Medicina Física e Reabilitação
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Browsing Medicina Física e Reabilitação by Subject "Acidente Vascular Cerebral"
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- Acidente Vascular Cerebral em Idade Ativa: Caracterização dos Utentes Enviados para a FisioterapiaPublication . Luzia Pimenta, CIntrodução – O acidente vascular cerebral (AVC) aumenta com a idade. No entanto, as incapacidades resultantes do AVC numa população jovem e ativa têm um grande impacto no indivíduo e na sociedade. Objetivo – Analisar as características pessoais, clínicas e funcionais dos indivíduos com AVC em idade ativa, verificando a associação entre variáveis e comparando os seus resultados com os indivíduos idosos com AVC. Método – Estudo observacional, descritivo e transversal. A população em estudo foram os indivíduos com AVC enviados para a fisioterapia num hospital terciário, em regime ambulatório, num período de três anos. Foram recolhidos dados de caracterização pessoal e clínica; aplicou-se a Motor Assessment Scale (MAS) e realizou-se o Timed Up and Go Test (TUG). Os dados foram analisados através de estatística descritiva, de análise de correlação e de inferência estatística (teste de Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney), considerando-se um intervalo de confiança de 95%. Resultados – Dos 151 indivíduos avaliados, 64 tinham menos de 65 anos (42,4%), incluindo 10 com menos de 45 anos (6,6%). O género masculino foi o mais atingido e a maioria dos casos foram AVC isquémicos. Os mais jovens apresentaram um melhor desempenho funcional, maior percentagem de elementos com marcha autónoma e melhor mobilidade funcional. Estas diferenças são estatisticamente significativas ao comparar os resultados do TUG dos indivíduos em idade ativa com os idosos (p=0,004) e da MAS entre os menores de 45 anos com os maiores de 65 (p=0,048). A maioria dos utentes avaliados encontrava-se em risco de queda, constatando-se uma associação entre a idade e o risco de queda. Verificou-se uma correlação negativa entre as variáveis MAS e TUG. Conclusões – Com este estudo, pelas suas dimensões e limitações, não é possível elaborar considerações definitivas sobre o AVC em idade ativa e as suas repercussões funcionais; no entanto, pretende contribuir para uma reflexão sobre esta temática. Os fisioterapeutas deverão estar conscientes das necessidades específicas desta população e adaptar a sua intervenção de modo a minimizar o impacto desta condição na qualidade de vida dos indivíduos.
- Concordância entre Instrumentos de Avaliação do Equilíbrio após Acidente Vascular CerebralPublication . Correia, A; Pimenta, C; Alves, M; Virella, DIntrodução – A perturbação do equilíbrio após acidente vascular cerebral (AVC) é importante pela sua frequência e repercussões. Instrumentos de avaliação do equilíbrio validados e de fácil aplicação são necessários para identificar risco de queda e para adequar estratégias de intervenção. Objetivos – Verificar a concordância entre as avaliações do equilíbrio estático, dinâmico e mobilidade funcional após AVC e verificar se a concordância varia com o grau de dependência. Metodologia – Estudo transversal de amostra sequencial de adultos com marcha autónoma, até dois anos após AVC, referenciados para fisioterapia em ambulatório. O equilíbrio estático foi avaliado pelo teste de Romberg, o equilíbrio dinâmico pela Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), a mobilidade funcional pelo Timed Up and Go test (TUG) e o grau de dependência pela Motor Assessment Scale (MAS). A concordância foi avaliada pelo coeficiente de correlação interclasse e pelo teste k de Cohen. Resultados – Foram incluídos 52 indivíduos, 26 com dependência leve, 20 moderada e seis grave. Tinham Romberg positivo 48/52; 39/52 tinham EEB<45 e o TUG>14 foi observado em 42/52. A concordância global entre as três variáveis avaliadas obteve ICC=0,63. Verificou-se uma concordância global k=0,61 entre EEB e TUG, nos indivíduos com dependência leve k=0,52 e naqueles com dependência moderada k=0,64. A concordância entre Romberg e EEB obteve globalmente k=0,27 e entre Romberg e TUG k=0,04. Conclusões – A concordância entre as avaliações do equilíbrio estático, dinâmico e mobilidade funcional após AVC é total nos casos de dependência grave e elevada nos casos de dependência moderada. Estes resultados reforçam a necessidade da utilização destes três instrumentos, particularmente nos casos de dependência leve.
- Efeitos de um Programa de Fisioterapia Aquática no Risco de Queda em Doentes com Acidente Vascular Cerebral Crónico na Comunidade: Série de CasosPublication . Cristóvão, A; Correia, A; Rebelo, PIntrodução e Objetivos – Aproximadamente 80% dos sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC) apresentam défices de equilíbrio e até 58% apresentam risco de queda no primeiro ano após AVC. Uma das intervenções que tem sido utilizada para o tratamento desta sequela é a fisioterapia aquática. O objetivo deste trabalho é identificar os efeitos de um plano de fisioterapia aquática em grupo no risco de queda, em doentes com AVC crónico. Métodos – Análise de série de casos de três sobreviventes de AVC crónico que apresentam risco de queda (tempo de instalação de 21 a 41 meses). Foram utilizados os instrumentos de avaliação: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Timed Up and Go (TUG) e Escala de Confiança no Equilíbrio Específica para a Atividade (ECEEA). O programa teve a duração de oito semanas, frequência de duas vezes por semana e a duração de 45 minutos por sessão. Resultados – Os participantes obtiveram diminuições que variam entre 14 e 36 segundos no TUG. Contrariamente, observou-se um aumento na EEB (valores entre 10 a 16 pontos) e da ECEEA (3,13 e 6,88%). Discussão e Conclusão – Todos melhoraram o equilíbrio. Foram obtidos resultados clinicamente significativos no TUG e na EEB, revelando uma diminuição significativa deste risco. Os resultados obtidos pela ECEEA mostram-nos que os participantes mantêm o medo de cair. O pequeno tamanho da amostra não permite generalização dos resultados.
- Factores Preditivos de Depressão Pós-Acidente Vascular Cerebral. Estudo Retrospectivo numa Unidade de ReabilitaçãoPublication . Camões Barbosa, A; Medeiros, LS; Duarte, N; Meneses, CINTRODUÇÃO/OBJECTIVOS: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode limitar de forma importante a funcionalidade. As complicações psiquiátricas têm sido identificadas como factores determinantes na reabilitação pós-AVC, sendo a Depressão a complicação psiquiátrica mais frequente e a que está associada a pior prognóstico. Subsiste ainda incerteza quanto à sua etiologia e factores de risco. Na revisão sistemática mais recente, reconhecem-se como factores preditivos a gravidade do AVC, o grau de incapacidade do doente e o défice cognitivo. Questões metodológicas impediram a determinação de outros factores. Assim, urge definir novos factores que facilitem um diagnóstico atempado, que possa diminuir os efeitos negativos sobre o processo de reabilitação. Objectivos: determinação da incidência da Depressão de novo pós-AVC (DPA) e o estudo das variáveis descritas na literatura como possíveis factores preditivos de DPA: sexo, idade, tipo de AVC, lateralidade, território vascular e presença de afasia. Foi definido como endpoint secundário o estudo do tipo de afasia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, envolvendo todos os doentes admitidos no internamento de um Serviço de MFR com o diagnóstico de AVC de novo, entre 1-1-2009 e 31-12-2009. Foram colhidos elementos demográficos e clínicos dos processos clínicos, num total de 74 doentes. Critérios de exclusão: ‘AVC prévio’, ‘Doença psiquiátrica com perturbação do humor prévia’ e ‘Medicação antidepressiva à data do AVC’. Para o tratamento estatístico usou-se o SPSS 11.5. RESULTADOS: A incidência da DPA observada foi de 44,6%. Dos possíveis factores preditivos testados, apenas a presença de afasia apresentou uma relação estatisticamente significativa com a depressão (p=0.02). Não se encontrou relação com o tipo de afasia. Os restantes factores preditivos testados não mostraram correlação estatística significativa. Parece existir uma relação entre o sexo masculino e a DPA (p=0.07), que não atingiu significância no tamanho da amostra conseguido (n). CONCLUSÕES: Este estudo estabelece a afasia como factor preditivo da DPA. A elevada incidência de DPA nesta população particular concorda com os estudos existentes, sendo necessário outro tipo de estudo que permita justificar o valor encontrado. São necessários mais estudos não só para aumentar o conhecimento dos factores de risco para a DPA, como para melhorar os resultados dos programas de reabilitação.
- Instrumentos de Avaliação da Intensidade do Tónus Muscular na Pessoa Após Acidente Vascular CerebralPublication . Rebelo Teixeira, P; Henriques, AF; Ramos Pereira, AL; Vasconcelos Teixeira, CS; Margato, D; Mota de Sousa, LMIntrodução: A espasticidade afeta cerca de dois terços das pessoas após acidente vascular cerebral, pelo que constitui uma importante área de atuação do enfermeiro de reabilitação. Objetivos: Identificar os instrumentos de avaliação da intensidade do tónus muscular na pessoa após acidente vascular cerebral. Métodos: Realizou-se-se uma Revisão Sistemática da Literatura e partiu-se da questão: Quais os instrumentos e testes que permitem avaliar a espasticidade na pessoa com acidente vascular cerebral? A pesquisa eletrónica na plataforma EBSCOHost® (CINAHL Complete e MEDLINE Complete) e Biblioteca Virtual de Saúde e foram incluídos artigos publicado entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Resultados: Obtiveram-se um total de 12 artigos que cumpriram os critérios de inclusão definidos. Todos os artigos incluídos avaliam a tónus muscular utilizando pelo menos um instrumento de avaliação. Foram encontrados onze instrumentos de avaliação do tónus muscular. Conclusões: Das escalas mais estudadas, a Triple Spasticity Scale é a escala mais adequada para a avaliação da espasticidade, com boa reprodutibilidade intra-observador e validade concorrente. No entanto serão necessários mais estudos de validação transcultural para a população portuguesa.
- Instrumentos de Avaliação dos Distúrbios de Perceção em Pessoas com Acidente Vascular CerebralPublication . Duarte, TM; Rodrigues, BF; Oliveira, DN; Pereira, LM; Gonçalves, AA; Mota de Sousa, LMOs distúrbios de perceção são uma das possíveis complicações do Acidente Vascular Cerebral, daí a importância de encontrar instrumentos válidos e fiáveis para a sua avaliação. A aplicação destes revela-se muito importante, permitindo que a intervenção do enfermeiro seja mais precisa. Objetivo: Identificar os instrumentos e testes utilizados para avaliar distúrbios de perceção em pessoas após Acidente Vascular Cerebral. Método: Revisão sistemática da literatura, que utiliza as recomendações do Joanna Briggs Institute na estratégia PICo e nas recomendações PRISMA. A estratégia PICo definiu os critérios de inclusão: População (P) - pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral; Área de Interesse (I) - instrumentos e testes utilizados para avaliar distúrbios de perceção em pessoas após Acidente Vascular Cerebral, e Contexto (Co) – agudo e unidades de reabilitação. A pesquisa eletrónica foi feita nas bases de dados EBSCOHost® CINAHL Complete, MEDLINE Complete e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os seguintes descritores: reproducibility of results; validity of test; validation studies; psychometrics; perceptual disorders; neglect; stroke. Resultados: Foram selecionados 9 estudos, nos quais se identificaram diversos testes que avaliam os distúrbios de perceção em pessoas após Acidente Vascular Cerebral. Conclusões: Os resultados realçam a variabilidade de testes existentes e a importância dos enfermeiros utilizarem na sua prática instrumentos válidos, fiáveis e sensíveis.
- Ombro Doloroso do Hemiplégico: da Prevenção ao TratamentoPublication . Neves, AF; Camões Barbosa, AO ombro doloroso do hemiplégico pode surgir entre duas semanas e quatro meses após o acidente vascular cerebral. Apresenta elevada incidência e tem frequentemente etiologia multifatorial. O seu tratamento constitui um desafio na prática clínica, sendo por vezes a resposta terapêutica pobre, comprometendo os resultados do programa de reabilitação. A abordagem estruturada poderá ajudar a uma melhor resposta terapêutica e contribuir para o sucesso da reabilitação e qualidade de vida do doente. Este trabalho pretende sistematizar a abordagem terapêutica do ombro doloroso do hemiplégico de acordo com os níveis de evidência existentes.
- Propriedades Métricas da Escala Aachen Aphasia TestPublication . Ferreira Gomes, V; Jesus, L; Trindade, S; Coelho, JM; Mota de Sousa, LMNo contexto atual do exercício da profissão de enfermagem, com exigência crescente a nível de eficácia, eficiência e prática baseada na evidência, torna-se imperativa a utilização de instrumentos de avaliação e medida, devidamente validados para as populações que assistem e avaliam. O objetivo deste estudo foi conhecer as propriedades métricas da escala Aachen Aphasia Test (AAT), aplicada a pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, através de bases de dados eletrónicas, nos últimos 5 anos. Selecionaram-se 4 artigos que cumpriam os critérios, relacionados com a temática. Pouca informação foi obtida relacionada com as propriedades métricas da AAT. Apenas um dos artigos aborda informações exatas e referentes às propriedades métricas da sua adaptação para a versão Portuguesa, que de acordo com os autores consultados são robustas, comparáveis às da versão Alemã. Os restantes estudos recorrem a este instrumento como padrão na comparação com outros instrumentos.