UCI PED - Comunicações e Conferências
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- Exantema Infecioso ou Toxidermia Medicamentosa: O Desafio Diagnóstico e Terapêutico.Publication . Sousa e Silva, R; Martins Farinha, S; Salva, I; Ferreira, R; Pereira, G; Dâmaso, C; Neves, A; Brito, MJ; Silva, R; Santos, MIntrodução: Dada a semelhança morfológica, a distinção entre exantema infeccioso e toxidermia é difícil. Uma história detalhada, com a cronologia dos eventos é fundamental para uma abordagem correta. As reações de hipersensibilidade a fármacos são raras (2.5%), mais frequentemente associadas a antibióticos, antiepilépticos e antiinflamatórios. Descrição do caso: Criança do sexo masculino, 1 ano, com antecedentes de epilepsia. Medicado com carbamazepina e levetiracetam, desde os 7 e 10 meses respetivamente. Internado em hospital secundário por estado de mal, medicado com fenitoína e valproato de sódio. Em D4, febre e estado de mal refratário, com necessidade de fenobarbital, midazolam e ventilação mecânica invasiva. Em D6 surgiu exantema maculo-papular nos membros inferiores, que evoluiu para tronco, membros superiores e abdómen. Por suspeita de toxidermia, suspendeu fenobarbital. Em D8 foi transferido para UCIP de hospital terciário. Objetivada progressão das lesões cutâneas para a face, palmas e plantas. Em D10 suspensa fenitoína, iniciou metilprednisolona e anti-H1, com melhoria. PCR para vírus parainfluenza 3 positiva nas secreções traqueais, pelo que se retirou corticoterapia em D14, seguindo-se agravamento significativo. Em D15 suspendeu carbamazepina e valproato, com melhoria do exantema em 48 horas. Discussão: O caso é complexo pela sobreposição de patologias e pela utilização de vários fármacos. As infeções víricas por parainfluenza estão associadas a exantemas inespecíficos. Os antiepilépticos aromáticos e o valproato de sódio podem desencadear toxidermia. Na fase aguda, a exclusão faseada de fármacos pode contribuir para o esclarecimento diagnóstico. Após estabilização clínica a investigação alergológica é fundamental.
- Impacto das Infeções Respiratórias Viricas Múltiplas na Evolução de Crianças Gravemente DoentesPublication . Verdelho Andrade, J; Bota, S; Marques, F; Casimiro, A; Estrada, J; Santos, MIntrodução: As infecções respiratórias baixas são a principal causa de mortalidade em crianças até aos 5 anos. A utilização do painel rápido multiplex por PCR melhora a identificação do diagnóstico etiológico. Objetivos: Comparar a evolução de infecções respiratórias víricas com um ou mais agente isolado em crianças admitidas por insuficiência respiratória aguda (IRA) em cuidados intensivos. Métodos: Estudo retrospetivo (39 meses, dezembro 2014 a fevereiro 2018) de doentes com IRA e identificação de pelo menos um vírus por PCR multiplex. Estudou-se a idade, género, PCR multiplex e evolução. Consideraram-se dois grupos: A um vírus e B mais do que um vírus. Utilizaram-se os testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher para testar associações entre variáveis. Resultados: Obtiveram-se 54 IRA com agente identificado: grupo A=42 e B=12. Mediana de idade de 4 e 5 meses (A/B), género masculino 57% e 50% (A/B). No mesmo período, verificaram-se 1149 internamentos, com PRISM médio de 2,68 e mortalidade de 2,78%. No grupo A, o PRISM médio foi de 7,50 e no B de 5,17. Não se registaram óbitos. A doença crónica e a falência de órgão foram mais frequentes no grupo A (33% e 8%, p=0,088; 83% e 67%, p=0,206). Os vírus mais frequentes foram: A - Vírus Sincicial Respiratório (43%), B - Rhinovírus (58%), com coinfecção bacteriana em 21% e 8% (A/B, p=0,303). O grupo B necessitou mais de ventilação (A - 67%, B - 75%, p=0,512), sem diferença no modo (não invasiva p=0,571, invasiva p=0,571). Houve necessidade de acesso central em 24% e 25% (A/B, p=0,932) e vasopressores em 10% e 0% (A/B, p=0,564). A demora média foi 11 e 10 dias (A/B). Conclusão: O estudo sugere que a coexistência de vários vírus no mesmo doente não alterou significativamente a evolução e o prognóstico.
