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- Angioplastia Coronária no Enfarte Agudo do Miocárdio: Impacto do Timing da Revascularização na Alternância da Onda TaPublication . Pelicano, NJ; Oliveira, MM; Nogueira da Silva, M; Anão, A; Feliciano, J; Fiarresga, A; Alves, S; Silva, S; Quininha, JEncontra-se bem estabelecido que, na abordagem terapêutica do enfarte agudo do miocárdio (EAM), a trombólise e a angioplastia coronária percutânea (ACTP) permitem diminuir a mortalidade e melhorar o prognóstico, sendo esse benefício tanto maior quanto menor o tempo decorrido entre o evento isquémico e o procedimento terapêutico. No entanto, não está ainda estabelecido qual o impacto que o atraso da implementação dessas terapêuticas tem no desenvolvimento de taquidisritmias ventriculares e por consequência no resultado da alternância da onda T(TWA), que representa um método reconhecido para avaliação da vulnerabilidade ventricular às referidas arritmias. Objectivo: Analisar os resultados da TWA por microvoltagem numa população submetida a ACTP na sequência de EAM e avaliar a influência do timing de revascularização miocárdica nos resultados da TWA. Métodos: Estudámos 79 doentes (67 do sexo masculino; 57 ± 11 anos) consecutivos, admitidos por EAM e sujeitos a revascularização miocárdica por ACTP durante o internamento. A TWA foi avaliada utilizando um aparelho da HeartTwave System (Cambridge Heart, Inc., Bedford, Massachusetts) nos 30 dias pós-EAM. Durante a realização de uma prova de esforço em tapete rolante com protocolo manual, com o objectivo de elevar a frequência cardíaca até aos 110 batimentos por minuto, realizou-se o registo electrocardiográfico através da aplicação de sete eléctrodos standard e outros sete eléctrodos sensores de alta-resolução, especialmente concebidos para redução do «ruído», dispostos segundo as derivações ortogonais de Frank(X,Y, Z). A TWA foi considerada positiva quando se verificou a presença de alternância da onda T de magnitude ³ 1,9 μV de forma consistente e mantida (> 1 minuto), com início para frequências cardíacas < 110 batimentos/minuto ou quando esta alternância se verificou em doentes em repouso. Foi considerada negativa quando se conseguiu obter dados sem artefactos durante pelo menos um minuto, com frequências > 105 batimentos/minuto, sem atingir critério de positividade e indeterminada se não podia ser classificada como positiva ou negativa. Foram excluídos doentes com EAM ou revascularização miocárdica (cirúrgica ou percutânea) prévios, os que apresentavam insuficiência cardíaca congestiva, com fibrilhação auricular, > 10 extrassístoles por minuto, pacemaker definitivo, bradicárdia < 40 bpm, complexos QRS com duração > 130 ms ou sob terapêutica anti-arrítmica. Considerámos como marcador de risco para a ocorrência de eventos arrítmicos ventriculares malignos a presença de TWA positiva ou indeterminada. (TWA «nãonegativa»). Os resultados da TWA foram comparados entre o grupo de doentes submetidos a ACTP nas primeiras 24 horas pós-EAM (Grupo A; n = 45) e o grupo de doentes submetidos a ACTP > 24 horas pós-EAM. (Grupo B; n = 34) Resultados: A TWA foi positiva em 16 doentes (20,2%) e negativa em 56 (70,9%). Em 7 casos (8,9%), o resultado do teste foi considerado indeterminado. A TWA foi «não-negativa» em 29,1% da população. No grupo A a TWA foi “não-negativa” em 9 doentes (20 %) (6 com TWA positiva e três com TWA indeterminada) e negativa em 36 doentes (80 %) e no grupo B foi «não-negativa» em 14 doentes (41%) (10 com TWA positiva e quatro com TWA indeterminada) e negativa em 20 (59 %) (p < 0,05). Não se encontraram diferenças entre os dois grupos no que respeita à fracção de ejecção ventricular esquerda. No seguimento até aos 60 dias após a alta hospitalar não foram documentados eventos arrítmicos ventriculares, síncopes ou óbito. Foram reinternados cinco doentes (7 %) por recorrênciade angor. Conclusões: Numa população de sobreviventes de EAM encontrámos uma prevalência de TWA não negativa de 29 %, apesar da revascularização miocárdica com ACTP. A ACTP, quando efectuada nas primeiras 24 horas após o início do EAM, reduz de forma significativa o número de doentes com TWA não negativa,sugerindo que esta intervenção precoce poderá baixar o risco arrítmico destes doentes e influenciar favoravelmente o prognóstico pós-EAM. O impacto da morte súbita na mortalidade pós-EAM justifica estudos prospectivos de maiores dimensões
- Doenças Hipertensivas da Gravidez. Perspectiva do AnestesistaPublication . Marques, RA abordagem das emergências obstétricas requer o conhecimento de como as condições médicas influenciam o estado das doentes, bem como das alterações fisiológicas ocorrentes em gravidez de risco. Os objectivos da actuação médica em qualquer gravidez com hipertensão complicada, consistem em terminar a gravidez com o menor trauma possível para a mãe e o feto, nascimento de uma criança com capacidade de sobrevivência e o completo restabelecimento da saúde da mãe. Para a grávida com complicação ligeira estes objectivos são razoáveis. Para a grávida com pré-eclâmpsia, síndrome de HELLP ou eclâmpsia, especialmente no pré-termo da gestação, estes objectivos são praticamente irrealistas. Nesta situação o parto pode ser a decisão mais adequada.
- Miopatia Miotubular Ligada ao Cromossoma X - Caso ClínicoPublication . Emilio, A; Soares, R; Cristovão, C; Vieira, JP; Tomé, T; Estrada, J; Barata, D; Costa, TIntrodução:A miopatia miotubular ligada ao cromossoma X e uma miopatia congénita grave neonatal que afecta o sexo masculino, com prognóstico reservado. Relato de Caso: Lactente com hipotonia generalizada grave detectada após o nascimento, atrofia muscular generalizada e abolição dos reflexos osteotendinosos, cujo estudo etiológico específico (biópsia muscular e estudo de genética molecular) revelo tratar-se de miopatia miotubular ligada ao cromossoma X. Internado em Unidade de Cuidados Intensivos até aos oito meses, foi submetido a traqueostomia e gastrotomia, tendo alta para domicílio. Faleceu aos dez meses, subitamente, de causa indeterminada. Discussão: Este caso mostra que, apesar da terapêutica actual ser apenas paliativa, a importância do conhecimento do mecanismo genético é enorme, abrindo novos horizontes para uma terapia génica no futuro.
- Carcinomas Espinocelulares Cutâneos em Doente com Epidermólise Bolhosa Distrófica RecessivaPublication . Medeiros, S; Amaro, C; Oliveira, J; Catorze, G; Miguel, J; Coutinho, J; Vieira, R; Pacheco, A; Afonso, A; Cardoso, JAs epidermólises bolhosas (EB) hereditárias são um grupo heterogéneo de doenças bolhosas geneticamente determinadas. Caracterizam-se clinicamente por fragilidade mucocutânea que se traduz pela formação de 1,2 bolhas após traumatismos mínimos. Nas formas distróficas, principalmente na forma recessiva, as lesões cutâneas evoluem de forma crónica levando à formação de múltiplas cicatrizes atróficas e estão associadas a uma maior 2 frequência de carcinomas espinocelulares (CEC), em particular nos casos de longa evolução. Os autores descrevem o caso de um doente, com 42 anos de idade, com epidermólise bolhosa distrófica recessiva - variante Hallopeau-Siemens (EBDR-HS), que desenvolveu dois carcinomas espinocelulares da pele, tendo um deles metastizado para os gânglios loco-regionais, em breve período de tempo.
- Divertículo da Uretra no Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital D. EstefâniaPublication . Ramos, JM; Catela Mota, F; Alves, FOs autores apresentam uma revisão de casos clínicos de crianças, do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital D. Estefânia (HDE), com o diagnóstico de divertículo da uretra (DU) num período compreendido entre 1999 e 2005. Foram encontradas 5 crianças com este diagnóstico, 4 do sexo masculino e uma do sexo feminino, com idades (na altura do diagn óstico) compreendidas entre 6º dia de vida e os 11 anos. As primeiras manifestações clínicas incluíam infecções urinárias de repetição, hidronefrose bilateral com alterações da função renal, diminuição da força e calibre do jacto urinário e hematúria total. O diagnóstico foi feito por uretrocistografia permiccional (UCGPM) em três casos e uretroscopiaemdois. Em três casos optou-se por ressecção da porção distal do divertículo. Noutra criança optou-se por espera vigilante, tendo-se efectuado uretrografias periódicas para verificar a variação de volume do díverticulo. A uretroplastia com retalho perineal foi opção terapêutica para uma criança com DU congénito volumoso e obstrução ao esvaziamento vesical muito grave. Quer nas crianças em que se optou pela espera vigilante, quer nas que foram submetidas a tratamento cirúrgico, os resultados foram, globalmente bons: todas as crianças foram capazes de urinar com jacto normal no pós-operatório imediato, a função renal retomou a normalidade nas crianças em que se verificava elevação pré-operatória dos níveis séricos de creatinina e todas as crianças se encontram assintomáticas desde há nove meses.
- A Dor em Neurocirurgia. A Perspectiva dos Cuidados PaliativosPublication . Pêla, J; Ferreira, P
- Porfíria Cutânea Tarda - Revisão de 10 Anos (1996-2005)Publication . Amaro, C; Lamarão, P; Cardoso, JNeste estudo retrospectivo, analisaram-se os aspectos demográficos, clínicos, etiológicos, laboratoriais e terapêuticos de 18 doentes com o diagnóstico de porfíria cutânea tarda (PCT), observados no Serviço de Dermatologia do Hospital de Curry Cabral entre 1996 e 2005. Foi efectuada uma avaliação comparativa entre os indivíduos com hepatite C e os doentes sem este factor etiológico. Verificou-se um predomínio da doença no sexo masculino, com hábitos etanólicos, assim como uma prevalência elevada de hepatite C, inferior, contudo, à descrita em alguns países do sul da Europa. No grupo dos doentes com hepatite C, os valores de aspartato aminotransferase (AST) e de gamaglutamiltranspeptidase (g-GT) foram significativamente mais elevados, em provável relação com uma maior agressão hepática. O seguimento clínico e terapêutico foi em média de 31 meses. Em todos foram instituídas medidas gerais e de evicção de factores precipitantes. A flebotomia foi o tratamento de eleição na maioria dos doentes e dois fizeram terapêutica com antimaláricos.
- Tipos Polínicos Alergizantes em Portugal – Calendário de 2002-2004Publication . Todo-Bom, A; Brandão, R; Nunes, C; Caeiro, E; Leitão, T; Ferraz Oliveira, J; Morais-Almeida, MOs calendários polínicos constituem instrumentos fundamentais para a orientação clínica de doentes alérgicos. Em Portugal, a sua elaboração de forma sistematizada teve início em 2002. Para tal foram colocados polinómetros volumétricos Burkard em cinco cidades do país: Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Portimão. O registo das contagens foi efectuado por método estandardizado. As contagens polínicas diárias expressam a concentração média por m3. Estas contagens foram objecto de análise descritiva e comparativa. O período de incidência polínica máxima decorre entre Março e Julho, sendo o pólen de Poaceae e de ervas silvestres os mais frequentemente identificados. Em Janeiro, Fevereiro e Dezembro existem níveis elevados de pólen de árvores em todo o território nacional. O Sul do país apresenta indicadores de polinização mais intensa.
- Potencialidades do Retalho NasogenianoPublication . Sousa, H; Ferreira, R; Almeida, JRO retalho nasogeniana é uma excelente técnica reconstrutiva para reparar os defeitos do terço médio do face, sobretudo os defeitos do nariz. Os autores descrevem neste artigo cinco casos clínicos de doentes que apresentavam tumores da pálpebra inferior,asa do nariz, junção nasolabial, lábio inferior e cavidade bucal, operados no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa. Nenhum dos doentes foi submetido a um segundo tempo operatório paro correcção de defeitos secundários quer na região dadora quer na região receptora. Os bons resultados alcançados enfatizam a importância deste retalho, quando tecnicamente bem executado.
- Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica em AdultoPublication . Amaro, C; Medeiros, S; Lamarão, P; Estrela, F; Afonso, A; Marques Pinto, GA síndrome de pele escaldada estafilocócica (SPEE) é uma dermatose causada por uma toxina esfoliativa produzida pelo Staphylococcusaureus. É uma doença rara em adultos, estando descritos, até à data, apenas cerca de 50 casos. A taxa de mortalidade é elevada, identificando-se como principais factores de risco a insuficiência renal e a imunossupressão. Os autores descrevem o caso de uma doente, com 53 anos de idade, previamente saudável.