EST PED - Comunicações e Conferências
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- Recidiva de Tumor Odontogénico Queratoquístico nos Tecidos MolesPublication . Fonseca, L; Coutinho, F; Pinheiro, J; Fernandes, A; Malheiro, R; Carvalho, R1) Introdução: O Tumor Odontogénico Queratoquístico é um tumor benigno, uni ou multiquístico, localmente agressivo, com tendência à multiplicidade. Dada a taxa de recorrência, de 3 a 60%, têm sido propostos atos adjuvantes, acrescidos à enucleação, como a curetagem ou ostectomia marginal, a excisão da mucosa suprajacente, a complementação por crioterapia com azoto líquido ou recurso à Solução de Carnoy, até à ressecção em bloco da lesão envolta em osso. Os fatores que determinam a recidiva, ainda incertos, poderão relacionar-se com a atividade mitótica mais elevada nesta lesão, a presença de papilas epiteliais ou quistos filhos, ou um epitélio muito friável, que torna difícil não deixar fragmentos na loca durante a enucleação. Entre outras vantagens, as alterações histológicas decorrentes da descompressão, parecem estar relacionadas com menor recidiva. O Tumor Odontogénico Queratoquístico dos tecidos moles ou Queratoquisto Odontogénico Periférico, raro como evento primário, impõe enquanto recidiva a necessidade de otimização da terapêutica conservadora. 2) Descrição do Caso Clínico: Doente de 16 anos, com história de Tumor Odontogénico Queratoquístico do 4º quadrante, havia 2 anos, altura em que foi submetida a enucleação com curetagem óssea periférica, após descompressão pré-cirúrgica. Em follow-up, surge nova radiotransparência no 4º quadrante. Radiologia intra-oral sem alterações ósseas evidentes. Na exploração cirúrgica, reconheceu-se a inexistência de cortical externa e a presença de uma única loca óssea íntegra, preenchida por lesão recidivante ou quisto filho, proveniente dos tecidos moles, que foi totalmente excisado. Sem recidiva até à data. 3) Discussão e Conclusões: A terapêutica do Tumor Odontogénico Queratoquístico permanece controversa, ainda que seja bem aceite a abordagem primária conservadora, com ou sem atos terapêuticos adjuvantes. A grande vantagem do tratamento conservador é a preservação das estruturas anatómicas, sobretudo nas idades mais precoces para minimizar prejuízos no crescimento e desenvolvimento faciais. Várias terapêuticas adjuvantes têm sido advogadas, em associação à enucleação ou anteriores a esta, para diminuição das taxas de recidiva. A evidência atual, a partir de meta-análise (Al-Moraissi EA et al) indica que a excisão da mucosa suprajacente ao queratoquisto, diminui a recidiva do mesmo, especificamente nas regiões do trígono retromolar, maxilar posterior e em lesões perfurantes das corticais, quando associada à enucleação e ao uso de Solução de Carnoy ou azoto líquido (quando indicado).