EST - Comunicações e Conferências
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- Dentes Verdes: a Propósito de Três Casos ClínicosPublication . Mussá, Y; Ramazanova, A; Prates, M; Pereira, A; Martins, A
- Disfunção Temporomandibular como Síndrome Inaugural de Artrite Idiopática JuvenilPublication . Ribeiro, N; Fonseca, L; Fernandes, F; Pinheiro, J; Proença, FA artrite idiopática juvenil abrange um grupo vasto de doenças articulares inflamatórias de causa desconhecida, com aparecimento antes dos 16 anos de idade. A articulação temporomandibular está envolvida na Artrite Idiopática Juvenil em mais de 80% dos casos, embora assintomática em 70% destes. Este trabalho relata um caso de uma doente de 15 anos, previamente saudável, com antecedentes de tratamento ortodôntico, que inicia sintomatologia de disfunção temporomandibular. Devido ao início súbito e insidioso, à idade da doente e à escassez dos presumíveis fatores de risco da doença, procurou-se avaliar a hipótese de componente de autoimunidade que, não sendo ainda positivada desde logo, acabou por se confirmar com o diagnóstico de Artrite Idiopática Juvenil, num contexto de outro episódio artrítico de outra articulação. A doente encontra-se medicada com metrotrexato, a fazer com fisioterapia dirigida e terapêutica conservadora com goteira de estabilização oclusal com melhoria significativa da sintomatologia. O recente reconhecimento da prevalência elevada de artrite temporomandibular em crianças com Artrite Idiopática Juvenil, associada com a morbilidade relativa à articulação deve preocuparmo-nos enquanto clínicos a estar atentos à possibilidade de existência de Disfunção Temporomandibular, mesmo que assintomática, em doentes com Artrite Idiopática Juvenil, ou vice-versa, e investigá-las e tratá-las em conformidade.
- Displasia Cimento Óssea Florida: Apresentação Rara de um Problema ComumPublication . Prates, M; Zagalo, C; Tavares, AT; Pereira, A; Martins, J; Figueiredo, LIntrodução A displasia cimento-óssea (DCO) é a lesão fibro-óssea mais comum. Pensa-se que a DCO tem origem no ligamento periodontal. Outros acreditam que tem origem num defeito da remodelação óssea desencadeada por lesões locais. Com base nas características clínicas e radiográficas, as DCO dividem-se em focal, periapical e florida. A DCO florida caracteriza-se por um envolvimento multifocal não limitado aos segmentos anteriores. Esta forma afecta sobretudo mulheres melanodérmicas com particular incidência nos adultos de meia-idade e idosos. Caracteriza-se por lesões bilaterais e por vezes simétricas. Normalmente estas lesões são assintomáticas podendo tratar-se de achados radiográficos. Noutros casos pode haver dor ligeira, fístulas alveolares e exposição óssea. Raramente pode haver expansão óssea. Radiograficamente, apresentam um padrão semelhante às outras formas de DCO. Inicialmente as lesões são radiotransparentes, adquirindo um padrão misto e posteriormente tornam-se radiopacas com halo radiotransparente. Caso Clínico Mulher, 53 anos, originária da Índia, com Diabetes Mellitus tipo 2. Vai a consulta de Cirurgia de Cabeça e Pescoço no IPO Lisboa enviada pelo médico de família com a informação de ser seguida em Oncologia na Índia por “neoplasia óssea com atingimento a nível de mandíbula e maxilar superior com destruição óssea progressiva”. Clinicamente refere desde há 20 anos parestesias na hemimandíbula esquerda com instalação de dor há 10 anos. Com recente irradiação da dor para a nuca. À observação tem gengivite tartárica, sem outras alterações. Traz consigo duas TC-Cone Beam (2012 e 2017) que mostram a existência e evolução de cinco lesões junto às regiões de 13-14, 23-25, 33, 36 e 46. As múltiplas lesões eram sugestivas do diagnóstico de DCO florida. Pediu-se TC Maxilofacial e manteve-se a sob vigilância medicando-se sintomaticamente. Discussão e Conclusões Nas DCO periapical e florida, os achados clínicos e radiográficos permitem fazer um diagnóstico presuntivo. As características da DCO focal são menos específicas e por isso a biopsia pode ser necessária. A DCO não tem natureza neoplásica e geralmente não requer remoção sendo que para um paciente assintomático a reavaliação periódica e o controlo da doença periodontal estão indicados. Raramente, estas lesões apresentam um crescimento progressivo (displasia óssea expansiva) com necessidade de remoção. Em geral, o prognóstico é bom. O desenvolvimento de sarcomas em áreas de DCO está relatado mas é muito raro.
- Iatrogenia num Caso de 6º Impactados nos 5ª DecíduosPublication . Pereira, A; Martins, J; Pinheiro, J; Prates, M; Mussá, Y
- Infeção da Cavidade Oral Associada a Ventilação Não InvasivaPublication . Prates, M; Tavares, AT; Pereira, A; Mussá, Y; Martins, J; Fernandes, F
- Leucoeritroplasias - Lesões com Potencial MalignoPublication . Fonseca, L; Pinheiro, J
- Neoplasia das Glândulas Salivares Pode Simular Patologia Odontogénica Comum. A Propósito de um Caso Clínico de Adenoma PleomórficoPublication . Fonseca, L; Ribeiro, N; Pinheiro, J; Fernandes, F; Proença, F; Araújo, CO ademona pleomórfico é responsável por cerca de 50% das neoplasias benignas das glândulas salivares menores. Apresenta-se normalmente como uma massa firme, de crescimento lento e indolor. Este trabalho pretende relatar um caso de adenoma pleomórfico em doente do sexo masculino, de 32 anos, previamente medicado com antibiótico por suspeita de abcesso odontogénico. À observação por Estomatologia apresentava massa palatina justa 2.5, com 4 semanas de evolução, de consistência duro-elástica e dolorosa a palpação. Após exclusão de causa odontogénica, procedeu-se a biópsia incisional que confirmou o diagnóstico de adenoma pleomórfico, tendo sido realizada a excisão da lesão com inclusão do periósteo subjacente. Até a data não há indícios de recidiva.
- Pênfigo VulgarPublication . Leão Mendes, N; Fernandes, A; Proença, F; Cabete, J; João, AIntrodução: O pênfigo vulgar é uma doença auto-imune rara caracterizada pelo aparecimento de bolhas ou vesículas nas mucosas e na pele que rompem rapidamente, resultando em erosões. Atinge ambos os sexos e qualquer grupo étnico, ocorrendo geralmente em grupos etários mais tardios. Os autoanticorpos circulantes do tipo IgG atuam contra componentes dos complexos desmossomo-tonofilamentos epiteliais, designadamente a desmogleina 3, resultando na rutura das junções intercelulares com perda de adesão entre os queratinócitos ou outras células epiteliais. História clínica: E.S.S.E., 82 anos, sexo feminino, caucasiana. AP: Irrelevantes Desde Agosto 2014 refere aparecimento de eritema, ardor e prurido ocular. Cerca de uma semana depois refere aparecimento de erosões em toda a cavidade oral, com odinofagia e disfagia para líquidos e sólidos, acompanhada de febre (38ºC) sem padrão específico. Foi observada por vários clínicos, tendo efetuado múltiplas terapêuticas sem qualquer benefício clínico. Neste período de tempo refere diminuição do peso por não se conseguir alimentar, sem anorexia. Negava astenia ou adinamia. Referia perdas hemáticas genitais ocasionais, em relação com prolapso uterino, motivando ainda prurido e ardor locais. Negava introdução de novos medicamentos nos meses antes do aparecimento das lesões. Foi internada em Outubro pela Gastrenterologia por úlceras orais refratárias à terapêutica. Foi observada pela Dermatologia que, perante erosões da mucosa oral com sinal de Nikolsky e conjuntivite, colocou a hipótese diagnóstica de Pênfigo Vulgar. Foi submetida a biopsia cutânea e doseamento de anticorpos anti-desmogleína 3. Os achados clínicos, a evidência de bolha intraepidérmica com acantólise e um doseamento de anticorpos anti-desmogleína 3 positivos (124 RU/mL) permitiram confirmar o diagnóstico de Pênfigo vulgar. Iniciou prednisolona 1 mg/Kg/dia mg/dia associada a fluticasona e analgesia tópicas. A resposta parcial à corticoterapia sistémica determinou a associação a azatioprina 2mg/Kg/dia, após o que se verificou melhoria progressiva do quadro clínico. Relatório de Histologia Descrição Microscópica: Bolha suprabasal com acantólise. Infiltrado inflamatório misto na submucosa. Achados compatíveis com pênfigo vulgar. Conclusão: O pênfigo vulgar é uma dermatose bolhosa autoimune infrequente que deve ser considerada na presença de estomatite refratária à terapêutica.
- Próteses Dentárias Implanto-Suportadas Aparafusadas e CimentadasPublication . Leão Mendes, NA escolha entre usar o sistema aparafusado ou cimentado deve ser baseada no conhecimento e na experiência do profissional, bem como nas necessidades do paciente. Assim, deverá ser obtido um plano de tratamento criterioso e personalizado de acordo com as particularidades de cada caso clínico.
- Recidiva de Tumor Odontogénico Queratoquístico nos Tecidos MolesPublication . Fonseca, L; Coutinho, F; Pinheiro, J; Fernandes, A; Malheiro, R; Carvalho, R1) Introdução: O Tumor Odontogénico Queratoquístico é um tumor benigno, uni ou multiquístico, localmente agressivo, com tendência à multiplicidade. Dada a taxa de recorrência, de 3 a 60%, têm sido propostos atos adjuvantes, acrescidos à enucleação, como a curetagem ou ostectomia marginal, a excisão da mucosa suprajacente, a complementação por crioterapia com azoto líquido ou recurso à Solução de Carnoy, até à ressecção em bloco da lesão envolta em osso. Os fatores que determinam a recidiva, ainda incertos, poderão relacionar-se com a atividade mitótica mais elevada nesta lesão, a presença de papilas epiteliais ou quistos filhos, ou um epitélio muito friável, que torna difícil não deixar fragmentos na loca durante a enucleação. Entre outras vantagens, as alterações histológicas decorrentes da descompressão, parecem estar relacionadas com menor recidiva. O Tumor Odontogénico Queratoquístico dos tecidos moles ou Queratoquisto Odontogénico Periférico, raro como evento primário, impõe enquanto recidiva a necessidade de otimização da terapêutica conservadora. 2) Descrição do Caso Clínico: Doente de 16 anos, com história de Tumor Odontogénico Queratoquístico do 4º quadrante, havia 2 anos, altura em que foi submetida a enucleação com curetagem óssea periférica, após descompressão pré-cirúrgica. Em follow-up, surge nova radiotransparência no 4º quadrante. Radiologia intra-oral sem alterações ósseas evidentes. Na exploração cirúrgica, reconheceu-se a inexistência de cortical externa e a presença de uma única loca óssea íntegra, preenchida por lesão recidivante ou quisto filho, proveniente dos tecidos moles, que foi totalmente excisado. Sem recidiva até à data. 3) Discussão e Conclusões: A terapêutica do Tumor Odontogénico Queratoquístico permanece controversa, ainda que seja bem aceite a abordagem primária conservadora, com ou sem atos terapêuticos adjuvantes. A grande vantagem do tratamento conservador é a preservação das estruturas anatómicas, sobretudo nas idades mais precoces para minimizar prejuízos no crescimento e desenvolvimento faciais. Várias terapêuticas adjuvantes têm sido advogadas, em associação à enucleação ou anteriores a esta, para diminuição das taxas de recidiva. A evidência atual, a partir de meta-análise (Al-Moraissi EA et al) indica que a excisão da mucosa suprajacente ao queratoquisto, diminui a recidiva do mesmo, especificamente nas regiões do trígono retromolar, maxilar posterior e em lesões perfurantes das corticais, quando associada à enucleação e ao uso de Solução de Carnoy ou azoto líquido (quando indicado).