Browsing by Author "Rodrigues, G"
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- APTUS - a Experiência de uma InstituiçãoPublication . Bento, R; Rodrigues, G; Ferreira, R; Camacho, N; Catarino, J; Correia, R; Garcia, R; Pais, F; Vieira, I; Bastos Gonçalves, F; Ferreira, MEIntrodução: O Endoleak tipo I (EL1) é frequentemente associado a um risco aumentado de expansão aneurismática com consequente rotura secundária. O Heli-FX EndoAnchor system (Aptus Endosystems®) surgiu como uma alternativa para o tratamento do EL1, cujo mecanismo consiste em “ancorar com parafusos” a prótese à parede aórtica, de forma a obter uma melhor selagem/aposição. Objetivos: O principal objectivo deste estudo foi analisar a experiência clínica inicial da utilização de Endoanchors numa instituição terciária e avaliar a segurança e eficácia do seu uso. Métodos: Foram seleccionados todos os casos em que foram utilizados Endoanchors desde que esta tecnologia foi disponibilizada na nossa Instituição e analisadas as suas principais indicações e os resultados da sua utilização. Resultados: Entre Março de 2017 e Março de 2019 (24 meses), 12 doentes foram submetidos a fixação com Endoanchors. Em 8 casos (66%) o uso foi primário (procedimento inicial de EVAR) e em 4 casos (33%) foi secundário (complicações pós EVAR). Relativamente à utilização primária de Endoanchors, em 5 casos (62.5%) a indicação foi profilática devido à anatomia desfavorável do colo aórtico e em 3 casos (37.5%) por EL1 precoce, (75% casos electivos e 25% urgentes). Foram utilizados Endoanchors em procedimentos secundários em 4 doentes, sendo que em 3 casos (75%) a indicação foi EL1 tardio e em 1 caso (25%) foi por REVAR, (50% casos electivos e 50% urgentes). Em todos os casos, a nossa instituição apresentou 100% de sucesso técnico e 0% morbimortalidade em 30 dias. Não se verificaram EL1 na angiografia final dos procedimentos. Durante um follow-up médio de 16.0 ± 7.7 meses, não se realizaram procedimentos secundários, não se verificaram mortes relacionadas com a patologia aneurismática ou roturas de aneurismas. Conclusão: Na experiência inicial da nossa instituição, os Endoanchors foram utilizados profilaticamente em EVAR nos casos com anatomia do colo aórtico desfavorável e para tratamento de EL1, com e sem rotura associada, com resultados promissores.
- Cirurgia Aberta de Aneurisma da Aorta Abdominal por Internos de Cirurgia Vascular: à Beira da Extinção?Publication . Bento, R; Rodrigues, G; Camacho, N; Catarino, J; Correia, R; Vieira, I; Garcia, R; Pais, F; Ribeiro, T; Cardoso, J; Ferreira, R; Bastos Gonçalves, F; Ferreira, MEINTRODUÇÃO: Nas últimas duas décadas, a abordagem de tratamento de aneurisma da aorta abdominal (AAA) mudou drasticamente de cirurgia aberta para cirurgia endovascular. A diminuição de cirurgia de AAA convencional , open aneurysm repair (OAR), levanta preocupações relativamente à competência dos futuros cirurgiões vasculares para executar este procedimento complexo e de alto risco. O principal objetivo deste estudo foi avaliar as tendências de tratamento de AAA entre internos de Cirurgia Vascular, ao longo de 15 anos, a nível nacional.MÉTODOS:Identificação dos médicos que terminaram o internato de Angiologia e Cirurgia Vascular entre 2002 e 2017, inclusive, a nível nacional e colheita dos dados através da consulta dos currículos para a prova final de conclusão do internato complementar. Foram avaliados o total de cirurgias por AAA, tanto por OAR e por EVAR e contabilizadas aquelas realizadas como 1º cirurgião. A correlação entre o número de cirurgias abertas de AAA e o ano de conclusão do internato complementar foi testada usando o coeficiente de correlação de Spearman. RESULTADOS:Em Portugal, de 2002-2017, apesar de não se verificar variabilidade no número total de OAR realizados, verificou-se um decréscimo marcado naqueles realizados como 1º cirurgião (rho=-0,363; P<0.02). No final do internato em 2007, um interno de Cirurgia Vascular realizava em média 15 casos de OAR e em 2007 a média foi de apenas 7 casos. Por outro lado, constatou-se um aumento marcado no número total de procedimentos de EVAR (rho=0,478; P<0.02) bem como aqueles realizados como 1ºcirurgião (rho=0,540; P<0.01).CONCLUSÃO:O presente estudo revela que os internos de Cirurgia Vascular, a nível nacional, se encontram expostos a progressivamente menos casos de OAR e verifica-se uma diminuição significativa nos procedimentos de OAR como 1º cirurgião.
- Efficiency of the EmERGE Pathway of Care in Five European HIV CentresPublication . Beck, EJ; Mandalia, S; Yfantopoulos, P; Leon, A; Merino, MJ; Garcia, F; Wittevogel, M; Apers, L; Benkovic, I; Zekan, S; Begovac, J; Cunha, AS; Teofilo, E; Rodrigues, G; Borges, MDF; Fatz, D; Vera, J; Whetham, JObjective: We aimed to calculate the efficiency of the EmERGE Pathway of Care in five European HIV clinics, developed and implemented for medically stable people living with HIV. Methods: Participants were followed up for 1 year before and after implementation of EmERGE, between April 2016 and October 2019. Micro-costing studies were performed in the outpatient services of the clinics. Unit costs for outpatient services were calculated in national currencies and converted to US$ 2018 OECD purchasing parity prices to enable between clinic comparisons in terms of outcomes and costs. Unit costs were linked to the mean use of services for medically stable people living with HIV, before and after implementation of EmERGE. Primary outcome measures were CD4 count and viral load; secondary outcomes were patient activation (PAM13) and quality of life (PROQOL-HIV). Out-of-pocket expenditure data were collected. Results: There were 2251 participants: 87-93% were male, mean age at entry was 41-47 years. Medically stable people living with HIV had outpatient visits in four sites which decreased by 9-31% and costs by 5-33%; visits and costs increased by 8% in one site, which had to revert back to face-to-face visits. Antiretroviral drugs comprised 83-91% of annual costs: the Portuguese site had the highest antiretroviral drug costs in US$ purchasing parity prices. Primary and secondary outcome measures of participants did not change during the study. Conclusions: EmERGE is acceptable and provided cost savings in different socio-economic settings. Antiretroviral drug costs remain the main cost drivers in medically stable people living with HIV. While antiretroviral drug prices in local currencies did not differ that much between countries, conversion to US$ purchasing parity prices revealed antiretroviral drugs were more expensive in the least wealthy countries. This needs to be taken into consideration when countries negotiate drug prices with pharmaceutical vendors. Greater efficiencies can be anticipated by extending the use of the EmERGE Pathway to people with complex HIV infection or other chronic diseases. Extending such use should be systematically monitored, implementation should be evaluated and funding should be provided to monitor and evaluate future changes in service provision.
- Estenose Intra-Stent na Artéria Femoral Superficial: Soluções Actuais Para um Problema CrescentePublication . Rodrigues, H; Bastos Gonçalves, F; Alves, G; Amaral, C; Rodrigues, G; Abreu, R; Quintas, A; Oliveira, N; Ferreira, E; Albuquerque e Castro, J; Mota Capitão, LOs últimos anos de tratamento da doença arterial obstrutiva periférica na artéria femoral superficial observaram uma mudança de paradigma, da cirurgia clássica para a endovascular, o que se traduziu na utilização progressiva de stents metálicos para a manutenção da permeabilidade a longo prazo. Apesar dos avanços tecnológicos, a restenose intra-stent é uma das principais limitações do tratamento endovascular, com um tratamento complexo e não consensual, traduzindo a escassez de resultados obtidos ou a sua manutenção no tempo. Os autores procuraram recolher os dados mais recentes sobre este tipo de patologia e as principais opções disponíveis para o seu tratamento.
- Evolução da Formação em Cirurgia Vascular nos Últimos 15 Anos em PortugalPublication . Bento, R; Bastos Gonçalves, F; Rodrigues, G; Soares Ferreira, R; Catarino, J; Correia, R; Garcia, R; Pais, F; Cardoso, J; Ribeiro, T; Ferreira, MEIntrodução: A evolução na especialidade de Angiologia e Cirurgia Vascular foi acompanhada de diferenças na formação durante o internato. Objetivos: O principal objetivo deste estudo foi mostrar as diferentes tendências na formação no internato ao longo dos últimos 15 anos, nomeadamente no que respeita à aprendizagem cirúrgica e produção científica. Métodos: Identificação dos médicos que terminaram o internato de Angiologia e Cirurgia Vascular entre 2002 e 2017, inclusive, a nível nacional e colheita dos dados através da consulta dos currículos para a prova final de conclusão do internato complementar. Resultados: Em Portugal, de 2002-2017, constatou-se um aumento do número total de intervenções cirúrgicas realizadas como 1º cirurgião (p<0.024), na proporção de procedimentos endovasculares (p<0.001), bem como na diferenciação avançada de procedimentos endovasculares (p<0.001). Relativamente aos procedimentos por Doença Arterial Periférica (DAP) aorto-ilíaca, verificou-se uma diminuição do número de procedimentos convencionais (p<0.022) e um aumento do número de procedimentos endovasculares (p<0.017). Em cirurgia de aneurisma da aorta abdominal (AAA), verificou-se uma diminuição nos procedimentos realizados como 1º cirurgião (p<0.02) e um aumento marcado no número total de procedimentos endovasculares de AAA (p<0.002) e como 1º cirugião (p<0.001). A nível científico, verificou-se um aumento no número total de publicações (p<0. 018). Conclusão: Apesar da exposição a intervenções cirúrgicas durante o internato complementar se ter mantido constante nos últimos 15 anos em Portugal, contata-se um marcado aumento no número e diferenciação de procedimentos endovasculares. Verificou-se um decréscimo do número e diferenciação de procedimentos cirúrgicos convencionais, nomeadamente em cirurgia DAP aorto-ilíaca e de AAA. Confirma-se uma crescente preocupação com a vertente científica durante a formação.
- Hematoma Cervical e Hemotórax Espontâneos no contexto de Neurofibromatose Tipo IPublication . Quintas, A; Aragão Morais, J; Martins, J; Bastos Gonçalves, F; Rodrigues, G; Abreu, R; Ferreira, R; Camacho, N; Ferreira, ME; Albuquerque e Castro, J; Mota Capitão, LIntrodução: A neurofibromatose tipo I (NF1), também designada doença de Von Recklinghausen, é causada por uma anormalidade no cromossoma 17, de transmissão autossómica dominante, responsável pela produção deficiente de neurofibromina. Caracteriza-se por displasia nos tecidos mesodérmicos e neuroectodérmicos, e tem uma incidência de um para 2.500-3.300 nascimentos. A presença de manchas café-au-lait, neurofibromas cutâneos e hamartomas da íris são sinais cardinais da doença. Primeiramente descrita por Ruebi em 1945, a patologia vascular é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A ocorrência de hemorragia fatal ou quase fatal está reportada ocasionalmente nas cavidades pleural, abdominal, retroperitoneu, tecidos moles do tronco e extremidades. Esta hemorragia massiva é causada pela rutura de vasos sanguíneos friáveis, característicos pelos níveis reduzidos de neurofibromina e consequente proliferação endotelial e de músculo liso nas artérias e veias. Uma das consequências clínicas mais sérias descritas na NF1 é a ocorrência de hemorragia severa e dificuldade em alcançar controlo hemostático. Objetivo: Exposição de caso clínico de extenso hematoma cervical e hemotórax espontâneos por rutura troncos venosos braquiocefálico, veia subclávia e junção subclávio-jugular em doente com NF1. Caso clínico: Relata-se caso clínico de mulher de 51 anos, com antecedentes conhecidos de NF1 e hipertensão arterial. Foi admitida no serviço de urgência em choque hipovolémico hemorrágico, no contexto de dor súbita no ombro direito e volumosa tumefação cervical direita. Em angioTC foi objetivado volumoso hematoma, envolvendo a região cervical direita, a região retrofaríngea-prevertebral, escavado supraclavicular direito, mediastino, associando a importante hemotórax direito. Procedeu-se a abordagem supraclavicular com drenagem do hematoma e identificação de fontes hemorrágicas, nomeadamente: tronco venoso braquicefálico, veia subclávia e confluência subclávio-jugular. Foi necessária secção da clavícula para controlo hemorrágico e realização de rafias dos troncos venosos com prolene. Intraoperatoriamente, foi evidente a fragilidade e friabilidade excessiva dos vasos sanguíneos. Após controlo hemorrágico, foi realizada videotoracoscopia para drenagem de hemotórax e evacuação de coágulos, confirmando-se a ausência de hemorragia ativa. No pós-operatório a doente recuperou estabilidade hemodinâmica, sem evidência analítica de queda de hemoglobina. Realizou-se angioTC, onde se confirmou franca melhoria do hematoma cervical direito e retrofaríngeo em critérios quantitativos, e ausência de extravasamento de contraste. Objetivou-se adicionalmente aneurismas acular da artéria vertebral direita, corrigido ulteriormente através de embolização com coils. Conclusão: A NF1 é uma doença genética que raramente se pode associar a hemorragia life- -threatening. A vasculopatia é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A existência de friabilidade vascular excessiva com consequente hemorragia espontânea na NF1 é rara e pode ser fatal, exigindo um diagnóstico rápido e tratamento atempado.
- Impacto da Insuficiência Renal no Prognóstico dos Doentes Submetidos a Reparação de Aneurisma da Aorta Abdominal - Cirurgia Convencional vs. Tratamento Endovascular do Aneurisma da AortaPublication . Abreu, R; Monteiro e Castro, J; Bastos Gonçalves, F; Rodrigues, G; Quintas, A; Ferreira, R; Camacho, N; Ferreira, ME; Albuquerque e Castro, J; Mota Capitão, LIntrodução: A correção cirúrgica do aneurisma da aorta abdominal (AAA), por Endovascular Aneurysm Repair (EVAR) ou cirurgia convencional (CC), pode agravar a função renal a curto prazo. Esta complicação, mais frequente nos doentes com insuficiência renal crónica (IRC), associa-se a pior prognóstico a longo prazo. O objetivo deste trabalho foi quantificar o agravamento da função renal após reparação do AAA em doentes com IRC prévia e demonstrar o consequente aumento da morbimortalidade. Métodos: Estudo retrospetivo em doentes com IRC estádios Chronic Kidney Disease 3-4 (TFGe 15-59ml/min), submetidos a correção eletiva de AAA entre fevereiro/2011 e fevereiro/2015 numa instituição terciária. Variáveis estudadas: idade, sexo, tipo de intervenção (convencional/EVAR) e estádio CKD. Endpoints: variação da creatinina e taxa de filtração glomerular com a cirurgia, complicações renais pós-operatórias, necessidade de reintervenção cirúrgica e mortalidade. A análise estatística foi realizada em SPSS. Resultados: Foram incluídos 71doentes. Quinze doentes (21%) foram operados por CC e 56 (78%) por EVAR. À data da intervenção, os doentes encontravam-se nos seguintes estádios da DRC: CKD 3 --- 65 (91%) e CKD 4 --- 6 (9%). A variac¸ão da TFG com a cirurgia foi −1,08±18,01mg/dl. Verificou-se IRC agudizada pós-operatória em 22 (31%) doentes e necessidade de diálise em 5 (7%). A mortalidade global foi 8,5%. Os doentes operados por EVAR tinham DRC mais avançada pré-operatoriamente, mas apresentaram menor agravamento da função renal. Variação TFG: EVAR 1,14±16,26ml/min vs. CC 9,40±22,11ml/min (p=0,022); variação creatinina: EVAR 0,17±1,03mg/dl vs. CC 0,81±1,47mg/dl (p=0,02). A agudização da IRC pós-operatória foi superior no grupo CC (53,3 vs. 28,6%; p=0,072), assim como a necessidade de diálise (20 vs. 3,6%, p=0,06). Os 6 doentes que faleceram (EVAR: 3; CC: 3) apresentaram maior agravamento da função renal (variação da creatinina: 1,41±1,63mg/dl vs. 0,20±1,07mg/dl, p=0,001; variação da TFG: −19,0±16,55ml/min; 0,57±17,34ml/min, p=0,007) e necessidade de diálise (50 vs. 3,1%, p=0,003). Conclusão: Os resultados demonstraram uma tendência para uma menor probabilidade de IRA, menor necessidade de diálise pós-operatória e menor mortalidade nos doentes tratados por EVAR. Contudo, o impacto da administração de contraste a médio/longo prazo, decorrente dos programas de vigilância pós-EVAR, deve ser considerado. Julgamos ser possível considerar que a realização de EVAR para o tratamento de doentes com AAA e IRC é um procedimento pelo menos tão seguro como a CC.
- Isquemia Crítica dos Membros Superiores. Manifestação Inicial de Arterite de Células Gigantes - Caso ClínicoPublication . Abreu, R; Monteiro e Castro, J; Rodrigues, H; Vasconcelos, L; Rodrigues, G; Quintas, A; Ferreira, R; Camacho, N; Ferreira, ME; Albuquerque e Castro, J; Mota Capitão, LIntrodução: A arterite de células gigantes (ACG), de etiologia desconhecida, é a vasculite sistémica mais comum nos adultos e pode ter uma ampla variedade de apresentações clínicas. Atinge mais frequentemente os ramos extracranianos da artéria carótida mas, em 10-15% dos casos, pode ocorrer o envolvimento das artérias subclávia, axilar e braquial. Caso clínico: Tratava-se de uma doente do sexo feminino, de 80 anos, com antecedentes de HTA e doença cerebrovascular. Foi observada no serviço de urgência por arrefecimento e dor em repouso nos membros superiores, com evidências de cianose digital distal bilateral. As queixas tinham tido início 2 meses antes e agravamento progressivo desde então. Realizou um angio-TC que mostrou a existência de oclusão de ambas as artérias axilares/braquiais proximais e imagens sugestivas de vasculite ao nível de ambas as artérias subclávias, aorta e artérias femorais comuns. Foi medicada com corticoterapia; contudo, por não apresentar melhoria significativa após 5 dias, optou-se por realizar um bypass carotídeo-umeral bilateral. Após a cirurgia, ocorreu resolução completa das queixas e a doente apresentava pulso radial palpável bilateralmente. Seis meses após a cirurgia, a doente encontrava-se assintomática e os bypasses permeáveis. Conclusão: O presente trabalho pretende expor o caso de uma doente com o diagnóstico inaugural e ACG,que se apresentou com isquemia crítica bilateral e simultânea. Este quadro clínico exigiu a realização de um procedimento de revascularização raro.
- Isquemia Pélvica Aguda: uma Complicação Fatal após Tratamento Endovascular de Aneurisma Aorto-Ilíaco com Prótese Ramificada da IlíacaPublication . Soares Ferreira, R; Bastos Gonçalves, F; Albuquerque e Castro, J; Berdeja, E; Valentim, H; Quintas, A; Abreu, R; Rodrigues, H; Oliveira, N; Rodrigues, G; Camacho, N; Ferreira, ME; Mota Capitão, LIntrodução: A oclusão da artéria hipogástrica pode ser necessária na reparação endovascular de aneurismas da aorta abdominal (EVAR). A oclusão intencional da hipogástrica pode ter complicações isquémicas. As endopróteses de bifurcação ilíaca (IBD) surgiram como alternativa endovascular à oclusão da hipogástrica em doentes com elevado risco para isquemia pélvica. Os autores descrevem um caso de oclusão precoce do ramo hipogástrico de IBD com graves consequências clínicas. Caso clínico: Sexo masculino, de 74 anos, com aneurisma da aorta abdominal (diâmetro máximo de 55 mm) com envolvimento de ambas as bifurcações ilíacas e segmentos proximais das hipogástricas (diâmetro máximo de 31 e 32 mm), submetido a EVAR com revascularização hipogástrica esquerda via IBD (Cook Zenith®) e coiling+overstenting da artéria hipogástrica contralateral. O procedimento decorreu sem complicações e a angiografia final mostrava permeabilidade da hipogástrica revascularizada e escassa colateralidade pélvica. O pós-operatório imediato complicou-se de dor lombar e glútea bilateral associada a manifestações cutâneas isquémicas e monoparesia do membro inferior esquerdo. Por agravamento progressivo nas primeiras 24h e angioTC com oclusão do stent da hipogástrica esquerda, procedeu-se novamente a revascularização da hipogástrica, com bom resultado na angiografia final. Apesar da revascularização bem-sucedida, houve agravamento progressivo do estado geral, com isquemia pélvica irreversível e rabdomiólise. Óbito ao 5.◦dia pós-operatório. Conclusão: A isquemia pélvica aguda é uma complicação grave e frequentemente fatal que pode advir da oclusão bilateral das artérias hipogástricas. A falência da revascularização por IBD pode ser fatal, pelo que os autores aconselham um cuidado redobrado no controlo angiográfico final e um baixo limiar para investigação na suspeita de complicações pós-operatórias. Se maior risco de falência técnica, embolização ou escassa colateralidade pélvica, a preservação bilateral de fluxo nas artérias hipogástricas pode estar recomendada.
- Mycotic Aortic Aneurysm: a Ticking Time-Bomb!Publication . Bento, R; Rodrigues, G; Alves, G; Garcia, R; Pais, F; Ferreira, MEINTRODUCTION: Mycotic or primary infected aortic aneurysms comprise aproximately 1.3% of all aortic aneurysms and may be caused by septic emboli to the vasa vasorum, by haematogenous spread during bacteraemia or by direct extension of an adjacent infection leading to an infectious degeneration of the arterial wall and aneurysm formation. The objective of this report is to describe a clinical case of a complicated mycotic aortic aneurysm. CASE REPORT: A male, 69-year-old patient, with medical background of diabetes, hypertension and a bladder carcinoma (surgically ressected 5 years before, complicated at the time with an E.coli septicaemia), presented at the ER with generalised malaise, asthenia, anorexia, abdominal pain, diarrhea and fever, with 1 week of evolution. At admission, clinical examination revealed poor general condition, fever (39ºC), noral blood pressure, and the abdominal examination showed no abnormalities. Laboratory results revealed an stable haemoglobin of 13 g/dL, leukocytosis (19850/UI) and neutrophilia (90%), an a C Reactive Protein of 350mg/dl. A Computed Tomography Angiography (CTA) revealed a 3,5 cm saccular juxtarenal AAA, with peri and intraaortic gas, strongly suggestive of an mycotic AAA (MAA). Hospitalization was indicated and a septic and immunologic screening was perfomed. The patient started a broad-spectrum antibiotic with meropenem and vancomycin and clinical, laboratory and hemodynamic surveillance. Blood and urine cultures revealed a E.Coli infection, and directed antibiotic was started. After 10 days os hospitalization, the patient was haemodinamic stable, presented no fever or abdominal pain, however inflammatory parameters remained elevated, and a new CTA that showed a daunting increase of 4 cm of the AAA (7,5 cm) with signs of contained ruture. An emergency intervention was decided and the patient underwent an thoracophrenolaparotomy and aortoaortic interposition with bovine pericardium patch. After 24h of surgery the patient died of septic shock. CONCLUSION: MAA is a rare and threatening disease with rapid progression and high mortality. Even with broad-spectrum antibiotic and rapid surgical response, the tragic outcome is often the unavoidable result.