Browsing by Author "Pinto Ferreira"
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- Neovascularização Coroideia de Causa Inflamatória: Opções TerapêuticasPublication . Borges, B; Cabugueira, A; Domingues, I; Marques, M; Pinto Ferreira; Lisboa, J; Flores, RIntrodução: Uma complicação das doenças oculares inflamatórias é a neovascularização coroideia (NVC). Apesar de ser rara, é uma causa importante de perda de visão nestes doentes. As opções terapêuticas incluem, além do tratamento dirigido à doença inflamatória, a fotocoagulação a LASER, terapia fotodinâmina com verteporfina (TFD) e, mais recentemente, agentes farmacológicos anti-VEGF. Objectivo: Analisar uma série de 10 casos de NVC de etiologia inflamatória. Métodos: Os autores descrevem uma série de 10 casos (10 olhos) de NVC de causa inflamatória. Os parâmetros analisados incluem: etiologia da uveíte, localização da NVC, evolução das acuidades visuais e da espessura macular central (EMC) após TFD ou injecção intravítrea (IV) de fármacos anti-VEGF (bevacizumab ou ranibizumab). Resultados: Na série apresentada, a coroidite multifocal surge como a etiologia mais frequente. Apenas um doente apresentava NVC extrafoveal (justapapilar), sendo que 5 apresentavam NVC justafoveal e 4 NVC subfoveal. Seis doentes foram tratados com IV anti-VEGF, com uma média de 3 IV e quatro doentes foram submetidos a TFD, com uma média de 2 sessões. No grupo tratado com IV, assistiu-se a melhoria das acuidades visuais em 5 casos. No grupo tratado com TFD verificou-se melhoria da AV em 2 doentes e a manutenção da mesma acuidade visual em 2 doentes. Observou-se uma diminuição da EMC em todos os doentes, sendo esta mais marcada no grupo tratado com IV anti-VEGF. Discussão / Conclusão: A NVC é uma complicação grave das doenças inflamatórias, para a qual não existem guidelines de tratamento. Apesar de a nossa amostra ser pequena, os resultados parecem mostrar um bom outcome nos doentes tratados com IV anti-VEGF, sugerindo assim que esta é uma opção terapêutica importante para estes doentes. Enfatizamos a importância da realização de estudos multicêntricos, randomizados e controlados para validar esta opção terapêutica.
- Toxoplasmose Ocular PrimáriaPublication . Lisboa, M; Brito, T; Rosa, R; Dias-Santos, A; Domingues, I; Pinto FerreiraIntrodução: A toxoplasmose ocular pode manifestar-se sob a forma primária ou recorrente, sendo o pico de incidência da doença manifesta entre a 2a e a 4a década de vida. Apesar de tradi- cionalmente associada à fase aguda da infecção por Toxoplasma gondii, a toxoplasmose ocular primária também pode ocorrer na fase crónica da doença sistémica. Objectivos: relato de 3 casos clínicos e revisão da literatura Métodos: 3 casos clínicos - o primeiro de um doente, 76 anos, com antecedentes pessoais rele- vantes de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e insuficiência respiratória global por doença estrutural do pulmão de causa desconhecida, e os restantes dois de doentes de 34 e 32 anos, saudáveis, com quadro de diminuição da acuidade visual unilateral com alguns dias de evolução. Resultados: O exame oftalmológico revelou acuidade visual de contagem de dedos no primeiro caso e 10/10 nos outros dois casos, vitrite e foco de coriorretinite em diferentes localizações da retina. Todos apresentavam IgG anti-T. gondii + e em dois dos casos os doentes apresentavam IgM anti-T. gondii +. Foram submetidos a terapêutica antiparasitária e corticoterapia, com con- trolo da inflamação. Conclusões: A forma primária de toxoplasmose ocular, apesar de raramente detectada clinica- mente, deve ser um diagnóstico a ter em conta perante qualquer coriorretinite de causa desco- nhecida, mesmo que na ausência de anticorpos IgM anti-T. gondii positivos. O diagnóstico tardio pode levar a graves consequências, que podem resultar não só do atraso no início do tratamento, como da aplicação de medidas inadequadas, nomeadamente o início de corticoterapia sem a respectiva cobertura antiparasitária.
- Uso do Voriconazol Oral no Tratamento da Endoftalmite Fúngica Endógena Bilateral: Caso ClínicoPublication . Sampaio, A; Pinto FerreiraOs autores descrevem um caso de endoftalmite fúngica bilateral, presumida por Candida, após cirurgia abdominal (hemicolectomia por divertículos) complicada por fístula enterocutanea e utilização de cateteres intravenosos. O doente foi submetido a tratamento com voriconazol oral, com bom resultado anatómico e funcional. São descritos os aspectos clínicos da endoftalmite fúngica, e a opção terapéutica do uso do voriconazol oral, com resultado eficaz sem a necessida- de de vitrectomia e/ou injecções intra-vítreas.