Browsing by Author "Cunha, A"
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- Doenças de Transmissão Sexual Como Diagnóstico Inicial de Infecção VIHPublication . Cunha, A; Santos, R; Fernandes, C; Rodrigues, A; Cardoso, JRealizámos um estudo retrospectivo durante o ano de 2002 com o objectivo de estimar o número de doentes com IST como diagnóstico inicial de infecção VIH. O estudo decorreu na consulta de IST do Serviço de Dermatologia do Hospital de Curry Cabral e participaram nele todos os doentes observados em primeira consulta. A todos, após consentimento informado, foi oferecida a oportunidade de fazer o teste diagnóstico do VIH. Analisámos dados demográficos, clínicos, e serológicos no grupo em estudo. Dos 254 portadores de IST que foram estudados 11 (5,5%) foram positivos para o VIH1, nenhum para o VIH2. Embora todos estes doentes estivessem em risco de infecção VIH em geral não suspeitavam da sua aquisição. Quer os doentes, quer os trabalhadores de saúde frequentemente ignoram as IST como preditores de potencial infecção VIH.
- Esclerose Sistémica Progressiva. Forma de Apresentação RaraPublication . Cunha, A; Lourenço, J; Santos, T; Barros Veloso, AJOs autores descrevem o caso clínico de uma mulher de 28 anos, internada por hipertensão arterial maligna com retinopatia hipertensiva de grau IV e encefalopatia hipertensiva associadas a poliartralgias, fenómeno de Raynaud, microstomia e esclerodactilia, na qual se instalou um quadro de insuficiência renal rapidamente progressiva. Após realização de exames complementares de diagnóstico e excluídas outras formas secundárias de hipertensão arterial, concluiu-se ser uma esclerose sistémica progressiva (ESP) com envolvimento multiorgânico (rim, pele, pulmão, esófago e retina) que se apresentou de uma forma rara - crise renal de esclerodermia (10% dos casos) - que impôs início de terapêutica agressiva com IECA (captopril 150 mg/dia) e nifedipina (60 mg/dia), e início de programa de hemodiálise urgente. Salienta-se este caso por se tratar de uma doença rara (2,7 novos casos/milhão/ano) que se apresentou de uma forma pouco frequente, tendo-se observado uma recuperação completa da função renal após três meses de hemodiálise, encontrando-se a doente actualmente com níveis tensionais normais, sem qualquer terapêutica.
- Sífilis Secundária TardiaPublication . Cunha, A; Viana, I; Martins, M; Bordalo, OApresentamos o caso clínico de um doente de 37 anos, caucasóide, que recorreu a consulta de dermatologia por dermatose assintomática localizada na face e membros superiores com 4 meses de evolução. A dermatose era constituída por múltiplas placas e máculas eritematosas anulares e serpiginosas, ligeiramente descamativas e bem delimitadas. Colocada a hipótese diagnóstica de Lúpus Eritematoso Subagudo, procedeu-se a biópsia cutânea para exame histopatológico e foram solicitados outros exames auxiliares de diagnóstico. O exame histopatológico revelou a presença na derme, de granulomas com arranjo perifolicular com importante infiltrado rico em plasmocitos para além de vasos telangiectásicos e tumefactos. Nas colorações habituais não se observaram microrganismos. Foi sugerido o diagnóstico de sífilis que seria confirmado pelo VDRL reactivo na diluição 1/64 e pela identificação do Treponema pallidumpor PCR Elisa. A pesquisa do HIV 1 e 2 foi negativa. Medicado com penicilina benzatínica G 2400000 UI i.m. /semana-3 semanas, registou-se reacção de Jarisch- Herxeimer após a 1ª injecção. Em consulta subsequente a titulação do VDRL desceu para 1/8 e o FTA-Abs foi> 1/100, verificando-se regressão das lesões cutâneas sem cicatrizes residuais.