PED - Comunicações e Conferências
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing PED - Comunicações e Conferências by Author "Brito, MJ"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- Cat-Scratch Disease With Bone InvolvemnetPublication . Maia, R; Brito, MJ; Sousa, R; Gouveia, CBackground: Bartonella henselae infection typically presents as a self-limiting regional lymphadenopathy. Bone involvement is a very rare form of the disease. Aims: To describe bone infection associated to cat-scratch disease (CSD) in a portuguese pediatric hospital. Methods: Clinical records of children admitted at the hospital with the diagnosis of CSD associated bone infection, during 2010, were reviewed. Diagnosis was confirmed by serology using indirect fluorescence assay and nucleic acid amplification from lymph node biopsy. Results: Two boys, 2 and 7 years old, were identified. One had prolonged fever and neck pain. MRI suggested D6-D9 osteomyelitis. Cultures were negative and Mycobacterium tuberculosis and Brucella infection were excluded. He was treated with gentamicin and cotrimoxazol, with clinical, but no significant image, improvement. The second child presented subacute sternoclavicular swelling and mildly enlarged axillary lymph nodes. Image studies revealed an osteolytic lesion of the clavicle and hypoechogenic splenic lesions. Histopathology of lymph node showed granulomatous adenitis and excluded malignancy. Therapy with azythromicin and rifampicin was successful. Both had contact with cats. Primary and secondary immunodeficiency was excluded. Conclusion: The optimal therapy for atypical Bartonella henselae infection is unknown and the role of antibiotics uncertain. Several combinations of antibiotics have been proposed for bone disease treatment, but recommendations are lacking. The different outcome in the presented cases could be related with the distinct therapeutic regimens used. Although atypical infection has classically been associated with immunodeficiency, this has not been the rule in bone disease and the need for extensive evaluation must be reviewed.
- Cytomegalovirus Infection in a Infant with Ventriculomegaly is ist Congenital or Postnatal?Publication . Moreira, T; Póvoas, M; Brito, MJ; Silva, R; Machado, R
- Febrile Seizures. Association with HHV6 and CMV Infection?Publication . Milheiro Silva, T; Brito, MJ; Jacinto, S; Cordeiro Ferreira, G; Bravo, S; Loureiro, V; Gonçalves, A; Chasqueira, MJ; Marques, T; Paixão, PFebrile seizures (FS) occur between the age of 1 and 60 months, with fever, are generalized and usually lasting less than 15 minutes. The etiology of FS is not known, although infections, immunizations and genetic susceptibility, all have been linked to an increased risk of FS. Herpes virus 6 (HHV6) and Cytomegalovirus (CMV) are neurotropic virus and remain latent after a primary infections. 10 to 50% of FS cases in children are associated with HHV6 primary infection. An association between FS and CMV infection has not been established.
- Hipersonolência Diurna. Narcolepsia, Qual a Etiologia?Publication . Rodrigues, V; Paiva, M; Moreira, A; Paiva, T; Brito, MJIntrodução: A narcolepsia é uma doença do sono REM com desregulação do ciclo de sono-vigília, consequente sonolência diurna e eventual associação a alucinações hipnagógicas, paralisia do sono e cataplexia. A sua prevalência é de 0,05 a 0,02% no adulto mas desconhecida na idade pediátrica. Caso clínico: Criança de seis anos, previamente saudável com sonolência excessiva até 18 horas/dia e discinésia oromandibular, desequilíbrio na marcha e movimentos coreiformes dos membros superiores. Duas semanas antes realizara vacinação para a gripe pandémica. Registou-se ainda hiperfagia diurna e nocturna durante cinco dias com resolução espontânea, episódios de cataplexia perante riso e alterações emocionais e tremor da cabeça e dos membros superiores com melhoria clínica progressiva após oito dias. Realizou RMN-CE e EEG sem alterações. O exame líquido céfalo-raquidiano e PCR para painel de vírus herpes, Mycoplasma pneumoniae e enterovírus negativas. Nesta fase realizou polissonografia com teste de latências múltiplas do sono (TLMS) sem alterações. Exame cultural do exsudado faríngeo, TASO e anticorpo AntiDnase B negativos. Da exaustiva investigação que realizou apresentava serologias ELISA e WB compatíveis com infecção por Borrelia burdorferi, pelo que cumpriu ceftriaxone 14 dias. Serologias para influenza A mostraram IgM 39 UA/mL com IgG 194 UA/mL com segunda amostra com IgM 43 UA/mL e IgG 162 UA/mL (VR IgM<20;IgG<20). O estudo da autoimunidade revelou ANA 1/320, anticorpos anticardiolipina e antinucleares extraíveis negativos. Restantes autoanticorpos e doseamento de complemento normal. Anticorpos Anti-NMDA e VKCG negativos. Doseamento de hipocretina muito diminuído com HLA DR2 e DQB1*0602 presentes. A polissonografia com TLMS, sete meses após a primeira, confirmou sonolência excessiva com quatro inícios do sono REM sugestivos de narcolepsia. Faz terapêutica com metilfenidato, a sonolência diurna diminuiu e cumpre o seu horário escolar sem limitações. Comentários: O diagnóstico de narcolepsia foi sugerido pela clínica e confirmado pelo teste de latências múltiplas. O valor de hipocretina diminuído pode sugerir uma etiologia autoimune. Uma infecção como a borreliose ou a vacinação prévia para H1N1, responsabilizada por outros casos de narcolepsia podem ter sido desencadeantes de uma alteração imunitária responsável pela doença, nesta criança com a susceptibilidade HLA DR2 e DBQ1*0602.
- Otite Média Aguda no Pequeno LactentePublication . Rodrigues, V; Maia, R; Pedrosa, C; Brito, MJ; Cordeiro Ferreira, GIntrodução: A otite média aguda (OMA) é uma patologia comum na infância mas rara abaixo dos 3 meses de idade Objectivos: Caracterizar a OMA e avaliar eventuais factores de risco no pequeno lactente. Métodos: Estudo descritivo, de 2005 a 2009 em lactentes com menos de três meses, internados por OMA. Analisaram-se idade, sexo, factores de risco (FR) comorbilidades, clínica, terapêutica e evolução. A avaliação de factores de risco foi realizada com grupo de controlo emparelhado para a idade. Resultados: Registaram-se 58 casos (18 recém-nascidos) com mediana de idades de 30 dias. Em 50 (86,2%) casos havia pelo menos um factor de risco: leite para lactentes exclusivo (31), agregado familiar com um irmão (31), uso de chupeta (18), atopia familiar (14), pai fumador (12), regurgitação frequente (11), mãe fumadora (10), refluxo gastroesofágico (5) e prematuridade (4). Trinta e quatro crianças (58,6%) tinham dois ou mais FR. Registaram-se infecções virais prévias em 38 doentes e nenhum caso cursou com bacteriémia ou doença invasiva. A mediana do valor dos leucócitos foi 10960/μL e a proteína C reactiva (PCR) 0,44 mg/dL. Todos fizeram antibioticoterapia endovenosa, a maioria (69%) com ampicilina e gentamicina (mediana de 7 dias). Foram FR para a ocorrência de otite ter pelo menos um irmão (p<0,00; OR=0,033; IC 95% 0,006-0,179), a mãe ser fumadora (p<0,019; OR 0,125; IC 95% 0,022-0,715) e prematuridade (p<0,009; OR 1,047; IC 95% 1,011-1,084). O sexo masculino (p=0,698), baixo peso (p=0,548), leite para lactentes exclusivo (p=0,301), uso de chupeta (p=0,101), regurgitação (p=0,646), refluxo gastro-esofágico p=0,594), atopia familiar (p=0,651) e pai fumador (p=0,609) não foram estatisticamente significativos para OMA. Foram contactados 30/58 crianças registando-se otites recorrentes em 15 (50%) com associação estatisticamente significativa entre a recorrência de OMA e o sexo masculino (43,3%vs6,7%, p=0,03). Comentários: A OMA no pequeno lactente cursa habitualmente sem repercussão sistémica pelo que a terapêutica endovenosa provavelmente só será necessária no recém-nascido dada a imaturidade farmacocinética deste grupo etário. A presença de pelo menos um irmão no agregado familiar, a prematuridade e mãe ser fumadora foram neste estudo factores de risco para a ocorrência de OMA e o sexo masculino para a recorrência.