Browsing by Author "Lisboa, J"
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- Estudo Clínico da Utilização da Válvula de Ahmed no Glaucoma Refractário Entre Janeiro de 2010 e Junho de 2012 no CHLC, EPEPublication . Lisboa, M; Sampaio, A; Borges, B; Amaral, A; Domingues, I; Reina, M; Lisboa, JObjectivo: Avaliar os resultados clínicos nos doentes submetidos a implante de válvula de Ah- med no serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, entre Janeiro de 2010 e Junho de 2012. Material e Métodos: Estudo retrospectivo em que 39 doentes (44 válvulas) foram incluídos. Os critérios de inclusão compreenderam o diagnóstico de glaucoma refractário à terapêutica máxi- ma tolerada e/ou falência de trabeculectomia prévia. Os doentes foram incluídos em 3 grupos com mínimo de follow up de 1, 6 e 12 meses. O sucesso cirúrgico foi definido como 6mmhg ≤ pressão intraocular (PIO) ≤ 21mmHg, com ou sem o uso de medicação, sem cirurgia de glauco- ma adicional, e visão de percepção luminosa ou melhor. Resultados: O glaucoma neovascular foi o diagnóstico mais frequente (47,7%). A PIO média pré-operatória foi de 34,2mmHg (±8,37) e a pós-operatória foi de 17,1mmHg ±6,18 (1mês), 16,7mmHg ±3,72 (6 meses) e 17,0mmHg ±7,22 (1 ano). A diferença entre a PIO pré e pós-opera- tória foi estatisticamente significativa (p <0.0001). A média de melhor acuidade visual corrigida foi <0.1 décimas (1.0 logMAR) quer pré, quer pós-operatoriamente (p> 0.05). A média de fárma- cos diminuiu de 3,43 (±1,14) para 1,75 (±1,50) após a cirurgia (p <0.0001). A taxa de sucesso foi de 77,3% ao 1o mês, 76,9% ao 6amês e 70,6% aos 12 meses. As principais complicações foram hipotonia em 6 casos (13,6%), perda de percepção luminosa em 4 (9,1%) e hifema em 2 (4,6%). Conclusões: A taxa de sucesso foi comparável à de estudos prévios. A válvula de Ahmed é um método eficaz e seguro no tratamento do glaucoma refractário.
- Neovascularização Coroideia de Causa Inflamatória: Opções TerapêuticasPublication . Borges, B; Cabugueira, A; Domingues, I; Marques, M; Pinto Ferreira; Lisboa, J; Flores, RIntrodução: Uma complicação das doenças oculares inflamatórias é a neovascularização coroideia (NVC). Apesar de ser rara, é uma causa importante de perda de visão nestes doentes. As opções terapêuticas incluem, além do tratamento dirigido à doença inflamatória, a fotocoagulação a LASER, terapia fotodinâmina com verteporfina (TFD) e, mais recentemente, agentes farmacológicos anti-VEGF. Objectivo: Analisar uma série de 10 casos de NVC de etiologia inflamatória. Métodos: Os autores descrevem uma série de 10 casos (10 olhos) de NVC de causa inflamatória. Os parâmetros analisados incluem: etiologia da uveíte, localização da NVC, evolução das acuidades visuais e da espessura macular central (EMC) após TFD ou injecção intravítrea (IV) de fármacos anti-VEGF (bevacizumab ou ranibizumab). Resultados: Na série apresentada, a coroidite multifocal surge como a etiologia mais frequente. Apenas um doente apresentava NVC extrafoveal (justapapilar), sendo que 5 apresentavam NVC justafoveal e 4 NVC subfoveal. Seis doentes foram tratados com IV anti-VEGF, com uma média de 3 IV e quatro doentes foram submetidos a TFD, com uma média de 2 sessões. No grupo tratado com IV, assistiu-se a melhoria das acuidades visuais em 5 casos. No grupo tratado com TFD verificou-se melhoria da AV em 2 doentes e a manutenção da mesma acuidade visual em 2 doentes. Observou-se uma diminuição da EMC em todos os doentes, sendo esta mais marcada no grupo tratado com IV anti-VEGF. Discussão / Conclusão: A NVC é uma complicação grave das doenças inflamatórias, para a qual não existem guidelines de tratamento. Apesar de a nossa amostra ser pequena, os resultados parecem mostrar um bom outcome nos doentes tratados com IV anti-VEGF, sugerindo assim que esta é uma opção terapêutica importante para estes doentes. Enfatizamos a importância da realização de estudos multicêntricos, randomizados e controlados para validar esta opção terapêutica.