, com uma média de 3 IV e quatro doentes foram submetidos a TFD, com uma média de 2 sessões. No grupo tratado com IV, assistiu-se a melhoria das acuidades visuais em 5 casos. No grupo tratado com TFD verificou-se melhoria da AV em 2 doentes e a manutenção da mesma acuidade visual em 2 doentes. Observou-se uma diminuição da EMC em todos os doentes, sendo esta mais marcada no grupo tratado com IV anti-VEGF. Discussão / Conclusão: A NVC é uma complicação grave das doenças inflamatórias, para a qual não existem guidelines de tratamento. Apesar de a nossa amostra ser pequena, os resultados parecem mostrar um bom outcome nos doentes tratados com IV anti-VEGF, sugerindo assim que esta é uma opção terapêutica importante para estes doentes. Enfatizamos a importância da realização de estudos multicêntricos, randomizados e controlados para validar esta opção terapêutica.
- Parâmetros Morfológicos no SD-OCT em Doentes com Degeneração Macular da Idade Antes e Após Terapêutica com BevacizumabPublication . Noronha, M; Borges, B; Cabugueira, A; Carvalho, B; Gomes, T; Marques, M; Flores, RObjectivo: Estudar a evolução dos parâmetros quantitativos e qualitativos obtidos na tomografia de coerência óptica spectral domain (SD-OCT) num sub-grupo de doentes com degeneração macular da idade (DMI) sujeitos a injecções intravítreas (IV) de bevacizumab. Procurou-se também verificar se estes parâmetros poderão funcionar como factores de prognóstico da acuidade visual (AV) pós- terapêutica com IV de bevacizumab. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 55 olhos de 50 doentes, com diagnóstico de DMI sem terapêutica prévia, submetidos a pelo menos 3 IVs mensais de bevacizumab. Foram estudados os parâmetros quantitativos [espessura foveal central (EFC), comprimento da membrana limitante externa (MLE) e zona elipsóide (ZE)] e qualitativos obtidos através do SD-OCT antes e após IV. Foi analisada a existência ou não de correlação entre estes parâmetros e a AV pré e pós IV. Resultados: A média da AV (Log MAR), EFC (μm), comprimento da MLE (μm) e comprimento da ZE (μm) variou de valores pré-IV de 0,59+/-0,40; 429,3+/-112,2; 381,2+/-380,5 e 149,1+/-266,1 para valores pós-IV de 0,49+/-0,42; 334,5+/-126,1; 540,4+/-424,2 e 159,6+/-209,0. Existiu correlação entre a AV pré-IV e da EFC (rs=0,30), comprimento da MLE (rs=-0,28) e disrupção da MLE (rs=-0,39) pré-IVs bem como correlação entre a AV pós-IV e comprimento da MLE pós-IV (rs=-0,42). A AV pós-IV apresentou correlação com os valores pré-IVs da AV (rs=0,59), do comprimento da MLE (rs=-0,36) e disrupção da MLE (rs=-0,47). Conclusão: Neste grupo de estudo a AV, o comprimento da MLE e a disrupção da MLE pré-IVs parecem poder funcionar como factores de prognóstico da AV pós-IV.
- Secondary Epiretinal Membrane After TrabeculectomyPublication . Vieira, L; Cabugueira, A; Borges, B; Carvalho, V; Noronha, M; Abegão Pinto, L; Reina, M; Dutra Medeiros, MPurpose: To determine the frequency of epiretinal membranes (ERM) in eyes with primary open-angle glaucoma subjected to trabeculectomy. Methods: We conducted a retrospective study on patients subjected to trabeculectomy with at least a 6-month follow-up. Ophthalmologic examination and spectral-domain optical coherence tomography (SD-OCT) were analyzed. Eyes with previous surgical or laser treatments or other pathologies (other than glaucoma and ERM) were excluded. Results: A total of 50 eyes (40 patients) were included in this study. The mean follow-up time after surgery was 27.8 months. After surgery, 9 eyes (18%) had preretinal macular fibrosis and 19 eyes (38%) had cellophane macular reflex. Of the 16 eyes with a preoperative macular SD-OCT, 3 (18.8%) developed ERM and 4 (25%) progressed from cellophane macular reflex to preretinal macular fibrosis, after surgery. The ERM frequency did not differ significantly between eyes subjected to trabeculectomy with or without the use of antimetabolites (P=0.08), or between eyes subjected to simple or combined surgery (phacotrabeculectomy) (P=0.09). Conclusion: Trabeculectomy may predispose one to the appearance and progression of ERM. Further studies are needed to clarify this intriguing relation.