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Introdução: A angioplastia primĂĄria Ă© a terapĂȘutica de reperfusĂŁo com melhores resultados no enfarte agudo do miocĂĄrdio (EAM). Este facto assume particular relevĂąncia na população acima dos 75 anos, em que o risco hemorrĂĄgico relacionado com a trombĂłlise se associa ao acrĂ©scimo de mortalidade condicionado pela idade.
Objectivos: Avaliar em doentes com sĂndrome coronĂĄrio agudo (SCA) com supradesnivelamento do segmento ST e submetidos a angioplastia directa, a influĂȘncia da idade nos resultados, incluindo evolução clĂnica, morbilidade e mortalidade intrahospitalar.
População e mĂ©todos: AnĂĄlise retrospectiva de 245 doentes consecutivos admitidos entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2001 por SCA com supradesnivelamento ST, com idades entre os 31 e 90 anos (63+-13), submetidos a angioplastia primĂĄria. Destes, 46 doentes (18,8%) com idade superior a 75 anos foram comparados com os restantes. Avaliaram-se os seguintes parĂąmetros: factores de risco cardiovascular â hipertensĂŁo arterial (HTA), diabetes mellitus (DM), tabagismo, dislipidĂ©mia, histĂłria familiar -, antecedentes de angina ou EAM e angioplastia prĂ©via; extensĂŁo de doença coronĂĄria, resultados, evolução clĂnica e mortalidade intrahospitalar.
Resultados: Nos doentes com idade superior a 75 anos, o sexo feminino foi predominante (26 doentes, 56,5%), assim como a existĂȘncia de HTA, angina e DM tipo2, embora sem significado estatĂstico. O tabagismo foi mais prevalente em idades inferiores (54,3% vs 13%;p<0,001), assim como EAM antigo (p<0,05). A taxa de sucesso primĂĄrio global foi de 96,7% (93,5% no grupo acima de 75 anos). A doença de 3 vasos foi significativamente mais frequente na população idosa (41,3% vs 26,2%; p<0,05); a utilização de inibidores da glicoproteĂna IIb/IIIa foi menor (80,4% vs 91%;p<0,05). A evolução em classe clĂnica Killip (KK) foi mais favorĂĄvel no grupo com menos de 75 anos (KKI: 88,4% vs 69,8%;p<0,001). Dos eventos estudados, observĂĄmos na população idosa maior ocorrĂȘncia de complicaçÔes hemorrĂĄgicas minor (3,5% vs 13,0%; p<0,05) e de morte intrahospitalar (4,5% vs 19,6%; p<0,001).
ConclusĂŁo: A angioplastia primĂĄria mantĂ©m nesta população uma taxa de sucesso primĂĄrio semelhante. A maior incidĂȘncia de complicaçÔes hemorrĂĄgicas implica um maior cuidado na selecção da terapĂȘutica antitrombĂłtica adjuvante. A mortalidade significativamente mais alta neste grupo etĂĄrio mantĂ©m-se, mesmo quando a angioplastia Ă© o mĂ©todo de reperfusĂŁo escolhido.
Description
Keywords
Doença Aguda Angina InstĂĄvel Idoso Angioplastia CoronĂĄria de BalĂŁo Enfarte do MiocĂĄrdio ComplicaçÔes PĂłs-OperatĂłrias Estudos Retrospectivos SĂndrome HSM CAR
Citation
Rev Port Cardiol 2005; 24 (2): 205-214