Browsing by Author "Fiarresga, A"
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- Aderência às Recomendações para o Tratamento das Síndromes Coronárias Agudas: Evolução ao Longo do TempoPublication . Timóteo, AT; Fiarresga, A; Feliciano, J; Ferreira, ML; Oliveira, JA; Serra, J; Cruz Ferreira, RIntrodução: O tratamento das Síndromes Coronárias Agudas (SCA) sofreu várias alterações muito rápidas nos últimos anos, traduzido nas múltiplas propostas de recomendações pelo ACC/AHA/ESC, baseados na evidência clínica. Avaliamos a implementação destas recomendações, comparando uma população de doentes de 2002, com uma população de 2005. Métodos: Estudo retrospectivo de 368 doentes admitidos em 2002 e 420 doentes admitidos em 2005 por SCA (com e sem elevação do segmento ST). Analisaram-se características clínicas e estratégias de tratamento. Resultados: Não se verificaram diferenças em termos de idade, sexo masculino, factores de risco para doença coronária ou história prévia de revascularização miocárdica. Verificou-se uma redução de doentes com antecedentes de enfarte do miocárdico e insuficiência renal e aumento da apresentação como enfarte com elevação do segmento ST. O tratamento com clopidogrel (6% versus 87%), bloqueador-beta(54% versus 79%), inibidores da enzima de conversão da angiotensina (72% versus 84%) e estatinas (78% versus 91%) aumentou (para todos p<0,001). Por outro lado, verificou-se um pequeno decréscimo na utilização de ácido acetilsalicílico (98% versus 95%, p=0,039) (com maior utilização de clopidogrel) e a ticlopidina deixou de ser utilizada (46% versus 0%, p<0,001). Os antagonistas dos receptores da glicoproteína IIb/IIIa não se alteraram significativamente (66% versus 67%, p=NS). Aumentaram as intervenções coronárias percutâneas (53% versus 67%, p<0,001). Não se verificou diferença em termos de mortalidade hospitalar (8,2% versus 6,4%) e aos 30 dias (9,0% versus. 8,6%), com redução ao 1ºano de seguimento (17,1% versus 11,7%, p=0,039). As estatinas e os bloqueadores beta são preditores independentes de mortalidade, com efeito de protecção. Conclusões: Entre 2002 e 2005, o tratamento das SCA melhorou significativamente de acordo com as recomendações existentes, traduzindo-se numa melhoria da mortalidade ao 1º ano de seguimento.
- Alcohol Septal Ablation in Obstructive Hypertrophic Cardiomyopathy: Four Years of Experience at a Reference CenterPublication . Fiarresga, A; Cacela, D; Galrinho, A; Ramos, R; Sousa, L; Bernardes, L; Patrício, L; Cruz Ferreira, RINTRODUCTION: We describe our center's initial experience with alcohol septal ablation (ASA) for the treatment of obstructive hypertrophic cardiomyopathy. The procedure, its indications, results and clinical outcomes will be addressed, as will its current position compared to surgical myectomy. OBJECTIVE: To assess the results of ASA in all patients treated in the first four years of activity at our center. METHODS: We retrospectively studied all consecutive and unselected patients treated by ASA between January 2009 and February 2013. RESULTS: In the first four years of experience 40 patients were treated in our center. In three patients (7.5%) the intervention was repeated. Procedural success was 84%. Minor complications occurred in 7.5%. Two patients received a permanent pacemaker for atrioventricular block (6% of those without previous pacemaker). The major complication rate was 5%. There were no in-hospital deaths; during clinical follow-up (22 ± 14 months) cardiovascular mortality was 2.5% and overall mortality was 5%. DISCUSSION AND CONCLUSION: The results presented reflect the initial experience of our center with ASA. The success rate was high and in line with published results, but with room to improve with better patient selection. ASA was shown to be safe, with a low complication rate and no procedure-related mortality. Our experience confirms ASA as a percutaneous alternative to myectomy for the treatment of symptomatic patients with obstructive hypertrophic cardiomyopathy refractory to medical treatment.
- Angioplastia Coronária no Enfarte Agudo do Miocárdio: Impacto do Timing da Revascularização na Alternância da Onda TaPublication . Pelicano, NJ; Oliveira, MM; Nogueira da Silva, M; Anão, A; Feliciano, J; Fiarresga, A; Alves, S; Silva, S; Quininha, JEncontra-se bem estabelecido que, na abordagem terapêutica do enfarte agudo do miocárdio (EAM), a trombólise e a angioplastia coronária percutânea (ACTP) permitem diminuir a mortalidade e melhorar o prognóstico, sendo esse benefício tanto maior quanto menor o tempo decorrido entre o evento isquémico e o procedimento terapêutico. No entanto, não está ainda estabelecido qual o impacto que o atraso da implementação dessas terapêuticas tem no desenvolvimento de taquidisritmias ventriculares e por consequência no resultado da alternância da onda T(TWA), que representa um método reconhecido para avaliação da vulnerabilidade ventricular às referidas arritmias. Objectivo: Analisar os resultados da TWA por microvoltagem numa população submetida a ACTP na sequência de EAM e avaliar a influência do timing de revascularização miocárdica nos resultados da TWA. Métodos: Estudámos 79 doentes (67 do sexo masculino; 57 ± 11 anos) consecutivos, admitidos por EAM e sujeitos a revascularização miocárdica por ACTP durante o internamento. A TWA foi avaliada utilizando um aparelho da HeartTwave System (Cambridge Heart, Inc., Bedford, Massachusetts) nos 30 dias pós-EAM. Durante a realização de uma prova de esforço em tapete rolante com protocolo manual, com o objectivo de elevar a frequência cardíaca até aos 110 batimentos por minuto, realizou-se o registo electrocardiográfico através da aplicação de sete eléctrodos standard e outros sete eléctrodos sensores de alta-resolução, especialmente concebidos para redução do «ruído», dispostos segundo as derivações ortogonais de Frank(X,Y, Z). A TWA foi considerada positiva quando se verificou a presença de alternância da onda T de magnitude ³ 1,9 μV de forma consistente e mantida (> 1 minuto), com início para frequências cardíacas < 110 batimentos/minuto ou quando esta alternância se verificou em doentes em repouso. Foi considerada negativa quando se conseguiu obter dados sem artefactos durante pelo menos um minuto, com frequências > 105 batimentos/minuto, sem atingir critério de positividade e indeterminada se não podia ser classificada como positiva ou negativa. Foram excluídos doentes com EAM ou revascularização miocárdica (cirúrgica ou percutânea) prévios, os que apresentavam insuficiência cardíaca congestiva, com fibrilhação auricular, > 10 extrassístoles por minuto, pacemaker definitivo, bradicárdia < 40 bpm, complexos QRS com duração > 130 ms ou sob terapêutica anti-arrítmica. Considerámos como marcador de risco para a ocorrência de eventos arrítmicos ventriculares malignos a presença de TWA positiva ou indeterminada. (TWA «nãonegativa»). Os resultados da TWA foram comparados entre o grupo de doentes submetidos a ACTP nas primeiras 24 horas pós-EAM (Grupo A; n = 45) e o grupo de doentes submetidos a ACTP > 24 horas pós-EAM. (Grupo B; n = 34) Resultados: A TWA foi positiva em 16 doentes (20,2%) e negativa em 56 (70,9%). Em 7 casos (8,9%), o resultado do teste foi considerado indeterminado. A TWA foi «não-negativa» em 29,1% da população. No grupo A a TWA foi “não-negativa” em 9 doentes (20 %) (6 com TWA positiva e três com TWA indeterminada) e negativa em 36 doentes (80 %) e no grupo B foi «não-negativa» em 14 doentes (41%) (10 com TWA positiva e quatro com TWA indeterminada) e negativa em 20 (59 %) (p < 0,05). Não se encontraram diferenças entre os dois grupos no que respeita à fracção de ejecção ventricular esquerda. No seguimento até aos 60 dias após a alta hospitalar não foram documentados eventos arrítmicos ventriculares, síncopes ou óbito. Foram reinternados cinco doentes (7 %) por recorrênciade angor. Conclusões: Numa população de sobreviventes de EAM encontrámos uma prevalência de TWA não negativa de 29 %, apesar da revascularização miocárdica com ACTP. A ACTP, quando efectuada nas primeiras 24 horas após o início do EAM, reduz de forma significativa o número de doentes com TWA não negativa,sugerindo que esta intervenção precoce poderá baixar o risco arrítmico destes doentes e influenciar favoravelmente o prognóstico pós-EAM. O impacto da morte súbita na mortalidade pós-EAM justifica estudos prospectivos de maiores dimensões
- Angioplastia Directa como Terapêutica de Reperfusão no Idoso Acima dos 75 AnosPublication . Feliciano, J; Fiarresga, A; Timóteo, AT; Pelicano, NJ; Cacela, D; Cruz Ferreira, R; Ferreira, ML; Gonçalves, JM; Quininha, JIntrodução: A angioplastia primária é a terapêutica de reperfusão com melhores resultados no enfarte agudo do miocárdio (EAM). Este facto assume particular relevância na população acima dos 75 anos, em que o risco hemorrágico relacionado com a trombólise se associa ao acréscimo de mortalidade condicionado pela idade. Objectivos: Avaliar em doentes com síndrome coronário agudo (SCA) com supradesnivelamento do segmento ST e submetidos a angioplastia directa, a influência da idade nos resultados, incluindo evolução clínica, morbilidade e mortalidade intrahospitalar. População e métodos: Análise retrospectiva de 245 doentes consecutivos admitidos entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2001 por SCA com supradesnivelamento ST, com idades entre os 31 e 90 anos (63+-13), submetidos a angioplastia primária. Destes, 46 doentes (18,8%) com idade superior a 75 anos foram comparados com os restantes. Avaliaram-se os seguintes parâmetros: factores de risco cardiovascular – hipertensão arterial (HTA), diabetes mellitus (DM), tabagismo, dislipidémia, história familiar -, antecedentes de angina ou EAM e angioplastia prévia; extensão de doença coronária, resultados, evolução clínica e mortalidade intrahospitalar. Resultados: Nos doentes com idade superior a 75 anos, o sexo feminino foi predominante (26 doentes, 56,5%), assim como a existência de HTA, angina e DM tipo2, embora sem significado estatístico. O tabagismo foi mais prevalente em idades inferiores (54,3% vs 13%;p<0,001), assim como EAM antigo (p<0,05). A taxa de sucesso primário global foi de 96,7% (93,5% no grupo acima de 75 anos). A doença de 3 vasos foi significativamente mais frequente na população idosa (41,3% vs 26,2%; p<0,05); a utilização de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa foi menor (80,4% vs 91%;p<0,05). A evolução em classe clínica Killip (KK) foi mais favorável no grupo com menos de 75 anos (KKI: 88,4% vs 69,8%;p<0,001). Dos eventos estudados, observámos na população idosa maior ocorrência de complicações hemorrágicas minor (3,5% vs 13,0%; p<0,05) e de morte intrahospitalar (4,5% vs 19,6%; p<0,001). Conclusão: A angioplastia primária mantém nesta população uma taxa de sucesso primário semelhante. A maior incidência de complicações hemorrágicas implica um maior cuidado na selecção da terapêutica antitrombótica adjuvante. A mortalidade significativamente mais alta neste grupo etário mantém-se, mesmo quando a angioplastia é o método de reperfusão escolhido.
- Associations Between Perfusion Defects, Tissue Changes and Myocardial Deformation in Hypertrophic Cardiomyopathy, Uncovered by a Cardiac Magnetic Resonance Segmental AnalysisPublication . Brás, P; Aguiar Rosa, S; Thomas, B; Fiarresga, A; Cardoso, I; Pereira, R; Branco, G; Cruz, I; Baquero, L; Cruz Ferreira, R; Mota Carmo, M; Rocha Lopes, LBackground: Microvascular dysfunction is an often overlooked feature of hypertrophic cardiomyopathy (HCM). Our aim was to assess the association between microvascular dysfunction, wall thickness, tissue characteristics and myocardial deformation in HCM patients, by analyzing individual myocardial segments. Methods: Prospective assessment including cardiac magnetic resonance to assess wall thickness, T1 and T2 mapping, extracellular volume, late gadolinium enhancement (LGE) and stress perfusion. Results were stratified according to the 16 American Heart Association segments. Results: Seventy-five patients were recruited (1200 segments), 63% male, mean age 54.6±14.8 years, maximal wall thickness of 20.22±4.6 mm. Among the 424 segments (35%) with perfusion defects, 24% had defects only in the endocardial layer and 12% in both endocardial and epicardial layers. Perfusion defects were more often detected in hypertrophied segments (64%). Among the 660 segments with normal wall thickness, 19% presented perfusion defects. Independently of wall thickness, segments with perfusion defects had a higher T1 (β-estimate 30.28, p<0.001), extracelluar volume (β-estimate 1.50, p<0.001) and T2 (β-estimate 0.73, p<0.001) and had late gadolinium enhancement more frequently (odds ratio 4.16, p<0.001). Higher values of circumferential strain (lower deformation) and lower values of radial strain were found in segments with perfusion defects (β-estimate 2.76, p<0.001; and β-estimate -10.39, p<0.001, circumferential and radial strain, respectively). Conclusion: While microvascular dysfunction was more prevalent in more hypertrophied segments, it also had a major presence in segments without hypertrophy. In this segmental analysis, we found an association between the presence of ischemia and tissue abnormalities, replacement fibrosis as well as impaired strain, independently of the segmental wall thickness.
- Blunted Coronary Flow Velocity Reserve is Associated With Impairment in Systolic Function and Functional Capacity in Hypertrophic CardiomyopathyPublication . Aguiar Rosa, S; Rocha Lopes, L; Branco, L; Galrinho, A; Fiarresga, A; Thomas, B; Brás, P; Gonçalves, A; Cardoso, I; Papoila, A; Alves, M; Rio, P; Cruz, I; Selas, M; Silva, F; Silva, A; Cruz Ferreira, R; Mota Carmo, MBackground Coronary microvascular dysfunction constitutes an important pathophysiological feature in hypertrophic cardiomyopathy (HCM). We aimed to assess the association between impaired coronary flow velocity reserve (CFVR) and ventricular systolic function and functional capacity. Methods Eighty-three patients with HCM were enrolled in this prospective cohort study. Patients underwent echocardiogram to evaluate ventricular performance and CFVR in the left anterior descending artery (LAD) and posterior descending artery (PD). Diastolic coronary flow velocity was measured in basal conditions and in hyperemia. CFVR was calculated as the ratio of hyperemic and basal peak diastolic flow velocities. Functional capacity was evaluated by cardiopulmonary exercise testing (CPET). The link between CFVR and biventricular systolic function and peak VO2 was studied. Results Age was 55.0(14.4)years, 50 patients (60%) were male; 59 patients (71%) had nonobstructive HCM. Mean CFVR LAD was 1.81(0.49) and CFVR PD was 1.73(0.55). Lower CFVR PD was associated with impaired global longitudinal strain (GLS) 2D (β-estimate:-3.240,95%CI:-4.634;-1.846, p < 0.001), GLS 3D (β-estimate:-2.559,95%CI:-3.932;-1.186, p < 0.001) and area strain (β-estimate:-3.044,95%CI:-5.373;-0.716, p = 0.011). Lower values of CFVR PD related to worse global work index (β-estimate:267.824,95%CI:75.964;459.683, p = 0.007), global constructive work (β-estimate:217.300,95%CI:38.750;395.850, p = 0.018) and global work efficiency (β-estimate:5.656,95%CI:2.229;9.084, p = 0.002). Impaired CFVR LAD (β-estimate:2.826, 95%CI:0.913;4.739, p = 0.004) and CFVR PD (β-estimate:2.801,95%CI:0.657;4.945, p = 0.011) were associated with lower TAPSE. Lower values of CFVR LAD (β-estimate:2.580, 95%CI:0.169;4.991, p = 0.036) and CFVR PD (β-estimate:3.163, 95%CI: 0.721;5.606, p = 0.012) were associated with worse peak VO2. Conclusion Lower CFVR was associated with impairment in biventricular systolic function parameters and functional capacity assessed by pVO2.
- Cardiogenic Shock in Acute Myocardial Infarction: Stratify to PreventPublication . Fiarresga, A
- Complicações Hemorrágicas e/ou Tromboembólicas em Doentes sob Anticoagulação Oral Regularmente Seguidos em Consulta DiferenciadaPublication . Pelicano, NJ; Branco, LM; Pinto, A; Sá, A; Timóteo, AT; Feliciano, J; Fiarresga, A; Agapito, AF; Palma, C; Quininha, JA consulta de hipocoagulação de um hospital central contempla uma população bastante diversificada, pelo que uma melhor compreensão das características da mesma, poderá levar à melhoria da prestação de cuidados de saúde e à diminuição do número de complicações tromboembólicas (resultantes da patologia base) e hemorrágicas [resultantes da própria terapêutica anticoagulante (ACO)]. Objectivos: Avaliar as características da população que frequenta a consulta de hipocoagulação e analisar quais podem predizer um maior risco de complicações. Métodos: Utilizaram-se os dados colhidos por um médico através de um questionário colocado a doentes durante a consulta de hipocoagulação. Foram efectuados 101 questionários e avaliaram-se as características demográficas (sexo, idade, escolaridade, grau de analfabetismo), os factores de risco clássicos para doença coronária, o diagnóstico que levou ao início da ACO, a duração da ACO, a periodicidade da determinação e valores mínimos, máximos e à data do questionário de INR e as complicações desta terapêutica. Consideraram-se como complicações o aparecimento de fenómenos hemorrágicos e/ou tromboembólicos, no decurso da terapêutica hipocoagulante. Resultados: Foram estudados 101 doentes, 74 do sexo feminino (73,3%), com idade média de 6410 anos (21-85). A população analisada tinha 4,5 ± 3,5 anos de escolaridade, com 15% de analfabetismo. A maioria dos doentes iniciou ACO após colocação de prótese valvular mecânica (56,4%). Em cada doente existia em média 1 factor de risco para doença coronária. O número de meses de ACO era de 99,489 (1-360). Sessenta e seis doentes (65,3%) conheciam o motivo pelo qual iniciaram esta terapêutica. Cada doente tinha efectuado 1,20,6 determinações de INR por mês e tinha, em média, um tempo máximo sem verificação do mesmo de 6,210,4 semanas. Quarenta e cinco doentes sofreram alguma complicação tromboembólica e/ou hemorrágica no decurso da terapêutica ACO. Ocorreram 50 complicações hemorrágicas, em 41 doentes, das quais 7 motivaram internamento. Detectaram-se 7 episódios de tromboembolismo central ou periférico, em 7 doentes. Posteriormente, dividiu-se a população em dois grupos: grupo I – com complicações (GI) e grupo II – sem complicações (GII). GI – 45 doentes, idade média 63,59,1 anos (39-80) e GII – 56 doentes, idade média 64,711,3 anos (21-85). Nos doentes que iniciaram ACO por prótese mitral detectou-se um maior número de complicações (60,6% no GI e 39,4% no GII, p=0,024). Também nos doentes com INR máximo recomendado > 3 (55,2% no GI e 44,8% no GII, p=0,013) e nos que tinham sido sujeitos a terapêutica estomatológica (68,3% no GI e 31,7% no GII, p<0,001) se verificou um maior número de complicações. A duração da ACO foi o factor mais significativo para o aparecimento de complicações (GI – 138,196,5 meses, GII – 67,868,2 meses, p <0,00005). Na análise multivariada apenas a duração da ACO se manteve como factor preditivo independente. Conclusões: Na população existe uma percentagem importante de doentes com baixa escolaridade, que se poderá repercutir sobre a compreensão desta terapêutica específica, não tendo contudo, neste estudo, revelado influência significativa na taxa de complicações. O aparecimento de complicações durante a terapêutica anticoagulante é dependente da duração desta, do valor do INR máximo recomendado e da realização ou não de procedimentos estomatológicos, sendo o primeiro factor o mais significativo.
- Degenerescência Caseosa da Calcificação do Anel Mitral: Revisão a Propósito de Seis CasosPublication . Fernandes, RM; Branco, LM; Galrinho, A; Timóteo, AT; Tavares, A; Feliciano, J; Oliveira, R; Fiarresga, A; Mamede, A; Banazol, N; Roquette, J; Cruz Ferreira, RCaseous calcification of the mitral annulus is a rare form of mitral annular calcification, whose etiology is not completely understood and which can lead to an erroneous diagnosis of intracardiac tumor. The authors describe the cases of six patients, five of them female, mean age 74.8 +/- 6.4 years (65-81). Four patients presented with heart failure, two with atrial fibrillation and five with hypertension. Round, echogenic images, 18-26 mm in their largest diameter with a central echolucent area, were identified by transthoracic echocardiography on the lateral and posterior segments of the mitral annulus. Severe mitral regurgitation was also found in four patients. Only three patients with severe mitral regurgitation and heart failure were operated on, and one patient refused surgical treatment. A caseous mass, similar to toothpaste, was obtained from the mitral annulus zone during surgery.