Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
286.76 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Implicit bias has been linked to gender disparities in medical careers, impacting not only access to leadership positions but also early career opportunities. We aimed to evaluate if there were differences in the assessment of Neurology residents according to gender. We collected publicly available grades and rankings of two major evaluations that residents are submitted to, one at the beginning and another at the end of the neurology residency program, the National Board Exam and neurology examination, respectively. The National Board Examination is a multiple-choice gender-blinded evaluation, while the neurology examination is an oral gender-unblinded evaluation. We found that 36.5% of women and 21.6% of men were in the first quartile of the National Board Examination ranking, which reflects a similar representation among top classifications when assessed through a gender-blinded examination. On the other hand, the percentage of men who were in the top classification of NE, a gender-unblinded evaluation, was more than twice as high compared to women (37.8% vs 18.3%, p < 0.05). The findings of the present study may imply that there could be a disparity in women's career progression among neurology residents in Portugal, although the recruitment seems balanced between genders.
O preconceito implícito tem sido associado a disparidades de género nas carreiras médicas, influenciando o acesso a cargos de liderança e oportunida-des ao longo da carreira. Pretendeu-se avaliar se existiriam diferenças na avaliação de médicos internos de neurologia de acordo com o género. Foram comparadas as classificações disponíveis publicamente de dois momentos de avaliação aos quais os médicos internos de neurologia são submetidos, no início e final do internato de neurologia, respetivamente: a Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada e o exame final de neurologia. A Prova Nacional de Seriação é uma avaliação de escolha múltipla, com ocultação de género na atribuição da classificação. O exame final de neurologia é uma avaliação oral sem ocultação de género na atribuição da classificação. Verificou-se que 36,5% das mulheres e 21,6% dos homens estavam no quartil superior de classificação na Prova Nacional de Seriação, o que reflete uma representação semelhante entre classificações superiores quando a avaliação é dependente de um exame com ocultação de género. Pelo contrário, a percentagem de homens no quartil superior de classificação no exa-me final de neurologia, uma avaliação sem ocultação de género, foi mais do dobro das mulheres (37,8% vs 18,3%). Os resultados do presente estudo podem implicar que existe uma disparidade na progressão na carreira das mulheres entre os médicos internos de neurologia em Portugal.
O preconceito implícito tem sido associado a disparidades de género nas carreiras médicas, influenciando o acesso a cargos de liderança e oportunida-des ao longo da carreira. Pretendeu-se avaliar se existiriam diferenças na avaliação de médicos internos de neurologia de acordo com o género. Foram comparadas as classificações disponíveis publicamente de dois momentos de avaliação aos quais os médicos internos de neurologia são submetidos, no início e final do internato de neurologia, respetivamente: a Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada e o exame final de neurologia. A Prova Nacional de Seriação é uma avaliação de escolha múltipla, com ocultação de género na atribuição da classificação. O exame final de neurologia é uma avaliação oral sem ocultação de género na atribuição da classificação. Verificou-se que 36,5% das mulheres e 21,6% dos homens estavam no quartil superior de classificação na Prova Nacional de Seriação, o que reflete uma representação semelhante entre classificações superiores quando a avaliação é dependente de um exame com ocultação de género. Pelo contrário, a percentagem de homens no quartil superior de classificação no exa-me final de neurologia, uma avaliação sem ocultação de género, foi mais do dobro das mulheres (37,8% vs 18,3%). Os resultados do presente estudo podem implicar que existe uma disparidade na progressão na carreira das mulheres entre os médicos internos de neurologia em Portugal.
Description
Keywords
HSJ NEU Female Male Humans Portugal Academic Performance / statistics & numerical data Internship and Residency* / statistics & numerical data Neurology* / education
Citation
Acta Med Port . 2024 Sep 2;37(9):634-637. doi: 10.20344/amp.21637
Publisher
Ordem dos Médicos