URG - Artigos
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- Diagnóstico e Tratamento das Pancreatites AgudasPublication . Daniel Araújo, J; Valente Sousa, F; Nogueira, A; Aragão Morais, JA pancreatite aguda é uma entidade nosológica onde existem ainda consideráveis dificuldades de ordem etiológica, diagnóstica e terapêutica, pelo desconhecimento do mecanismo responsável pelo processo de auto-digestão pancreática. Com o objetivo de avaliar os critérios de diagnóstico e opções terapêuticas, com destaque particular para o tratamento cirúrgico, procedemos a um estudo clínico prospectivo de 153 casos de pancreatite aguda, num período de 66 meses (Janeiro 1986 - Junho 1991), tendo por base um registo especialmente elaborado para o efeito e tratado informaticamente. A análise dos resultados obtidos permite realçar o seguinte: a) A etiologia mais frequente foi o alcoolismo, seguido de perto pela colelitíase, com valores próximos dos 4000 para cada uma delas; b) A ecotomografia abdominal foi diagnóstica em 51,2° o, tendo em 5 6,7° o diagnostica do patologia associada, com destaque para a colelitíase (41,7° o); c) A TAC abdominal diagnosticou pancreatite aguda na totalidade dos 15,7° o dos casos em que foi realizada; d) A terapêutica médica isoladamente foi efetuada em 43,10 o, associada à lavagem peritoneal em 10,500 e à terapêutica cirúrgica em 46,4° o; e) A indicação para a terapêutica cirúrgica foi a dúvida de diagnósti co em 32,4° o, o agravamento clínico-laboratorial em 8,5° o, o tratamento da patologia biliar associada em 47,9° o, o abcesso pancreático em 5,6° o e o pseudo-quisto pancreático também em 5,6° o; f) A cirurgia das vias biliares foi realizada em 67,6° o, com uma mortalidade operatória de 2,10 o. O facto da operação para tratamento da patologia biliar associada ter sido realizada antes ou depois do 5° dia de evolução da pancreatite, não teve influência no resultado final; g) A cirurgia pancreática foi efectuada em 21,10o, sendo em cerca de metade dos casos para tratamento das complicações tardias da pancreatite, com uma mortalidade operatória de 33,3° o, devida a sepsis pancreática; h) Segundo o critério de Ranson, 69.3° o dos casos foram classificados de pancreatite ligeira, com uma mortalidade de 1,9° o e 30,7° o de pancreatite grave, com uma mortalidade de 14,9° o; i) A lavagem peritoneal e a terapêutica cirúrgica foram utilizadas mais frequentemente na pancreatite grave, sem resultados terapêuticos muito significativos; j) A morbilidade e mortalidade operatórias, foram respectivamente de 22,5 e 9,9° o; 1) A morbilidade e mortalidade globais foram de 16,9° o e de 5,9° o. O presente estudo permite-nos concluir o seguinte: 1) O diagnóstico em bases clínicas ou ecográficas é pouco preciso; 2) A TAC é o meio com maior sensibilidade e especificidade diagnósticas; 3) A lavagem peritoneal não contribui para a melhoria do resultado final; 4) A terapêutica cirúrgica está indicada na dúvida de diagnóstico, no tratamento da patologia biliar associada, no tratamento da pancreatite necrosante, que não responde à terapêutica conservadora e no tratamento das complicações pancreáticas; 5) A morbilidade e a mortalidade dependeram sobretudo da gravidade inicial da pancreatite, mas o tratamento médico intensivo dos casos de pancreatite grave e o diagnóstico e tratamento precoces das complicações, tiveram uma influência favorável no resultado final.
- Apresentação Pélvica: Parto Vaginal ou Cesariana?Publication . Sousa, S; Vicente, L; Mendes, A; Martins, AT; Maia, AP; Vitorino, A; Sereno, P; Borrego, J; Carvalho, MJA apresentação pélvica ocorre em 3% das gravidezes únicas de termo e está associada ao aumento do risco de complicações maternas e fetais. Os autores fizeram uma avaliação retrospectiva de 118 partos pélvicos por via vaginal. Foram considerados os recém-nascidos com pesos compreendidos entre 2000 e 4000 g, de gestação maior ou igual a 34 semanas. Comparou-se a morbilidade materna e do recém-nascido com apresentação pélvica, em 118 partos vaginais e 244 cesarianas. Constatou-se que a morbilidade neonatal major foi significativamente superior no parto vaginal (5,9%), em relação à cesariana (0,4%). A morbilidade materna foi ligeiramente superior na cesariana (3,6%), em relação ao parto vaginal (1,6%), sem significado estatístico.
- Avaliação Bem-Estar Fetal Intra-Parto. Cardiotocografia e Electrocardiograma FetalPublication . Valadares, S; Videira, A; Ramos, L; Soares, C; Dâmaso, JA asfixia intra-parto é um evento raro, sendo o seu diagnóstico difícil. Pensa-se que a introdução e uso generalizado da cardiotocografia tenha permitido a identificação do feto em sofrimento, presumivelmente antes de ocorrer uma lesão permanente. O objectivo desta revisão é mostrar as bases da interpretação do CTG e as tentativas para uniformização de critérios na sua avaliação, bem como novas soluções para a descriminação dos “verdadeiros” casos de sofrimento fetal.
- Prevenção e Tratamento da Hemorragia Pós-PartoPublication . Assis Ramos, L; Valadares, S; Videira, A; Soares, C; Dâmaso, JA hemorragia pós-parto (HPP) continua nos dias de hoje a ser uma complicação obstétrica frequente com elevada morbilidade e mortalidade materna. Os autores fizeram uma revisão do método de avaliação rápida e aplicação de terapêutica médica, cirúrgica e radiológica na HPP.
- Bem Estar Fetal Intraparto: Papel da EcografiaPublication . Videira, A; Valadares, S; Ramos, L; Soares, C; Dâmaso, JA realização de ecografia está disponível em praticamente todos os Serviços de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. A sua utilidade na avaliação do bem-estar fetal ante-parto é indiscutível. Este trabalho tem por objectivo rever as indicações da Ecografia realizada durante o Trabalho de Parto.
- Gangrena de Fournier numa MulherPublication . Murinello, A; Figueiredo, AM; Athayde, M; Grima, B; Ribeiro, V; Lourenço, S; Fernandes, C; Goja, M; Coleho, JFA fasceíte necrotizante dos tecidos infra-diafragmáticos (gangrena de Fournier) é uma grave infecção sinergística por agentes aeróbicos/anaeróbicos, com uma evolução clínica súbita e rápida de gangrena da fascia e sepsis generalizada, associada a elevada mortalidade. Trata-se de uma emergência médico-cirúrgica necessitando de tratamento intensivo englobando a correcção das anomalias hemodinâmicas, hidroelectrolí- ticas e metabólicas, antibioterapia dupla/tripla de largo espectro por via endovenosa, desbridamento cirúrgico agressivo do tecido necrótico infectado e correcção da determinante etiológica da gangrena. É frequente encontrar como factores de risco a diabetes mellitus, doença crónica hepática, doenças malignas, doenças imunológicas congénitas ou adquiridas, tratamento com fármacos imuno-supressores, alcoolismo crónico e má nutrição. As fontes infecciosas originais conducentes a uma gangrena de Fournier são geralmente abcessos da área peri-anal ou processos infecciosos genitourológicos. Embora a gangrena de Fournier seja muito menos frequente na mulher que no homem, é importante pensar nesse diagnóstico, de forma a proporcionar às doentes a possibilidade de tratamento com sucesso. Descreve-se o caso de uma gangrena de Fournier, determinada porumabscesso da fossa ísquio-rectal, numa mulher diabética e em tratamento de um penfigus vulgaris com fármacos imuno-supressores, com evolução fatal, possivelmente em resultado de diagnóstico e tratamento tardios.
- Caracterização das Hipoglicémias Severas em Doentes Diabéticos Assistidos por uma Viatura Médica de Emergência e ReanimaçãoPublication . Figueira Coelho, J; Burgi Vieira, C; Lourenço, S; Martins Batista, A