Browsing by Author "Prates, S"
Now showing 1 - 10 of 28
Results Per Page
Sort Options
- Alergia a Fármacos com Manifestações Cutâneas. Abordagem DiagnósticaPublication . Antunes, J; Brás, S; Prates, S; Amaro, C; Leiria-Pinto, PAs reacções adversas a fármacos (RAF) representam um problema frequente na prática clínica. A alergia a fármacos resulta de mecanismos de hipersensibilidade imunológica e representa 6-10% do total de RAF. Clinicamente, as reacções alérgicas a fármacos podem ser classificadas como imediatas (tipo I) ou não-imediatas (com manifestações clínicas diversas e associadas sobretudo a reacções de tipo IV). Neste artigo são abordados aspectos gerais, nomeadamente os mecanismos imunopatogénicos implicados na alergia a fármacos e reactividade cruzada mas também as manifestações cutâneas mais relevantes, nomeadamente exantemas máculo-papulares, eritema fixo a fármacos (EFF), pustulose exantemática aguda generalizada (PEAG), síndrome de hipersensibilidade a fármacos (DRESS – drug rash with eosinophilia and systemic symptoms), síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica (SSJ/NET). O papel dos testes cutâneos (epicutâneos ou intradérmicos de leitura tardia) na abordagem de reacções não-imediatas é também revisto. Os beta-lactâmicos (BL) são o grupo farmacológico mais frequentemente envolvido em reacções de hipersensibilidade imunológica e que mais dificuldades coloca na prática clínica diária, nomeadamente devido aos riscos de reactividade cruzada, pelo que é analisado em maior detalhe ao longo da revisão. A indução de tolerância a fármacos poderá ser considerada em casos selecionados, sobretudo quando na ausência de alternativas terapêuticas igualmente eficazes ou seguras.
- Alergia Alimentar em Crianças numa Consulta de ImunoalergologiaPublication . Morais-Almeida, M; Prates, S; Pargana, E; Arêde, C; Godinho, N; Tavares, C; Carreiro-Martins, P; Rosa, E; Pires, G; Gaspar, A; Rosado-Pinto, JEstima-se que a prevalência de alergia alimentar nos países Ocidentais seja de cerca de 2 % na população geral e até 8% em crianças, não existindo dados concretos no que diz respeito a Portugal. Objectivos: Avaliar a prevalência de alergia alimentar e identificar os alergenos alimentares principais numa população de crianças observadas na Consulta de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefânia num período de 12 meses. Métodos: Foi feita uma revisão de registos clínicos dos 4879 doentes com idade igual ou inferior a 18 anos observados na Consulta durante o ano de 1998. O diagnóstico baseou-se na história clínica, testes cutâneos por prick e prova de provocação oral. Foram incluídos os casos de alergia alimentar clinicamente relevante nos últimos três anos de vida. Resultados: Foi identificada uma prevalência de alergia alimentar de 8,5% (414 casos, correspondendo a 477 quadros de alergia alimentar), sendo o alimento alergénico mais importante o leite, seguido por ovo e peixe. No subgrupo de crianças com idade superior a 12 anos o padrão foi bastante diferente, surgindo os crustáceos, o peixe, o amendoim, os frutos frescos e secos como principais alergenos. A maioria das crianças (83%) apresentou sensibilização a apenas um alimento. Clinicamente, predominaram os quadros de urticária e angioedema, seguidos por vómitos, diarreia e agravamento de dermite atópica. Conclusões: A população estudada apresenta uma prevalência de alergia alimentar de 8,5%, sendo de prever que seja inferior na população geral pediátrica. Será interessante complementar este estudo com dados obtidos noutros grupos etários, visando uma melhor identificação da prevalência de alergia alimentar e dos alergenos alimentares major no nosso país. É indispensável sensibilizar as entidades responsáveis pela regulamentação da indústria alimentar para a necessidade de uma melhoria a nível dos processos de fabrico e rotulagem no sentido de uma maior protecção do doente alérgico.
- Alergia Alimentar MúltiplaPublication . Pinheiro, A; Prates, SA alergia alimentar múltipla é uma resposta imune adversa a mais do que um alimento. Quando uma criança é alérgica a vários alimentos, o quadro clínico pode ser grave e a evicção dos alergénios implicados leva a restrições dietéticas importantes. Descrevemos o caso de uma criança de quatro anos com eczema atópico grave e alergia alimentar múltipla. Apresentou Imunoglobulina (Ig)E específica positiva aos oito meses para leite, trigo, centeio, cevada, glúten, soja, ovo (gema e clara) e iniciou evicção destes alimentos. Aos 20 meses tentou introduzir trigo, suspendendo após agravamento do eczema atópico. Aos três anos teve reacção anafiláctica após contacto com queijo. Aos quatro anos mantém evicção de leite, ovo, trigo, glúten, cevada e centeio. As restrições alimentares nestes doentes são grandes, havendo necessidade de controlo rigoroso dos alimentos ingeridos para evicção de reacções adversas e prevenção de carências nutricionais. É importante a abordagem multidisciplinar.
- Alergia ao DióspiroPublication . Pité, H; Sokolova, A; Bartolomé, B; Carreiro-Martins, P; Prates, S; Leiria-Pinto, PA alergia ao dióspiro é rara, não estando identificados os alergénios envolvidos. Descreve -se o caso de uma doente de 24 anos, com história pessoal de rinite alérgica, sensibilizada a ácaros e a pólen de gramíneas, que refere a ocorrência de dois episódios de início súbito de prurido e edema labial, seguidos de tonturas, dor abdominal e vómitos persistentes, minutos após a ingestão de dióspiro, fruto que anteriormente tolerava. O teste cutâneo por picada com este fruto em natureza foi positivo, bem como o doseamento de IgE específica. No immunoblotting com extracto de dióspiro identificou-se uma banda de 40 kDa. A alergia ao dióspiro pode ser grave. Os resultados obtidos apoiam o diagnóstico de anafilaxia a dióspiro mediada por IgE. A proteína de 40 kDa pode constituir um alergénio major do dióspiro, dado que bandas com pesos moleculares similares foram identificadas em cinco do total dos oito casos documentados na literatura.
- Alergia às Fórmulas de Leite Extensamente Hidrolisadas - 3 Casos ClínicosPublication . Sampaio, G; Romeira, AM; Arêde, C; Prates, S; Pires, G; Morais-Almeida, M; Rosado-Pinto, JA alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais frequente em idade pediátrica. O tratamento consiste na evicção das proteínas do leite de vaca e seus derivados, sendo habitualmente utilizadas fórmulas lácteas extensamente hidrolisadas (FEH). No entanto, mesmo estas podem conter péptidos com potencial alergénico. Apresentam-se três casos clínicos de alergia às FEH incluindo a abordagem diagnóstica e terapêutica. Três crianças, do sexo masculino, com APLV IgE mediada (testes cutâneos por prick para leite e fracções e prova de provocação positiva) diagnosticada nos primeiros meses de vida. Todas as crianças foram tratadas numa fase inicial da doença com uma FEH. Um dos casos manteve sintomas e os restantes mantiveram um periodo variável de tolerância, de alguns dias até 4 meses, após o que reiniciaram sintomas de alergia. Duas crianças apresentavam testes cutâneos positivos para as FEH. Em 2 casos foi introduzido leite de soja, como leite alternativo, com intolerância. Finalmente, nos 3 casos, iniciou-se uma fórmula láctea de aminoácidos, obtendo-se uma boa evolução clínica. As FEH nem sempre são toleradas em crianças com APLV, justificando a necessidade de outras medidas terapêuticas; nestas situações, o leite de soja não parece constituir uma alternativa adequada. Desde há poucos anos estão disponíveis em Portugal fórmulas de aminoácidos, que se revelam alternativas seguras em caso de alergia às FEH. Não são, no entanto, indicadas como terapêutica de primeira linha na APLV, uma vez que na nossa prática os casos de alergia às FEH são raros e estas fórmulas constituem uma alternativa dietética extremamente dispendiosa.
- Chronic Urticaria in the Real-Life Clinical Practice Setting in Portugal: Baseline Results from the Non-Interventional Multicentre AWARE StudyPublication . Costa, C; Rosmaninho, I; Guilherme, A; Ferreira, J; Antunes, J; Pina, A; Prates, S; Gaspar-Marques, J; Azevedo, F; Cunha, AP; Brito, C; Massa, A; Sousa, JT; Velho, GC; Raposo, I; Pinto, GM; Sousa, Vi; Martins, ARThere is a paucity of information regarding chronic urticaria patients' care in a real-world setting. The objective of this study was to report and evaluate the baseline characteristics of Portuguese chronic urticaria patients refractory to H1-antihistamines included in the AWARE study. MATERIAL AND METHODS: This is a non-interventional cohort study. Adult patients with a diagnosis of chronic urticaria with symptoms for at least two months, refractory to H1-antihistamines, consulting one of the 10 participating urticaria centers throughout Portugal have been included in the study. Baseline sociodemographic data, medical history, clinical parameters, medication, weekly urticaria activity score, and dermatology quality of life index have been collected. RESULTS: Seventy six patients were included, of which 76.3% were women. The majority of patients had a diagnosis of chronic spontaneous urticaria (88.2%) and 39.5% had angioedema. Around 91.0% of patients were medicated with non-sedative H1-antihistamines and 35.4% with a third line therapy. Median dermatology quality of life index was 5.0 and median weekly urticaria activity score was 13.0. DISCUSSION: The baseline results suggest that patients with chronic urticaria refractory to H1-antihistamines are being under-treated in the real-world setting. CONCLUSION: The AWARE study demonstrates the real impact of chronic urticaria on Portuguese patients refractory to H1-antihistamines treatment, and 30% report a very large or extremely large deleterious effect on their quality of life. The follow-up of these patients will allow evaluating strategies aimed at optimizing disease control.
- Clinical Stevens-Johnson Syndrome and Rufinamide: A Clinical CasePublication . Chambel, M; Mascarenhas, MI; Regala, J; Gouveia, C; Prates, S
- Dermatite da Máscara na Infância - Um Caso ClínicoPublication . Finelli, E; Prates, S; Leiria-Pinto, P
- Determinants of the Use of Health and Fitness Mobile Apps by Patients With Asthma: Secondary Analysis of Observational StudiesPublication . Neves, AL; Jácome, C; Taveira-Gomes, T; Pereira, AM; Prates, S; Almeida, R; Amaral, RBackground: Health and fitness apps have potential benefits to improve self-management and disease control among patients with asthma. However, inconsistent use rates have been reported across studies, regions, and health systems. A better understanding of the characteristics of users and nonusers is critical to design solutions that are effectively integrated in patients' daily lives, and to ensure that these equitably reach out to different groups of patients, thus improving rather than entrenching health inequities. Objective: This study aimed to evaluate the use of general health and fitness apps by patients with asthma and to identify determinants of usage. Methods: A secondary analysis of the INSPIRERS observational studies was conducted using data from face-to-face visits. Patients with a diagnosis of asthma were included between November 2017 and August 2020. Individual-level data were collected, including age, gender, marital status, educational level, health status, presence of anxiety and depression, postcode, socioeconomic level, digital literacy, use of health services, and use of health and fitness apps. Multivariate logistic regression was used to model the probability of being a health and fitness app user. Statistical analysis was performed in R. Results: A total of 526 patients attended a face-to-face visit in the 49 recruiting centers and 514 had complete data. Most participants were ≤40 years old (66.4%), had at least 10 years of education (57.4%), and were in the 3 higher quintiles of the socioeconomic deprivation index (70.1%). The majority reported an overall good health status (visual analogue scale [VAS] score>70 in 93.1%) and the prevalence of anxiety and depression was 34.3% and 11.9%, respectively. The proportion of participants who reported using health and fitness mobile apps was 41.1% (n=211). Multivariate models revealed that single individuals and those with more than 10 years of education are more likely to use health and fitness mobile apps (adjusted odds ratio [aOR] 2.22, 95%CI 1.05-4.75 and aOR 1.95, 95%CI 1.12-3.45, respectively). Higher digital literacy scores were also associated with higher odds of being a user of health and fitness apps, with participants in the second, third, and fourth quartiles reporting aORs of 6.74 (95%CI 2.90-17.40), 10.30 (95%CI 4.28-27.56), and 11.52 (95%CI 4.78-30.87), respectively. Participants with depression symptoms had lower odds of using health and fitness apps (aOR 0.32, 95%CI 0.12-0.83). Conclusions: A better understanding of the barriers and enhancers of app use among patients with lower education, lower digital literacy, or depressive symptoms is key to design tailored interventions to ensure a sustained and equitable use of these technologies. Future studies should also assess users' general health-seeking behavior and their interest and concerns specifically about digital tools. These factors may impact both initial engagement and sustained use.
- Diagnosis of Eosinophilic Esophagitis in an Infant Undergoing Milk Oral Immunotherapy - A Case ReportPublication . Morais Silva, P; Antunes, J; Chambel, M; Prates, S; Leiria-Pinto, PAlthough the standard of care for cow’s milk (CM) allergy is strict food avoidance, oral immunotherapy (OIT) is being widely investigated as an alternative management option in certain cases. Immediate adverse reactions to OIT have been described, but its long-term effects are much less often reported. We present the case of a girl diagnosed with IgE-mediated CM allergy that was proposed for our CM OIT protocol at the age of 3 years. The first sessions (dose escalation up to 5 ml) were well tolerated, however eight hours after her daily morning dose of 5ml CM the child developed late episodes of vomiting. No other symptoms, particularly immediately after CM ingestion, were reported. These episodes became progressively worse and on the third day she presented mild dehydration and blood eosinophilia. After OIT interruption, a progressive clinical improvement was observed. An esophageal endoscopy was performed, showing signs of eosinophilic esophagitis (EoE) with peak 20 eosinophils/hpf. After treatment with topical swallowed fluticasone (500 mcg bid) and a CM-free diet for 4 months, the child was asymptomatic and endoscopy and biopsy findings were normal. The long-term effects of milk OIT are still in part unknown. We hypothesize that eosinophilic esophagitis may have been a consequence of OIT in this case. The findings seem to indicate that food allergy may play a role in the pathogenesis of esophageal eosinophilia and stress the importance of a well programmed long-term follow-up of patients that have undergone milk OIT.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »