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  • Existe Associação entre Acufeno e Disfunção Temporomandibular?
    Publication . Oliveira, M; Barros, C; Caixeirinho, P; Chantre, T; Moreira, I; Proença, F; Sousa, H
    A coexistência frequente de acufeno e distúrbios da articulação temporomandibular e dos músculos da mastigação (DTM) levou à suposição de que existe uma relação entre as duas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de acufeno em doentes com DTM e os efeitos do tratamento desta sobre o acufeno. Foram incluídos 57 doentes seguidos em consulta de Estomatologia - DTM no ano 2021 e primeiro semestre de 2022. Foi questionada a presença de acufeno e aplicado o questionário Tinnitus Handicap Index (THI). 72% tiveram 1 ou mais episódios de acufeno. 89,5% eram do sexo feminino e verificaram-se 2 picos de incidência na faixa etária entre os 18-30 (21,1%) e os 41-50 anos (24,6%). Em 85,4% dos doentes o acufeno era intermitente e 41,5% grau reduzido. Foi encontrada associação entre a lateralidade do acufeno e da DTM (p<0.001). 67% melhorou o acufeno após terapêutica para DTM (p= 0.0135).
  • Variabilidade de Apresentação do Tumor de Células Claras: Relato de Casos Clínicos
    Publication . Veiga, F; Nogueira, A; Rito, M; Martins, M; Zagalo, C; Gomes, P
    O cancro afeta signifcativamente a população mundial, tendo sido estimado, em 2018, que o Cancro da Cabeça e Pescoço seria o sétimo mais prevalente. As células claras podem ser resultado de diferentes processos fsiológicos e são encontradas em diversos tumores benignos e malignos. Embora sejam raras nos tumores da cabeça e pescoço, são encontradas maioritariamente nas glândulas salivares. Os tumores de células claras da cabeça e pescoço, nomeadamente o Carcinoma Hialinizante de Células Claras e o Carcinoma Odontogénico de Células Claras são tumores malignos, morfologicamente e geneticamente semelhantes, com impacto funcional, psicológico, social e estético nestes doentes. Os exames histopatológicos e imuno-histoquímicos são fundamentais para distinguir as lesões de células claras de outros diagnósticos diferenciais. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a variabilidade clínica de apresentação associada à sobreposição imuno-histoquímica destes dois tipos de tumores de células claras da cabeça e pescoço.
  • Brain Abscess: a Rare Clinical Case with Oral Etiology
    Publication . Rocha Pereira, A; Tavares, AT; Prates, M; Ribeiro, N; Fonseca, L; Marques, MR; Proença, F
    Brain abscess is a very rare condition but has a significant mortality rate. The three main routes of inoculation are trauma, contiguous focus, and the hematogenous route. The odontogenic focus is infrequent and is usually a diagnosis of exclusion. This paper presents a brain abscess case proven to be of dental origin, caused by Actinomyces meyeri and Fusobacterium nucleatum. This case highlights the risk underlying untreated dental disease and why oral infectious foci removal and good oral health are essential in primary care.
  • Pilomatrixoma Recurring As Giant Form
    Publication . Tavares, AT; Neiva-Sousa, M; Semedo, C; Martins, M; Gomes, P
    Pilomatrixoma is a benign skin tumor that originates from the hair matrix. It usually appears in children and young adults and is preferably in the head and neck region. It clinically presents as an asymptomatic firm, solitary subcutaneous mass of less than 3 cm. When located in the preauricular area, it is often misdiagnosed as benign or malignant parotids, skin tumors, or sebaceous cysts. Its treatment of choice is surgery, and recurrence is due to incomplete excision. We present a case of a male referred to our hospital with a diagnosis of recurrent pilomatrixoma in its giant form. The lesion was fully excised with no signs of recurrence and no functional impairment.
  • A Case Report of a Sclerotic Fibroma of the Oral Mucosa
    Publication . Figueiredo, L; Leite, PM; Varela, M; Veiga, F; Fernandes, A
    Sclerotic fibroma, also known as storiform collagenoma, is a rare benign tumor that grows on the skin, but it can also appear, less frequently, in the oral mucosa. It can present as part of Cowden syndrome manifestation, especially when multiple lesions are encountered, but it may also appear as a solitary, sporadic lesion in healthy individuals. We describe a patient, diagnosed with Cowden syndrome, who presented with a sclerotic fibroma in the oral mucosa, which is a very uncommon manifestation of Cowden syndrome.
  • A Rare Case of Pleural Empyema Caused by Campylobacter Rectus
    Publication . Figueiredo, L; Ferrão, J; Ferreira, C; Fernandes, A; Costa, MJ
    Campylobacter rectus is considered to be a primary periodontal pathogen that is rarely identified in extraoral specimens. We report a case of pleural empyema caused by Campylobacter rectus: the pathogen was isolated in the drained pleural fluid sample. Since the patient had previously undergone multiple antibiotic treatments, oral cultures were highly unlikely to be positive, although poor dental hygiene appears to be the leading risk factor for C. rectus systemic infections. The present case illustrates that C. rectus can be a cause of not only periodontal disease but also pulmonary infection.
  • Retrospective Study of 114 Free Flaps for Head and Neck Oncological Reconstruction in a Portuguese Tertiary Cancer Center
    Publication . Silva, A; Caixeirinho, P; Vilares, M; Semedo, C; Martins, M; Zagalo, C; Casal, D
    Introduction: The Portuguese experience in microsurgical reconstruction of the head and neck after oncological surgery is scantly described. The primary aim of this study was to characterize the use of microvascular reconstruction after head and neck tumor resection in a Portuguese tertiary oncological centerMaterial and Methods: The authors retrospectively evaluated 114 microvascular free flap procedures performed for head and neck reconstruction after oncological resection in a department of Head and Neck Surgery of a Portuguese tertiary oncological center. Patients were operated on from January 2012 to May 2018. Data on patient demographic features, tumour characteristics, perioperative complications, postoperative aesthetic and functional results, survival time and time to recurrence were extracted. Results: Most tumours mandating microsurgical reconstruction were mucosal squamous cell carcinomas (85%) and were located in the oral region (95.6%). Around 45% of the patients had a T4a tumour and 30% a T2 tumour. Cervical metastases were present in 45.6% of the cases. The radial forearm flap and the fibular flap were the most commonly used microsurgical reconstructive options (58% and 41%, respectively). More than 80% of patients had no post-operative complications. Partial necrosis of the flap occurred in 6.1% of patients, while total flap necrosis occurred in 3.5% of cases. Aesthetic and functional results were considered at least satisfactory in all patients in which the flaps survived. Discussion: This study is by far the largest series of microsurgical head and neck reconstruction after oncological surgery reported by a single tertiary centre in Portugal. Survival and functional benefits are similar to those reported in other large oncological centres in the world. Conclusion: Microvascular reconstruction seems like a reliable treatment option in head and neck oncological surgery at our institution.
  • Oral Infection Caused by Stenotrophomonas maltophilia: A Rare Presentation of an Emerging Opportunistic Pathogen
    Publication . Prates, M; Fernandes, F; Proença, F; Mussá, Y; Tavares, A; Pereira, A
    Stenotrophomonas maltophilia is an emerging multidrug-resistant opportunistic pathogen with an increasing incidence of nosocomial and community-acquired infection cases, mainly in immunocompromised individuals. Oral cavity infections are rare. To learn more about this infection, a case of oral cavity infection caused by S. maltophilia in an immunosuppressed patient under ventilatory therapy has been presented. The patient presented with multiple nonpainful erosive lesions of the tongue, palate, and oral mucosa. A smear of the oral lesions was performed that revealed the presence of S. maltophilia and Candida albicans, and the patient was treated with fluconazole and sulfamethoxazole associated with trimethoprim in accordance with the antimicrobial susceptibility testing. After 14 days of antibiotic therapy, there were almost no signs of the previous lesions.
  • Fibroma Periférico: Quando o Subtipo Influencia o Resultado
    Publication . Tavares, AT; Pereira, A; Proença, F; Figueiredo, L; Prates, M; Varela, MC
    Introdução O fibroma periférico ossificante é uma entidade relativamente comum, correspondendo a 9% de todas as tumefações gengivais. É caracterizada por uma neoformação reativa com aumento do volume gengival e um padrão histomorfológico específico. A etiologia é desconhecida, embora seja colocada a hipótese que tenha origem no ligamento periodontal, córion gengival ou periósteo. Também está documentado que pode representar uma maturação de um granuloma telangiectásico ou granuloma periférico de células gigantes preexistentes. Localiza-se, em 60% dos casos, na maxila e mais de 50% dos casos ocorrem na região dos incisivos e caninos. Atinge sobretudo crianças e adultos jovens e tem predileção pelo sexo feminino. A sua apresentação típica é uma massa firme, com 0,5 a 2 cm de diâmetro, bem definida, séssil ou pediculada. Normalmente a lesão é coberta por epitélio normal, mas pode ulcerar ao longo da evolução, com variação da coloração entre rosa e vermelha. Histopatologicamente, apresenta-se como uma proliferação fibroblástica com componente mineralizado, como osso, cimento ou calcificação distrófica. Pode ainda apresentar infiltrado inflamatório crónico e células gigantes multinucleadas. O seu correspondente central é designado por fibroma ossificante: uma lesão localmente agressiva que pode levar à destruição óssea acentuada e à lesão de estruturas vasculonervosas circundantes. Apesar do bom prognóstico após excisão cirúrgica, o fibroma periférico ossificante tem uma elevada taxa de recidiva quando não excisado por completo. Com este caso clínico pretendemos demonstrar a importância do diagnóstico histológico que permitiu a deteção precoce da recidiva. Caso Clínico Mulher de 33 anos, saudável, recorre ao Serviço de Urgência do Hospital de São José em fevereiro de 2019 por tumefação da gengiva do 4º quadrante, sem saber especificar o início de aparecimento e sem qualquer outra sintomatologia associada. Objetivamente apresentava múltiplas raízes retidas e identificou-se uma tumefação gengival avermelhada, não ulcerada, não sangrante e indolor à palpação, com 2cm de maior eixo, na face vestibular do 4º quadrante, adjacente às raízes do 4.6 e 4.7. Foi requisitada uma Ortopantomografia que revelou apenas raízes retidas de 3.6, 3.7, 4.6 e 4.7. Após rotinas laboratoriais sem alterações, a doente foi submetida a exodontia do dente 4.8 e raízes de 4.6 e 4.7. Concomitantemente realizou-se uma biópsia excisional da lesão do 4º quadrante, associada a uma curetagem dos ligamentos periodontais e periósteo e antibioterapia (Amoxicilina 1g: 1 comprimido de 8 em 8 horas). Posteriormente extraíram-se as raízes de 3.6 e 3.7. O resultado anatomopatológico foi “Fibroma ossificante”. Na consulta de reavaliação em setembro apresentava novamente e na mesma localização uma lesão ulcerada, não sangrante e indolor à palpação com cerca de 1,5cm de maior eixo, com 1 mês de evolução. Pediu-se nova Ortopantomografia que revelou alvéolos livres exceto nos dentes remanescentes, sem qualquer lesão intraóssea. Procedeu-se a nova biópsia excisional com regularização do rebordo alveolar. O Serviço de Anatomia Patológica comparou estes fragmentos com aqueles obtidos na primeira biópsia tendo concluído: “Fibroma periférico. Lesão do tipo ossificante (porção central) e do tipo células gigantes (porção periférica). A celularidade do estroma aponta para variante juvenil. A lesão interessa as margens”. Após 18 dias a doente estava assintomática, a ferida operatória com boa evolução cicatricial e agendou-se consulta de reavaliação aos 3 meses. Discussão e Conclusão Os fibromas periféricos são lesões hiperplásicas reativas que ocorrem exclusivamente na gengiva. O fibroma periférico ossificante é o subtipo com maior frequência de recidiva, sendo fundamental o seguimento periódico de doentes com este diagnóstico. Apesar da Ortopantomografia não apresentar lesões ósseas, o resultado histopatológico inicial podia levar-nos a suspeitar da variante central do fibroma ossificante. Dadas as características agressivas desta lesão, a consulta de reavaliação foi agendada numa cronologia que nos permitiu a deteção precoce da recidiva. A comparação das lâminas entre a primeira e segunda biópsias foi essencial para um diagnóstico definitivo. Não obstante apresentar algumas características celulares mais frequentemente observáveis no fibroma ossificante juvenil, a classificação desta lesão como fibroma periférico permitiu-nos uma abordagem mais conservadora, sem compromisso do prognóstico. A doente encontra-se assintomática e com consultas periódicas no Serviço de Estomatologia do Hospital de São José.