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Abstract(s)
Introdução: O HCMV é a principal causa de infecção congénita em todo o mundo.
Estima-se que em Portugal a prevalência se situe entre 0,7% e 1%. Em 2006 teve início
o registo nacional de casos de infecção congénita por CMV realizado pela Unidade de
Vigilância Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria (UVP–SPP). O objectivo foi conhecer a epidemiologia da infecção congénita por CMV em Portugal e a evolução das crianças afectadas. Um outro objectivo era preparar um protocolo de diagnóstico e de estudo evolutivo nas crianças afectadas. Nesta apresentação são mostrados os resultados de 5 anos de registo (Janeiro de 2006 a Dezembro de 2010)
Materiais e Métodos: Desenho: Estudo de vigilância epidemiológica nacional. A
metodologia do registo já foi explicada em estudos anteriores. Critérios de inclusão:
crianças com infecção confirmada por cultura viral na urina ou PCR positiva nas
primeiras 3 semanas de vida. Os dados clínicos e laboratoriais foram enviados para o grupo coordenador aquando do diagnóstico e ao longo da vigilância clínica.
Resultados: Nos 5 anos 15 notificadores notificaram 38 casos – incidência estimada
0.074/1000NV; 16 RN eram sintomáticos e 22 assintomáticos; 19 mães tinham tido
infecção primária, 10 infecção recorrente e 9 tinham análises inconclusivas. No grupo
dos RN sintomáticos 4 mães tinham tido infecção primária, 3 infecção recorrente e 9
tinham análises inconclusivas; entre os RN assintomáticos, 11 mães tinham tido
infecção primária, 5 infecção recorrente e 6 tinham análises inconclusivas. A evolução é
conhecida em 9 crianças - 2 sintomáticas e 7 assintomáticos.
Discussão e conclusões: A incidência referida está longe da encontrada em outros
estudos nacionais o pode ser devido a 3 factores: baixa taxa de notificação; baixa taxa de diagnóstico; percentagem mais elevada do que o esperado de casos assintomáticos resultando de infecção primária. Uma vez que a notificação é requerida apenas para doentes com infecção comprovada e, supostamente, a virúria ou a PCR para CMV só serão pedidos em doentes sintomáticos ou cuja mãe tenha diagnóstico de seroconversão, é difícil aceitar a hipótese de baixa taxa de diagnóstico. Contudo o baixo número de casos implica cuidados na interpretação de resultados.
Description
Keywords
Citomegalovírus Vigilância Epidemiológica Infecção Congénita Portugal HDE UCI NEO
Citation
IN: Mesa da UVP/SPP, Congresso Nacional de Pediatria; 2011, 6 a 8 Outubro. Vila Moura
Publisher
Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE