URO PED - Artigos
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- Pieloplastia Laparoscópica em Idade PediátricaPublication . Morão, S; Pratas Vital, V; Vaz Silva, A; Cardoso, D; Alves, F; Catela Mota, F; Pascoal, JIntrodução: A obstrução da junção pielo-ureteral (OJPU) é a causa congénita mais comum de uropatia obstrutiva na criança. O objectivo deste trabalho é documentar a experiência desta Unidade de Urologia Pediátrica relativamente às primeiras 20 pieloplastias realizadas por via laparoscópica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo em que foram incluídos vinte doentes com o diagnóstico de OJPU submetidas a pieloplastia por via laparoscópica, por um único cirurgião, no nosso Hospital, no período compreendido entre Novembro de 2010 e Dezembro 2014, tendo completado pelo menos um ano de seguimento. O sucesso do procedimento foi definido como ausência de conversão, resolução dos sintomas e melhoria dos critérios imagiológicos. Resultados: A mediana da idade à data da cirurgia foi de 9,5 anos (variando entre os 10 meses e os 17 anos). Constatou-se a existência de obstrução intrínseca em sete casos, obstrução extrínseca em 12 casos, sendo que num caso se verificaram as duas situações. O tempo operatório mediano foi de 235 minutos (variando entre 165 e 275 minutos), tendo havido necessidade de conversão para abordagem laparotómica em dois casos (10%). O tempo mediano de internamento foi de dois dias (variando entre 2 e 5 dias). Em quatro casos (20%) registaram-se complicações pós-operatórias precoces e houve necessidade de re-intervenção em dois casos (10%) durante o seguimento. O tempo mediano de seguimento foi de 33 meses (variando entre 12 e 60 meses). No seguimento, todos excepto dois doentes estavam assintomáticos. Constatou-se melhoria imagiológica da hidronefrose em todos os doentes excepto em um, apesar de não apresentar padrão obstrutivo no renograma. Conclusão: Os nossos resultados são consistentes com os da literatura publicada, com taxas de sucesso comparáveis com a abordagem por via laparotómica e com as vantagens da cirurgia minimamente invasiva.
- Dilatação Endoscópica de Balão para Tratamento de Megaureter Obstrutivo Primário: Experiência de um CentroPublication . Morão, S; Pratas Vital, V; Cardoso, D; Alves, F; Catela Mota, F; Pascoal, JIntroduction: Congenital obstructive megaureter may be treated with endoscopic balloon dilatation, particularly in children under one year of age. We report our experience over a six year period. Methods: All patients with diagnosis of primary obstructive megaureter treated with endoscopic balloon dilatation from 2009 to 2014 (6 years) were included. The diagnosis of primary obstructive megaureter was based on dilatation of the distal ureter greater than 7 mm, obstructive curve on MAG-3 diuretic renogram and absence of vesicoureteral reflux. After diagnosis, conservative management was maintained with antibiotic prophylaxis in all patients. The indications for surgery were a combination of clinical, ultrasonographic and renographic findings. Under general anesthesia and after retrograde ureteropielography, high pressure balloon dilation of the ureterovesical junction was performed under direct and fluoroscopic vision until the disappearance of the narrowed ring. A double-J catheter was positioned. Follow-up was performed with ultrasonography and diuretic renogram. The success of the intervention was defined by improvement of hydroureteronephrosis (at least 2 grades). Results: A total of nine patients underwent this procedure on a single ureter, two girls and seven boys, with a mean age of 7.6 months (range 1-14) at the intervention. Five were left sided and four were right sided. All patients had prenatal diagnosis of hydroureteronephrosis. No patients were lost to follow-up (average 46.7 months). They all had hydroureteronephrosis greater than grade 3 and preoperative MAG-3 diuretic renogram was obstructive in all cases. Mean differential function of the affected kidney was 46.2% (range 40-53%). The main indication for surgical treatment was progressive hydroureteronephrosis. All patients were treated endoscopically with no intraoperative complications. Ultrasound showed improvement of the hydroureteronephrosis in six patients (66.7%). Three patients were reimplanted (33.3%). The mean differential renal function after the procedure was 47.4% (range 41-53%). At the latest follow-up assessment, all patients remained asymptomatic. Conclusion: Endoscopic balloon dilatation is a useful option in the management of primary obstructive megaureter requiring surgical intervention and may be considered first line treatment in small children.
- Obstrução da Junção Pieloureteral por Pólipos Fibroepiteliais em Idade PediátricaPublication . Knoblich, M; Pratas Vital, V; Cardoso, D; Alves, F; Catela Mota, F; Casella, PIntroduc¸ão: Os pólipos fibroepiteliais do ureter são tumores benignos de origem mesodérmica extremamente raros em idade pediátrica, que podem causar obstruc¸ão da junc¸ão pieloureteral (JPU). Caso clínico: Os autores apresentam o caso de um doente do sexo masculino, de 11 anos de idade, referenciado por dor no flanco esquerdo intermitente associada a hidronefrose esquerda. Intraoperatoriamente, constatou-se a obstruc¸ão do lúmen ureteral provocada pela presenc¸a de pólipos fibroepiteliais ao nível da JPU. Discussão: O tratamento standard consiste na ressecc¸ão do segmento ureteral afetado, seguida de pieloplastia desmembrada, por via aberta ou laparoscópica. O prognóstico é excelente
- Displasia Quística Testicular: A Propósito de um Caso ClínicoPublication . Cardoso, D; Catela Mota, F; Murinello, RA displasia quística testicular é uma patologia benigna e rara, frequentemente associada a outras anomalias génito-urinárias, que se apresenta na infância sobretudo com aumento do volume escrotal, fazendo diagnóstico diferencial com situações neoplásicas e inflamatórias do testículo. Embora classicamente considerada indicação para orquidectomia, não parece haver qualquer potencial maligno, pelo que se pode argumentar uma abordagem conservadora. No entanto é importante confirmar o diagnóstico e manter vigilância para precaver a atrofia do parênquima testicular. Os autores apresentam o caso clínico de um doente com antecedentes de agenésia renal esquerda e megauretero obstructivo direito, submetido a orquidectomia no contexto de displasia quística testicular esquerda com atrofia importante do parênquima.
- Divertículo da Uretra no Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital D. EstefâniaPublication . Ramos, JM; Catela Mota, F; Alves, FOs autores apresentam uma revisão de casos clínicos de crianças, do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital D. Estefânia (HDE), com o diagnóstico de divertículo da uretra (DU)num período compreendido entre 1999 e 2005. Foram encontradas 5 crianças com este diagnóstico, 4 do sexo masculino e uma do sexo feminino, com idades (na altura do diagnóstico) compreendidas entre 6º dia de vida e os 11 anos. As primeiras manifestações clínicas incluíam infecções urinárias de repetição, hidronefrose bilateral com alterações da função renal, diminuição da força e calibre do jacto urinário e hematúria total. O diagnóstico foi feito por uretrocistografia permiccional (UCGPM) em três casos e uretroscopiaemdois. Emtrês casos optou-se por ressecção da porção distal do divertículo. Noutra criança optou-se por espera vigilante, tendo-se efectuado uretrografias periódicas para verificar a variação de volume do díverticulo. A uretroplastia com retalho perineal foi opção terapêutica para uma criança com DU congénito volumoso e obstrução ao esvaziamento vesical muito grave. Quer nas crianças em que se optou pela espera vigilante, quer nas que foram submetidas a tratamento cirúrgico, os resultados foram, globalmente bons: todas as crianças foram capazes de urinar com jacto normal no pós-operatório imediato, a função renal retomou a normalidade nas crianças em que se verificava elevação pré-operatória dos níveis séricos de creatinina e todas as crianças se encontram assintomáticas desde há nove meses.
- Litotrícia em Pediatria: Casuística da Unidade de Urologia Pediátrica do Hospital de D. EstefâniaPublication . Lamy, S; Leiria, MJ; Catela Mota, F; Cordeiro, O; Ruah, J; Ferra de Sousa, DApresenta-se uma casuística de nove doentes com litíase renal, com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos, que foram submetidas a um tratamento com litotrícia. Em todos eles o diagnóstico de infecção urinária antecedeu o de litíase renal. Em duas erianças havia antecedentes familiares de litíase renal e, utilizando exames laboratoriais e de imagiologia, foram diagnosticados 4 doentes com hipercalciúria, 2 com hiperoxalúria, 1 com cistinúria e só num caso foi diagnosticado alterações estruturais (estenose ureteral justavesical bilateral). Sete destes doentes já tinham sido submetidos a intervenções cirúrgicas anteriores. A nossa experiência com estes 9 doentes demonstrou que a litotrícia é uma técnica de tratamento segura, não tendo sido registado qualquer tipo de complicação em 11 sessões. Houve 1 caso de insucesso, 5 doentes ficaram com os cálculos fragmentados mesmo após 20 meses de «follow-up» e os outros 3 ficaram curados. Por fim recorda-se que esta técnica, apesar do seu sucesso, e só uma parte do tratamento completo da litíase renal, pois esta é um problema complexo que necessita sempre de uma avaliação metabólica e anatómica.