Browsing by Author "Moreira, I"
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- Avaliação Endoscópica das Alterações da Deglutição em Idade Pediátrica: Experiência de 3 anosPublication . Nascimento, J; Moreira, I; Cunha, I; Forjaco, A; Alves, P; Ximenes Araújo, J; Pinto Sousa, J; Araújo, B; Sousa, H; Barros, EAs alterações da deglutição na criança afetam aproximadamente 1% das crianças/ano, nos Estados Unidos, sendo frequentemente subdiagnosticadas. O desenvolvimento de técnicas diagnósticas não invasivas tem permitido diagnósticos mais precisos, independentemente da idade. Este trabalho tem como objetivo identificar a prevalência das alterações da deglutição e a necessidade de avaliação instrumental por videofuoroscopia da deglutição (VFD) e/ ou videoendoscopia de deglutição fberoptic endoscopic evaluation of swallowing - FEES) nos doentes seguidos na consulta pediátrica de laringe, descrevendo dois casos representativos e enfatizando as particularidades da realização da FEES em crianças. Procedeu-se à análise retrospetiva de doentes em idade pediátrica, seguidos na consulta de laringe no período de 2018-2020. Das 278 crianças avaliadas, verificaram-se alterações da deglutição em 26% (n=71). A FEES foi realizada em 24%, a VFD em 32% e 10% das crianças realizaram ambos os exames. Das crianças que realizaram FEES, a patologia estrutural da laringe foi a alteração mais encontrada, tendo-se registado 3 doentes com patologia neurológica. A VFD e a FEES são exames complementares fundamentais para diagnosticar defeitos anatómicos, e são a única forma objetiva de confirmar ou excluir aspiração, sendo que a FEES em idade pediátrica possui características específicas e requer experiência para a sua realização e interpretação.
- Doença Atópica do Compartimento CentralPublication . Chantre, T; Guedes Damaso, R; Brandão, P; Moreira, I; Barroso, M; Sousa, HObjetivos: Sistematizar a evidência científica existente em relação à patologia “Doença Atópica do Compartimento Central” (DACC). Desenho do Estudo: Revisão Bibliográfica Sistemática. Material e Métodos: Realização de uma revisão bibliográfica sistemática nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, baseada no modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyses), selecionando trabalhos publicados entre janeiro de 2010 e dezembro de 2022. Resultados: Dos 3114 estudos inicialmente encontrados, foram selecionados para análise na integra um total de 13 artigos. Mais de metade dos artigos (69.2%) foram publicados a partir do ano de 2019, inclusive. Um total de 1780 doentes com RSC foi analisado. Destes, o número de doentes com DACC foi 372 (20.9%), com um rácio masculino: feminino de 2.16. Identificaram-se como comorbilidades a rinite alérgica (98,5%), a asma (25.2%) e o tabagismo (8.2%). Conclusões: DACC representa uma variante de RSC descrita pela primeira vez em 2017. Está associada à exposição a alergénios inalatórios e com repercussões edematosas e polipóides nos cornetos médios e superiores, bem como na região postero-superior do septo nasal. A base da gestão desta patologia é o tratamento médico da alergia, complementado, se necessário, com cirurgia endoscópica nasossinusal.
- Doentes Covid-19 Traqueotomizados num Hospital Terciário: Resultados a Longo Prazo na Voz, Deglutição e Via AéreaPublication . Oliveira, M; Infante Velada, T; Dorozhko, I; Moreira, I; Chantre, T; Correia, S; Eliseu, A; Sousa, HA COVID-19 resultou num aumento de doentes traqueotomizados sob ventilação mecânica prolongada, cujas consequências na voz, deglutição e via aérea alta são pouco conhecidas, pelo que foi objetivo deste trabalho estudá-las. Foram considerados 37 doentes com COVID-19, internados numa Unidade de Cuidados Intensivos, traqueotomizados e descanulados entre março de 2020 e novembro de 2021. Foram incluídos no estudo 14 doentes, todos eles submetidos a entrevista com aplicação de inquéritos e 8 sujeitos também a endoscopia flexível. A média de idades foi de 49 anos e o racio masculino: feminino de 11:3. O tempo médio de entubação até à traqueotomia foi de 24 dias e até à descanulação de 51. 29% relataram alterações da deglutição, 14% da voz e 29% sintomas indicativos de refluxo faringolaríngeo. 62% das endoscopias apresentavam alterações. Os resultados preliminares mostram elevada incidência de lesões laríngeas, mas são necessários estudos a longo prazo, incluindo em doentes com COVID-19 não traqueotomizados.
- Os Efeitos das Variações Meteorológicas na Incidência de Vertigem Posicional Paroxística BenignaPublication . Chantre, T; Moreira, I; Oliveira, M; Sousa, HIntrodução e Objetivos: Os sintomas vestibulares estão entre os motivos de observação mais comuns no serviço de urgência. A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é um dos diagnósticos mais frequentemente observados nestes doentes e acarreta um considerável impacto nos cuidados de saúde. O nosso objetivo é avaliar a incidência semanal e sazonal da VPPB e estudar a possível relação entre a incidência da VPPB e as variações climáticas ocorridas ao longo do ano de 2021, na área metropolitana de Lisboa. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes adultos (18 anos ou mais), com diagnóstico de VPPB no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, entre janeiro e dezembro de 2021. As variáveis meteorológicas para o mesmo período foram recolhidas dos dados oficiais da área metropolitana de Lisboa, nomeadamente temperatura atmosférica, pressão atmosférica, humidade, nebulosidade, número de horas diárias de sol e radiação solar. Resultados: Um total de 178 doentes foram diagnosticados com VPPB; 62 eram homens (34,8%) e 116 mulheres (65,2%). Foi encontrado um padrão sazonal na incidência de VPPB, com menor número de doentes diagnosticados com VPPB nos meses de verão (p = 0,0002). Existiu uma associação negativa e estatisticamente significativa entre a temperatura atmosférica (r = -0,5215, p = 0,000063), o número de horas de luz solar (r = -0,4024, p = 0,002847) e a radiação solar (r = -0,4463, p = 0,000817) com o número de doentes com VPPB diagnosticados por semana. Foi encontrada associação positiva e significativa entre nebulosidade e a incidência de VPPB (r = 0,537, p = 0,000034). Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre pressão atmosférica (r = -0,0366, p = 0,798015) ou humidade (r = 0,2525, p = 0,068707) com a incidência de VPPB. Conclusões: A incidência da VPPB diminui nos meses de verão, quando a temperatura atmosférica, a radiação solar e o número de horas de luz solar são maiores e a nebulosidade é menor.
- Epistaxis Como Primeira Manifestação de Granulomatose Wegener. Caso Clínico.Publication . Casas Novas, A; Moreira, I; Brazão Santos, P; Monteiro, MLA Granulomatose de Wegener é uma doença sistémica de etiologia desconhecida, caracterizada pela tríade clínica: envolvimento da mucosa nasal e dos seios perinasais, infiltração e cavitação pulmonar e doença renal com hematúria. A Granulomatose de Wegener afecta normalmente adultos jovens e de meia idade e embora seja incomum nas crianças, pode surgir em qualquer estrato etário. Apresentamos o caso clínico de uma adolescente de 14 anos, com sintomas de epistaxis, cuja investigação posterior mostrou insuficiência renal e múltiplos nódulos pulmonares. O teste positivo para o anticorpo antineutrofílico citoplasmático suportou o diagnóstico de Granulomatose de Wegener, necessitando de terapêutica com hemodiálise e imunossupressão.
- Erasmus Syndrome: an Underrecognized EntityPublication . Magalhães, A; Moreira, I; Pinheiro, S; Borba, AWe present a case of a 33-year-old male who worked as a plumber and a locksmith. The patient presented with diffuse myalgia and asthenia, skin sclerosis and puffy fingers, Raynaud's phenomenon, exertional dyspnea and erectile dysfunction. The presence of specific autoantibodies enabled the diagnosis of systemic sclerosis. Chest-computed tomography revealed upper lobe consolidation. After extensive evaluation, the multidisciplinary interstitial lung disease team concluded that the patient also had advanced silicosis. After a year, there was significant clinical, radiologic, and functional deterioration of the lung disease. The patient was referred for lung transplant. Silica inhalation is the cause of silicosis but is also implicated in the development of systemic sclerosis (Erasmus syndrome). Although they share a common risk factor, it is rare to find both diseases co-existing. We present this case of a young patient where both diseases presented aggressively in order to raise awareness to this association.
- Existe Associação entre Acufeno e Disfunção Temporomandibular?Publication . Oliveira, M; Barros, C; Caixeirinho, P; Chantre, T; Moreira, I; Proença, F; Sousa, HA coexistência frequente de acufeno e distúrbios da articulação temporomandibular e dos músculos da mastigação (DTM) levou à suposição de que existe uma relação entre as duas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de acufeno em doentes com DTM e os efeitos do tratamento desta sobre o acufeno. Foram incluídos 57 doentes seguidos em consulta de Estomatologia - DTM no ano 2021 e primeiro semestre de 2022. Foi questionada a presença de acufeno e aplicado o questionário Tinnitus Handicap Index (THI). 72% tiveram 1 ou mais episódios de acufeno. 89,5% eram do sexo feminino e verificaram-se 2 picos de incidência na faixa etária entre os 18-30 (21,1%) e os 41-50 anos (24,6%). Em 85,4% dos doentes o acufeno era intermitente e 41,5% grau reduzido. Foi encontrada associação entre a lateralidade do acufeno e da DTM (p<0.001). 67% melhorou o acufeno após terapêutica para DTM (p= 0.0135).
- Experiência Cirúrgica dos Internos de Primeiro Ano de Otorrinolaringologia em PortugalPublication . Pinto, P; Infante Velada, T; Cunha, I; Moreira, I; Sousa, HA prática cirúrgica é essencial na formação de novos especialistas em Otorrinolaringologia (ORL). Com este trabalho caracterizamos a experiência cirúrgica dos internos de ORL que realizaram o seu primeiro ano de internato em 2021. As 18 respostas foram obtidas através do preenchimento de um questionário e representam 82% destes internos. A média anual de procedimentos cirúrgicos realizados foi 58, com um valor mínimo de 4 e máximo de 135. Estes procedimentos incluíram, em média, 16 amigdalectomias, 22 adenoidectomias, 18 colocações de tubos de ventilação transtimpânicos e 5 traqueotomias. O número de procedimentos cirúrgicos realizados apresentou grande variabilidade entre os diferentes internos de ORL. O desenvolvimento futuro de objetivos cirúrgicos nacionais, adaptados a cada ano do internato, poderá ser útil para a uniformização da formação cirúrgica dos internos de ORL em Portugal.
- Fatores de Prognóstico nas Timpanoplastias Tipo I em Crianças – Casuística de 4 Anos do Hospital de Dona Estefânia (HDE) do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHCL-EPE)Publication . Colaço, J; Moreira, I; Monteiro, LObjetivos: Identificação de fatores de prognóstico em crianças submetidas a timpanoplastia tipo I. Materiais e métodos: Estudo retrospetivo baseado na análise de todos os processos clínicos de crianças atá aos 15 anos de idade, submetidas a timpanoplastia tipo I de Portmann durante um período de 4 anos. Resultados: Das 260 timpanoplastias realizadas neste período no serviço foram incluídos no estudo apenas 109 crianças. Das timpanoplastias realizadas, obteve-se sucesso cirúrgico em 68.8%, não se tendo identificado fatores de mau prognóstico cirúrgico com significância estatística. Conclusões: As timpanoplastias tipo I em crianças são um procedimento válido e com elevada taxa de sucesso, não tendo sido identificado qualquer fator de mau prognóstico cirúrgico com significado estatístico.
- Imunofenotipagem de Amígdalas Palatinas em Crianças com SAOS Versus Amigdalites de RepetiçãoPublication . Chantre, T; Gonçalves, J; Cerqueira, S; Nascimento, J; Soares, H; Moreira, I; Sousa, HIntrodução: Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e Amigdalites de Repetição (AR) são as principais indicações para a realização de amigdalectomia em idade pediátrica. Apesar do crescente conhecimento em imunologia tecidual das amígdalas palatinas, a fisiopatologia que leva ao desenvolvimento de SAOS ou AR não é totalmente conhecida. Objetivos: Análise imunofenotípica comparativa de crianças com SAOS versus AR. O estudo epidemiológico dos doentes selecionados foi ainda realizado. Material e Métodos: Análise por citometria de fluxo de amígdalas palatinas de crianças com SAOS versus AR. No processamento das amígdalas palatinas são isoladas as células mononucleadas (MNCs) e, a partir destas, as células T CD4 e as células T foliculares auxiliares (TFH). Foi também avaliado o tamanho e viabilidade celular e o Inducible T-cell costimulator (ICOS), marcador de ligação das células TFH às células B, durante a produção de anticorpos. Foram incluídos 69 doentes do Hospital Dona Estefânia, com idade inferior a 18 anos, entre novembro de 2018 e novembro de 2022. Resultados: As amígdalas palatinas foram removidas por dissecção extracapsular de 54 crianças com diagnóstico de SAOS e 15 com AR. Nos doentes com SAOS, a média de idades foi de 4.7 (± 2.2) anos, sendo 24 do sexo masculino e 30 do sexo feminino. Nos doentes com AR, a média de idades foi de 6.1 (± 2.5) anos, sendo 7 do sexo masculino e 8 do sexo feminino. As crianças submetidas a amigdalectomia por SAOS eram significativamente mais novas que as por AR (p = 0.035). Não existiram diferenças significativas entre sexos nos dois grupos (p = 0.881). Foram encontradas diferenças significativas no grau das amígdalas palatinas, pela Classificação de Brodsky, entre os dois grupos de doentes (p = 0.031). As crianças com SAOS eram mais propensas a apresentarem otite média com efusão com necessidade de miringotomia e colocação de tubos de ventilação transtimpânicos no mesmo momento cirúrgico (p = 0.034). Não existiram diferenças estatisticamente significativas nas complicações cirúrgicas da amigdalectomia entre os dois grupos de doentes (p = 0.456).Pela análise de citometria de fluxo, a contagem de MNCs e células T CD4 não se encontrou alterada entre os dois grupos. As amígdalas palatinas de doentes com AR apresentaram menos células TFH quando comparadas com amígdalas de doentes com SAOS, mas de forma não significativa (p = 0.07). O tamanho das células T CD4 não mostrou diferenças significativas entre grupos (p=0.840), porém, a viabilidade destas células foi significativamente superior nos doentes com AR (p=0.015). Nos doentes estudados, existiu uma maior intensidade na expressão de ICOS nos doentes com AR face aos doentes com SAOS. Conclusões: Os nossos resultados apontam para diferenças na resposta linfocitária local entre doentes com SAOS e AR, porém, são ainda necessários estudos adicionais de citometria de fluxo destinados a investigar os mecanismos imunológicos na base destas duas patologias.