Browsing by Author "Loureiro, V"
Now showing 1 - 8 of 8
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação do Desempenho do Teste de Rastreio de Alergia Alimentar FP5® (DPC-Amerlab)Publication . Marinho, S; Morais-Almeida, M; Loureiro, V; Matos, V; Gaspar, A; Murta, R; Rosado-Pinto, JIntrodução: A utilização dos testes de rastreio para detecção de IgE específica sérica para diversos alergénios tem sido discutida, sendo invariavelmente aceite a sua utilidade no que diz respeito aos aeroalergénios, não tendo sido ainda suficientemente estabelecida a eficiência dos testes correspondentes destinados à detecção de alergénios alimentares, como acontece com o FP5® da Diagnostic Products Corporation (contendo mistura de clara de ovo, leite, bacalhau, trigo,soja e amendoim). Objectivo: Avaliar o desempenho do teste FP5®, determinando a sua sensibilidade, especificidade e comparação com os métodos de detecção das correspondentes IgE específicas isoladas. Material e métodos: Foi incluída uma amostra aleatória de 54 soros de crianças com alergia alimentar e com determinações de IgE específica positivas para um ou mais dos alimentos testados pelo FP5® - grupo de estudo; foi seleccionado um grupo controlo de 27 amostras de sangue de crianças sem alergia alimentar e em que a determinação de IgE específica para todos os alimentos incluídos no painel em estudo foi negativa. Em ambos os grupos foi efectuada determinação da concentração de IgE específica sérica (kU/l) para FP5®, F1 (clara de ovo), F2 (leite), F3 (bacalhau), F4 (trigo), F13 (soja) e F14 (amendoim), pelo método de quimioluminiscência Immulite®2000. O valor de cut-off considerado foi de 0,35 kU/l. Resultados: Foram testados 81 soros encontrando-se os seguintes parâmetros do teste: sensibilidade=88,9%, especificidade =100%, valor predictivo positivo=100%, valor predictivo negativo=81,8%,eficiência=92,6%. Considerando cada uma das IgE específicas do painel, verificou-se que em todos os soros com determinações positivas para F3, F4, F13 e F14, o FP5® foi também positivo; no caso dos alergénios F1 e F2, observaram-se 3 resultados discrepantes para cada (falsos-negativos). Correlacionando os resultados do FP5® (quantitativos) e o somatório das correspondentes IgE específicas, obtivemos um coeficiente de 0.99, p<0.001. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, verifica-se que o teste de rastreio estudado apresenta boa sensibilidade e eficiência, eexcelente especificidade. De salientar ainda que se trata de um teste que envolve significativa rentabilização de recursos económicos, quando comparado com a determinação das correspondentes IgE específicas isoladas. Concluímos tratar-se de um método cuja utilidade poderá ser considerada na abordagem inicial do doente com suspeita de alergia alimentar IgE mediada, no âmbito dos cuidados de saúde primários.
- Cold Urticaria and Infectious Mononucleosis in ChildrenPublication . Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, J; Marinho, S; Gaspar, A; Arêde, C; Loureiro, VPhysical urticaria includes a heterogeneous group of disorders characterized by the development of urticarial lesions and/or angioedema after exposure to certain physical stimuli. The authors present the case of a child with severe acquired cold urticaria secondary to infectious mononucleosis. Avoidance of exposure to cold was recommended; prophylactic treatment with ketotifen and cetirizine was begun and a self-administered epinephrine kit was prescribed. The results of ice cube test and symptoms significantly improved. Physical urticaria, which involves complex pathogenesis, clinical course and therapy, may be potentially life threatening. Evaluation and diagnosis are especially important in children. To our knowledge this is the first description of persistent severe cold-induced urticaria associated with infectious mononucleosis in a child.
- Febrile Seizures. Association with HHV6 and CMV Infection?Publication . Milheiro Silva, T; Brito, MJ; Jacinto, S; Cordeiro Ferreira, G; Bravo, S; Loureiro, V; Gonçalves, A; Chasqueira, MJ; Marques, T; Paixão, PFebrile seizures (FS) occur between the age of 1 and 60 months, with fever, are generalized and usually lasting less than 15 minutes. The etiology of FS is not known, although infections, immunizations and genetic susceptibility, all have been linked to an increased risk of FS. Herpes virus 6 (HHV6) and Cytomegalovirus (CMV) are neurotropic virus and remain latent after a primary infections. 10 to 50% of FS cases in children are associated with HHV6 primary infection. An association between FS and CMV infection has not been established.
- In Vitro Methods for Specific IgE Detection on Cow’s Milk AllergyPublication . Prates, S; Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, J; Matos, V; Loureiro, VBackground: A new method for determining serum specific IgE (IMMULITE“ 2000 3gAllergy) has recently become available. Objective: To evaluate the clinical performance of IMMULITE 2000 in the diagnosis of cow’s milk allergy compared with that of UniCAP“. Additionally, we verified the behavior of both methods at two diagnostic decision points proposed by other authors. Methods: The study population consisted of 31 children with cow’s milk allergy (group A) and a control group of 19 atopic children without food allergy(group B). A blood sample from each child was tested using both methods and the results were compared. Results: In group A, the values for cow’s milk IgE ranged from 0.35 kU/L (the lowest common detection limit) to above 100 kU/L. In group B, the values were less than 1.1 kU/L for IMMULITE 2000 and less than 1.6 kU/L for UniCAP. An agreement of 90 % in IgE classes was obtained. Both methods demonstrated exactly the same diagnostic performance(sensitivity: 100 %; specificity: 78.9 %; negative predictive value: 100%; positive predictive value: 84.6%;efficiency: 90.2 %). The evaluation of the two methods at the two different decision points proposed in the literature showed a better positive predictive value with UniCAP, but we obtained equivalent performance with IMMULITE 2000 by choosing higher cutoff values. Conclusions: We conclude that IMMULITE 2000 is as effective as UniCAP in the diagnosis of cow’s milk allergy. Both methods can be used to obtain site-specific decision points that are population, age and disease dependent.
- Infecções Respiratórias por Influenza: Reflexões para a ausência de um diagnósticoPublication . Machado, R; Brito, MJ; Loureiro, V; Cordeiro Ferreira, GIntrodução: O vírus influenza afecta anualmente 10 a 40% das crianças e destas 0,5 a 1% vão necessitar de internamento. Ao averiguar a prevalência desta infecção no internamento do Hospital Dona Estefânia, entre Janeiro de 2004 e Junho de 2006, constatámos a existência de apenas nove casos diagnosticados. Objectivos: Determinar as causas da escassez do número de diagnósticos de infecções pelo vírus influenza. Materiais e Métodos: Para alcançar o objectivo deste estudo foram consideradas as seguintes hipóteses: 1) baixa incidência de gripe sazonal no período considerado 2) insuficiência do número de pedidos para pesquisa do vírus pelo corpo clínico 3) baixa identificação por procedimentos técnicos incorrectos. Foram analisados os pedidos de pesquisa de vírus respiratórios e realizado um inquérito ao corpo clínico e enfermagem sobre os procedimentos técnicos de diagnóstico. Os dados foram completados através de consulta de processos clínicos. O diagnóstico laboratorial foi realizado por técnica de imunofluorescência indirecta (Kit VRK®, Bartels). Resultados: Após exclusão de várias hipóteses identificámos procedimentos técnicos incorrectos na metodologia do diagnóstico utilizada, condicionando uma baixa taxa de identificação vírus respiratórios - 23% (276 resultados positivos em 1231 amostras). Comentários: O diagnóstico da gripe contribui para o controle da morbilidade e mortalidade desta infecção. Para que este processo seja efectivo é essencial que os profissionais de saúde sigam rigorosamente os procedimentos que conduzem a um correcto diagnóstico da doença. O insuficiente número de casos detectados no nosso estudo proporcionou-nos uma reflexão sobre a metodologia empregue para que, futuramente, se possa maximizar o número de diagnósticos de infecções respiratórias pelo vírus influenza.
- Infecções Respiratórias Virais na CriançaPublication . Antunes, J; Chambel, M; Borrego, LM; Prates, S; Loureiro, VIntrodução: Os vírus respiratórios são uma importante causa de morbilidade e constituem a principal causa de dificuldade respiratória na infância. Os agentes mais frequentes são o vírus sincicial respiratório (VSR) e rínovirus humano (RV). Outras agentes menos comuns incluem os vírus influenza, parainfluenza, adenovírus e os mais recentemente identificados coronavírus, metapneumovírus humano e bocavírus humano. O objectivo foi descrever as infecções por vírus respiratórios numa amostra de crianças internadas. Métodos: Foi feita uma revisão dos pedidos de pesquisa de vírus respiratório em crianças abaixo dos 5 anos, internadas por infecção respiratória entre 1 de Outubro de 2010 e 15 de Fevereiro de 2012 e dos respectivos processos clínicos. Resultados: Foi realizada pesquisa de vírus respiratórios por imunoflorescência directa em 664 crianças, com resultados positivos em 268 (40.4%): VSR (n=240, 89.6%), metapneumovírus (n=10), influenza A (n=7), parainfluenza (n=6), adenovírus (n=2) e 3 casos de co-infecção. O maior número de casos positivos ocorreu entre Dezembro 2010 e Janeiro 2011 (n=263, 39.6% do total de casos positivos) e Dezembro 2011 e Janeiro 2012 (n=183, 27.6% do total de casos positivos). A maioria das crianças apresentava infecções adquiridas na comunidade (n=605, 91.1%), com dificuldade respiratória em 422 casos (69.8%). Os restantes casos correspondiam a infecções nosocomiais (n=59, 8.9%). A infecção por VSR foi mais frequente em crianças abaixo dos seis meses (65.2%, p<0.0001) e associou-se de forma estatisticamente significativa a dificuldade respiratória (96.3%, p<0.0001), hipoxémia e corticoterapia sistémica (35.6%, p=0.0001). A maioria das crianças com sibilância recorrente apresentava dificuldade respiratória (91.9%, p<0.0001). Discussão: Nas infecções respiratórias na infância com necessidade de internamento destaca-se a preponderância de infecções por VSR, com padrão sazonal típico (com pico de incidência nos meses de Inverno) e o maior risco de internamento em infecções por VSR abaixo dos 6 meses de idade.
- Polissensibilização a Pólenes Analisada e Reinterpretada à Luz do Método ImmunoCAP ISAC®Publication . Chambel, M; Paiva, M; Prates, S; Loureiro, V; Leiria-Pinto, PIntrodução: O ImmunoCAP ISAC® visa a detecção in vitro de IgE específica sérica (IgEe) para múltiplos alergénios moleculares. Objectivos: Analisar os resultados do ImmunoCAP ISAC® (ISAC) em doentes com alergia respiratória e aparente polissensibilização a pólenes. Métodos: Seleccionámos 34 doentes com alergia respiratória e testes cutâneos por picada (TC) positivos para extractos de 2 ou mais pólenes. Foi determinada a IgEe para alergénios moleculares por ISAC. Analisámos os resultados obtidos para os pólenes testados pelos dois métodos (gramíneas, parietária, artemísia, salsola, oliveira, plátano, bétula). Resultados: A mediana de idades é de 18 anos (56% sexo masculino). Nos TC o maior número de positividades verifica -se para gramíneas (n=33) e o menor para bétula (n=10). Por ISAC, o maior número de positividades observa -se para gramíneas (n=31 doentes), surgindo a bétula em segundo (n=20) e o plátano em último (n=6). O número de resultados positivos é, em geral, maior nos TC do que no ISAC. A concordância entre os métodos é elevada para gramíneas (91%), variando entre 79% e 47% para os restantes pólenes. À excepção da bétula, os casos discordantes resultam sobretudo de positividade nos TC com resultado negativo no ISAC; para a bétula, resultam da situação oposta. Nos casos de discordância entre os métodos a frequência de sensibilização a panalergénios (Phl p 7, Phl p 12, Bet v 2, Bet v 4) é superior. Discussão: A melhor concordância entre os métodos verificou -se para as gramíneas. Para os restantes pólenes há um número considerável de doentes em que, apesar de TC positivos, o ISAC é negativo para os respectivos pólenes. Numa percentagem elevada, este fenómeno surge associado à sensibilização a panalergénios, podendo esta ser responsável por resultados falsamente positivos nos TC, causando um padrão de polissensibilização aparente. O ISAC dá um contributo útil para a discriminação entre polissensibilização e reactividade cruzada em alguns doentes, permitindo reformular a estratégia terapêutica.
- Prevalência e Factores de Risco para Síndrome Látex-Frutos em Doentes com Alergia ao LátexPublication . Gaspar, A; Pires, G; Matos, V; Loureiro, V; Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, JA associação de alergia ao látex e alergia alimentar a frutos e outros vegetais com reactividade cruzada com látex é denominada síndrome látex-frutos (SLF). Não existem estudos que avaliem factores de risco para SLF em doentes alérgicos ao látex, nomeadamente incluindo diferentes grupos populacionais de risco. Objectivo: Investigar a prevalência e factores de risco para SLF. Material e Métodos: Foram estudados 61 doentes alérgicos ao látex, com média etária de 25.9 (±16.6) anos e relação sexo M/F de 0.3/1, pertencendo a diferentes grupos de risco: 15 com espinha bífida (EB), 13 submetidos a múltiplas cirurgias sem EB e 33 profissionais de saúde (PS). A todos os doentes foram efectuados questionário, testes cutâneos por prick (TC) com aeroalergénios comuns e látex(extractos comerciais) e alimentos com reactividade cruzada descrita com látex (extractos comerciais e alimentos em natureza), IgE total sérica (AlaSTAT®, DPC) e IgE específica para látex (UniCAP®, Pharmacia Diagnostics). Definiu-se SLF se história clínica e TC para o alimento positivos. Resultados: A prevalência de SLF nos doentes alérgicos ao látex foi 28% (17). Os alimentos implicados foram castanha-71% (12), banana-47% (8), pêssego-29% (5), abacate e kiwi-24% (4),ananás, maracujá, papaia e espinafre-18% (3), ameixa, manga, melão, tomate e mandioca-12%(2), alperce, figo, uva e pimentão doce-6% (1). Os sintomas clínicos foram anafilaxia-65% (11),urticária-24% (4) e síndrome de alergia oral-12% (2). Os doentes com SLF eram na quase totalidade PS. A prevalência de SLF neste grupo foi 45% (15). Comparando PS com SLF (15) e sem SLF (18), encontrou-se relação entre SLF e níveis mais elevados de IgE específica para látex (mediana: 19.4 vs. 0.6kU/l; p=0.006). Os PS com CAP-classe ≥ 3 tinham SLF em 74%, para 26% nos PS com CAP-classe <3 (p<0.001). Idade, sexo, antecedentes pessoais e familiares de alergia, número de cirurgias, tempo de profissão, atopia e IgE total não foram identificados como factores de risco. Conclusões: A SLF afecta essencialmente os PS alérgicos ao látex, sendo frequente neste grupo; a explicação reside nos diferentes perfis de sensibilização alergénica, relacionados com a via de exposição. A sensibilização ao látex com CAP-classe ≥ 3 foi identificada como factor de risco para SLF nos PS. A SLF revelou-se na maioria dos casos por anafilaxia,realçando a importância desta síndrome potencialmente fatal.