Browsing by Author "Marinho, S"
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- Alergia a Perceves no Contexto da Síndrome Ácaros-Crustáceos-Moluscos-BaratasPublication . Marinho, S; Gaspar, A; Morais-Almeida, M; Postigo, I; Guisantes, J; Martínez, J; Rosado-Pinto, JIntrodução: A tropomiosina dos invertebrados é o pan-alergénio que une crustáceos, moluscos, aracnídeos, insectos e parasitas, encontrando-se significativa homologia de sequência entre as proteínas dos vários grupos. Os perceves são um tipo de crustáceo particularmente apreciado e consumido no nosso país; no entanto, a alergia a este crustáceo é uma situação bastante rara da qual só existe um trabalho publicado na literatura. Caso clínico: Apresentamos o caso de uma criança do sexo masculino, de 9 anos de idade, com asma brônquica, rinoconjuntivite alérgica e eczema atópico, sensibilizada a ácaros e baratas. Aos 7 anos, 10 minutos após a primeira ingestão de perceves, refere síndrome de alergia oral, angioedema periorbitário e rinoconjuntivite. Aos 8 anos, ocorreram 4 episódios semelhantes após ingestão de caracol, camarão, lula e choco (referindo ingestão prévia destes alimentos sem queixas). Aos 9 anos, refere episódio de urticária da face e angioedema periorbitário com inalação de vapores de cozedura de camarão. Foram realizados testes cutâneos por prick que se revelaram positivos para perceves, camarão, caracol, lula, choco, polvo e amêijoa em natureza, e para gamba, caranguejo e mexilhão com extractos comerciais. Os doseamentos de IgE específica sérica revelaram-se positivos para camarão, caracol, lula, polvo e amêijoa, bem como para perceves e tropomiosina recombinante. Foi efectuado SDS-PAGE immunoblotting com extracto de perceves que revelou várias fracções alergénicas com grande variação de pesos moleculares (19-88 kDa); foi ainda efectuado estudo de inibição com D. pteronyssinus, que inibiu várias fracções fixadoras de IgE no extracto de perceves. Discussão: Apresenta-se um caso raro de uma criança, com quadro de alergia respiratória associada a sensibilização a ácaros e baratas, com alergia alimentar a crustáceos –incluindo a perceves – e moluscos gastrópodes, bivalves e cefalópodes. Foram caracterizados os alergénios implicados na alergia a perceves e demonstrada a presença da tropomiosina como alergénio implicado, bem como a reactividade cruzada entre estes crustáceos e os ácaros.
- Allergy to Local Anesthetics of the Amide Group With Tolerance to ProcainePublication . Morais-Almeida, M; Gaspar, A; Rosado-Pinto, J; Marinho, S
- Avaliação do Desempenho do Teste de Rastreio de Alergia Alimentar FP5® (DPC-Amerlab)Publication . Marinho, S; Morais-Almeida, M; Loureiro, V; Matos, V; Gaspar, A; Murta, R; Rosado-Pinto, JIntrodução: A utilização dos testes de rastreio para detecção de IgE específica sérica para diversos alergénios tem sido discutida, sendo invariavelmente aceite a sua utilidade no que diz respeito aos aeroalergénios, não tendo sido ainda suficientemente estabelecida a eficiência dos testes correspondentes destinados à detecção de alergénios alimentares, como acontece com o FP5® da Diagnostic Products Corporation (contendo mistura de clara de ovo, leite, bacalhau, trigo,soja e amendoim). Objectivo: Avaliar o desempenho do teste FP5®, determinando a sua sensibilidade, especificidade e comparação com os métodos de detecção das correspondentes IgE específicas isoladas. Material e métodos: Foi incluída uma amostra aleatória de 54 soros de crianças com alergia alimentar e com determinações de IgE específica positivas para um ou mais dos alimentos testados pelo FP5® - grupo de estudo; foi seleccionado um grupo controlo de 27 amostras de sangue de crianças sem alergia alimentar e em que a determinação de IgE específica para todos os alimentos incluídos no painel em estudo foi negativa. Em ambos os grupos foi efectuada determinação da concentração de IgE específica sérica (kU/l) para FP5®, F1 (clara de ovo), F2 (leite), F3 (bacalhau), F4 (trigo), F13 (soja) e F14 (amendoim), pelo método de quimioluminiscência Immulite®2000. O valor de cut-off considerado foi de 0,35 kU/l. Resultados: Foram testados 81 soros encontrando-se os seguintes parâmetros do teste: sensibilidade=88,9%, especificidade =100%, valor predictivo positivo=100%, valor predictivo negativo=81,8%,eficiência=92,6%. Considerando cada uma das IgE específicas do painel, verificou-se que em todos os soros com determinações positivas para F3, F4, F13 e F14, o FP5® foi também positivo; no caso dos alergénios F1 e F2, observaram-se 3 resultados discrepantes para cada (falsos-negativos). Correlacionando os resultados do FP5® (quantitativos) e o somatório das correspondentes IgE específicas, obtivemos um coeficiente de 0.99, p<0.001. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, verifica-se que o teste de rastreio estudado apresenta boa sensibilidade e eficiência, eexcelente especificidade. De salientar ainda que se trata de um teste que envolve significativa rentabilização de recursos económicos, quando comparado com a determinação das correspondentes IgE específicas isoladas. Concluímos tratar-se de um método cuja utilidade poderá ser considerada na abordagem inicial do doente com suspeita de alergia alimentar IgE mediada, no âmbito dos cuidados de saúde primários.
- Barnacle Allergy: Allergen Characterization and Cross-Reactivity with MitesPublication . Marinho, S; Morais-Almeida, M; Gaspar, A; Santa-Marta, C; Pires, G; Postigo, I; Guisantes, J; Martinez, J; Rosado-Pinto, JBackground: Barnacles are a type of seafood with worldwide distribution and abundant along the shores of temperate seas. They are particularly appreciated and regularly consumed in Portugal as well as in Spain, France and South America, but barnacle allergy is a rare condition of which there is only one reference in the indexed literature. The molecular allergens and possible cross-reactivity phenomena implicated (namely with mites) have not been established. Objective: To demonstrate the IgE-mediated allergy to barnacle and to identify the proteins implicated as well as possible cross-reactivity phenomena with mites. Methods: We report the clinical and laboratory data of five patients with documented IgE-mediated allergy to barnacle. The diagnosis was based on a suggestive clinical history combined with positive skin prick tests (SPT) to barnacle – prick to prick method. Two barnacle extracts were prepared (raw and cooked barnacle) and sodium dodecylsulphate polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE) and IgE-immunoblotting were performed. An immunoblotting inhibition assay with Dermatophagoides pteronyssinus was also done in order to evaluate cross-reactivity. Results: All patients had mite-related asthma and the allergic rhinoconjunctivitis; they all experienced mucocutaneous symptoms. All of them had positive SPT to barnacle, and the immunoblotting showed several allergenic fractions with a wide molecular weight range (19 – 94 kDa). The D. pteronyssinus extract inhibited several IgE-binding protein fractions in the barnacle extract. Conclusions: We describe five patients with IgE-mediated barnacle allergy. We also describe a group of IgEbinding+ proteins between 30 and 75 kDa as the allergenic fractions of this type of Crustacea. Cross-reactivity with D. pteronyssinus was demonstrated in two cases.
- Cold Urticaria and Infectious Mononucleosis in ChildrenPublication . Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, J; Marinho, S; Gaspar, A; Arêde, C; Loureiro, VPhysical urticaria includes a heterogeneous group of disorders characterized by the development of urticarial lesions and/or angioedema after exposure to certain physical stimuli. The authors present the case of a child with severe acquired cold urticaria secondary to infectious mononucleosis. Avoidance of exposure to cold was recommended; prophylactic treatment with ketotifen and cetirizine was begun and a self-administered epinephrine kit was prescribed. The results of ice cube test and symptoms significantly improved. Physical urticaria, which involves complex pathogenesis, clinical course and therapy, may be potentially life threatening. Evaluation and diagnosis are especially important in children. To our knowledge this is the first description of persistent severe cold-induced urticaria associated with infectious mononucleosis in a child.
- Exposição a Animais Domésticos, Sensibilização e Doença AlérgicaPublication . Marinho, S; Romeira, AM; Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, JIntrodução: A exposição a animais domésticos tem uma prevalência significativa e aparentemente crescente. A relação complexa entre exposição alergénica, sensibilização e clínica tem sido recentemente alvo de controvérsia, discutindo-se se a exposição a animais será um factor de risco / protector para o desenvolvimento de sensibilização e posterior doença alérgica. Objectivo: Caracterizar uma população da consulta de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefânia relativamente à exposição a animais domésticos, sensibilização alergénica e presença de sintomas relacionados com o contacto. Material e métodos: Foi aplicado um questionário, caracterizando a exposição a animais domésticos e a ocorrência de manifestações clínicas, sendo realizados testes cutâneos por picada para aeroalergénios em doentes observados em primeira consulta durante o primeiro trimestre de 2003. Resultados: Foram incluídos 167 doentes, 67,1 % com idade inferior a 16 anos, média etária de 17,1 anos (1 a 70 anos), ratio M/F:1,1/1. 80,8 % dos doentes tem contacto actual com animais domésticos, 62,2 % em casa e 37,8 % na escola / trabalho ou casa de amigos. O cão era o animal doméstico mais prevalente, correspondendo a 80 % dos casos de contacto actual; 46 % estavam expostos agatos e 37 % tinham contacto regular com outros animais. Praticamente todos os doentes (88,6 %) tinham na actualidade, ou no passado, contacto com animais domésticos: cão-83,1 %, gato-51,4 %, outro 47,3 %. Em relação à sensibilização alergénica, 61,7 % eram atópicos, 18,4 % sensibilizados a cão e 19,4 % sensibilizados a gato. Em relação à associação entre exposição (actual e/ou passada) e sintomatologia relacionada com a mesma, observou-se esta relação em 14,6 % dos doentes relativamente a cão e em 23,7 % dos doentes relativamente a gato. Dos doentes com exposição actual e/ou passada a cão vs gato, apenas 12,2 % vs 21,1 % estavam sensibilizados. Observou-se associação de exposição regular alguma vez e sintomatologia e sensibilização para cão vs gato em 3,3 % vs 9,2 %. O contacto actual e passado com gato está associado a um maior risco de asma do que um contacto só no passado ou só actual. O contacto com gato (actual e/ou passado) está associado a maior risco de desenvolvimento de sensibilização para gato e sintomatologia com contacto. Discussão: A exposição a animais domésticos tem uma prevalência significativa nos nossos doentes, embora apenas uma pequena percentagem dos doentes apresente sensibilização e/ou sintomas associados a exposição. No entanto, em alguns casos observa-se ocorrência de sintomatologia sem evidência de sensibilização.
- Imunodeficiências - Abordagem do Doente com Infecções RecorrentesPublication . Marinho, S; Morais-Almeida, M; Monteiro, L; Rosado-Pinto, JDado a frequência de doentes com quadros de infecções respiratórias recorrentes observadas na prática clínica de Otorrinolaringologia, este artigo pretende fazer a abordagem das várias situações que lhes estão inerentes, focando em especial os défices de imunidade.
- Multiple Drug Intolerance Including EtoricoxibPublication . Morais-Almeida, M; Marinho, S; Rosa, S; Rosado-Pinto, J; Gaspar, A
- Reflexão sobre Riscos, Asma e TabagismoPublication . Morais-Almeida, M; Marinho, S; Gaspar, A; Piedade, S; Romeira, AM; Rosado-Pinto, JO impacto da asma brônquica nas últimas décadas, nomeadamente em idade pediátrica, associando prevalências significativas a uma tendência, gravidade e custos crescentes, tem levado a que se efectuem múltiplos estudos para esclarecer causas, avaliando riscos, permitindo a elaboração de programas de prevenção. Estudos epidemiológicos bem desenhados, aplicados a amostras populacionais significativas, permitem identificar determinantes independentes da asma, viabilizando a actuação. Se muito se tem avançado no conhecimento das bases fisiopatológicas da doença alérgica, é com alguma preocupação que sentimos que a comunidade médica, mesmo a especializada, não sente as evidências epidemiológicas como aplicáveis à sua população de asmáticos. “Precisamos de mais estudos”, é declaração comum. Com este trabalho, centrado em três rastreios efectuados com a coordenação dos autores, pretendemos demonstrar que existem factores preveníveis, moduláveis, que podem permitir reduzir a morbilidade da doença asmática. Entre estes, o tabagismo passivo assume uma relevância ímpar, por ser o principal factor de risco para a gravidade da asma pediátrica em Portugal.
- Transient vs Persistent Cow's Milk Allergy and Developmentof other Allergic DiseasesPublication . Sampaio, G; Marinho, S; Prates, S; Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, J