Browsing by Author "Farela Neves, J"
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- Acroparestesias, Diarreia e Dor Abdominal Recorrente – a Importância do “Awareness” no Diagnóstico da Doença RaraPublication . Freitas, J; Ferreira, AC; Vieira, JP; Candeias, F; Brito, MJ; Ramos, M; Farela Neves, J; Oliveira, L; Antunes, D; Sequeira, SIntrodução: A doença de Anderson-Fabry é uma doença hereditária ligada ao cromossoma X causada pela deficiência da enzima lisossomal alfa-galactosidase com acumulação de globotriaosilceramida e comprometimento multissistémico progressivo. No sexo masculino, manifesta-se geralmente na infância e adolescência com acroparestesias, angioqueratomas e sintomas gastrointestinais, evoluindo na idade adulta precoce com complicações cardíacas, neurológicas e renais. Caso clínico: Jovem de 14 anos, sexo masculino, internado por infeção respiratória. Na história clínica constatou-se quadro com cinco anos de evolução de dor abdominal intermitente, diarreia crónica e episódios recorrentes de dor nas mãos e pés, tipo queimadura, agravados pela febre. O tio materno tinha um quadro clínico semelhante. Foi feita investigação reumatológica, gastrointestinal, auto-imune, neurológica e genética, mas foi o “awareness” diagnóstico para esta entidade que motivou o pedido da atividade enzimática da alfa-galactosidase A e confirmou o diagnóstico de doença de Anderson-Fabry. O estudo molecular do gene GLA revelou, em hemizigotia, a mutação c.195-1G>A. O estudo familiar confirmou a doença no tio materno e em mais um familiar do sexo masculino e três do sexo feminino Comentários: O diagnóstico da doença de Anderson-Fabry é frequentemente tardio devido à raridade da doença, inespecificidade das manifestações iniciais e ao vasto espectro de diagnósticos diferenciais. O diagnóstico precoce é importante pela intervenção na progressão da doença com terapêutica enzimática de substituição. O rastreio familiar é fundamental para a detecção de casos pré-sintomáticos e sintomáticos ainda não diagnosticados.
- Acute Otitis Media a Reliable Warning Sign for Primary Immunodeficiencies?- A Critical AppraisalPublication . Furtado, F; Cordeiro, AI; Farela Neves, J; Neves, CAcute otitis media (AOM) is the most common infection in childhood, resulting from both anatomic and immunologic specificities of this age group. Recurrent AOM has been defined as one of the warning signs for primary immunodeficiencies (PID), In this study we evaluated the strength of recurrent AOM as clinical predictor of PID. Methods: Retrospective study (August 2010 - December 2013) which included all patients referred to PID appointment because of recurrent AOM (= 8 AOM episodes/year). Syndromic patients or those presenting with another warning sign for PID were excluded. Clinical, demographic and laboratory results were analized and statistical analysis was made using SPSS 20. Results: Seventy-five patients were included (median age 37,8 months; 62,7% male gender), corresponding to 15% of all first appointments. Other comorbidities were present in 20% of the patients and 17% had ORL surgery prior to PID referral. In most patients, the immunologic screening consisted on the evaluation of humoral function, but in selected cases other studies were performed (namely complement and lymphocyte immunophenotyping). A PID was identified in 12 children (16,0%) and the majority of these patients had other distinctive feature (personal or familiar antecedent of infection or auto-immunity, 66,7%, p<0,05). Nine children (12,0%) underwent prophylactic cotrimoxazole. The average length of follow-up was 11,2 months. Conclusion: Despite being a very frequent cause of immunologic screening, in this study recurrent AOM was not found to be a good predictor of underlying PID, unless the patients presents other significant personal or family history.
- Avaliação do Estado Vacinal em Crianças InternadasPublication . Farela Neves, J; Leça, A; Gomes, M; Oliveira, M; Cordeiro Ferreira, GIntrodução: O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é um programa universal e gratuito, sendo uma das suas características a acessibilidade sem qualquer tipo de barreira. Apesar do inquestionável êxito do PNV desde o seu início em 1965, poderão persistir assimetrias sociais na sua aplicação, com grupos populacionais com níveis de protecção inferiores ao desejado e risco de desenvolvimento de bolsas de susceptíveis,possibilitando a reemergência de doenças já controladas ou mesmo eliminadas no nosso país, situações que urge diagnosticar e prevenir. Objectivo: Avaliar o estado vacinal de crianças internadas numa enfermaria de Pediatria Geral e na Unidade de Infecciologia do Hospital Dona Estefânia, durante um ano, e detectar obstáculos à vacinação, quer relacionados com serviços de saúde, quer relacionados com as características sócio-demográficas da população. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar a adesão a algumas vacinas não contempladas no PNV à data do estudo. Material e Métodos: Estudo transversal que decorreu entre Janeiro e Dezembro de 2004. Incluiu o preenchimento de um inquérito pelos pais e a análise dos dados do boletim de vacinas. As perguntas aos pais incluíam características sociais e a auto-avaliação da acessibilidade à vacinação no Centro de Saúde. Para este estudo definiu-se atraso vacinal como o não cumprimento da vacinação nas datas estabelecidas, independentemente da duração do atraso. Resultados e conclusões: Nos 324 inquéritos analisados, 90% das crianças apresentava o calendário vacinal actualizado. Os factores de risco associados ao incumprimento do PNV foram a raça negra, a etnia cigana, a baixa escolaridade dos pais e a ausência de seguimento médico. Das vacinas extra-PNV à data do estudo analisadas, a vacina contra Neisseria meningitidis C (NmC) foi administrada a 30% das crianças e a vacina conjugada heptavalente contra Streptococcus pneumoniae (Pn7) a 23%, sendo que 18% das crianças tinham ambas as vacinas. Estas vacinas foram administradas predominantemente às crianças de raça caucasiana (94%), com agregados familiares pequenos (79%), seguidas por pediatra (75%)e cujos pais tinham pelo menos o 9º ano de escolaridade. Apenas 2 % dos inquiridos classificaram a acessibilidade à vacinação no Centro de Saúde como difícil.
- Case Report: Patient with Deficiency of ADA2 Presenting Leukocytoclastic Vasculitis and Pericarditis during Infliximab TreatmentPublication . Simão Raimundo, D; Cordeiro, AI; Parente Freixo, J; Valente Pinto, M; Neves, C; Farela Neves, J
- Cold Agglutinin Syndrome and Hemophagocytic Lymphohistiocytosis: An Unusual Combination Caused by Epstein–Barr Virus InfectionPublication . Sousa Nunes, B; Gouveia, C; Kjollerstrom, P; Farela Neves, JAutoimmune hemolytic anemia (AIHA) and hemophagocytic lymphohistiocytosis (HLH) are rare complications of infectious mononucleosis. The authors describe a 12-year-old male with acute infectious mononucleosis, hepatitis, cholestasis, and an autoimmune hemolytic disorder caused by cold agglutinins IgM (anti-i specificity). Clinical deterioration with persistent fever, anemia, and hepatosplenomegaly was consistent with cold AIHA plus concomitant HLH. The patient was treated with corticosteroids and acyclovir, with an uneventful recovery. Although rare, cold agglutinin syndrome and HLH can complicate infectious mononucleosis and should be considered in a patient with clinical deterioration. Corticosteroids are the mainstay treatment of HLH and may be beneficial in infection-associated cold agglutinin syndrome.
- Doença Pneumocóccica Invasiva na Era VacinalPublication . Farela Neves, J; Rodrigues, P; Peres, A; Constantino, C; Cunha, FIntrodução: A incidência da doença pneumocóccica invasiva(DPI) em Portugal em 2006 foi estimada em 30,9:100.000 em crianças com menos de 24 meses. Uma vacina conjugada heptavalente contra o Streptococcus pneumoniae (PCV7) está disponível desde Fevereiro de 2001 incluindo cerca de 61% dos serotipos responsáveis pela DPI em Portugal. Objectivos: Avaliar o impacto da DPI na população infantil da área de influência dum hospital geral de nível II da área de Lisboa e vale do Tejo. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos processos das crianças com DPI que recorreram ao serviço de urgência do HRS de 1 de Janeiro de 2001 a 30 de Junho de 2007. Foram estudadas características socio-demográficas, epidemiológicas, clínicas e microbiológicas. Resultados: Analisámos 18 casos de DPI. Menos de metade dos episódios ocorreram em crianças com idade inferior a dois anos. Apenas 33,3% das crianças pertenciam a um grupo de risco e 22% estavam vacinadas com PCV7. Registaram-se seis casos de meningite, cinco de pneumonia com bacteriémia, um de pneumonia e empiema, três de sépsis, dois de bacteriémia oculta e um de artrite séptica. Ocorreram complicações em 44% dos doentes. Uma criança ficou com sequelas. Não se verificaram óbitos. Os serotipos não vacinais predominaram (19A, 1 e 3) e 33% das estirpes isoladas eram resistentes à penicilina. Conclusões: A taxa de incidência anual de DPI na área do HRS foi estimada em 11,8:100.000 crianças, com predomínio de serotipos não vacinais, podendo reflectir a eficácia da actual vacina, mas alertando para a necessidade de uma vacina mais alargada, adequada à realidade nacional.
- Eritrodermia: Primeira Manifestação de Défice Imunitário CongénitoPublication . Diamantino, F; Farela Neves, J; Lopes, MJA Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro associada a transfusão (DEH-AT) é uma complicação rara da transfusão de hemoderivados não irradiados que afecta habitualmente indivíduos pertencentes a grupo de risco, nomeadamente crianças com imunodeficiência congénita. Caracteriza-se por um envolvimento cutâneo, gastrointestinal e hematológico, sendo habitualmente fatal. Descreve-se um caso DEH-AT atenuada que constituiu o indício para o diagnóstico de uma imunodeficiência combinada. A doença manifestou-se com rash característico mas não apresentou envolvimento digestivo ou hematológico, provavelmente pela corticoterapia concomitante. Tal facto permitiu a sobrevivência da criança e o diagnóstico de uma imunodeficência combinada. O diagnóstico definitivo de DEH-AT pode ser difícil uma vez que as manifestações clínicas e histológicas mimetizam, com frequência, outras situações, tais como toxidermia ou doença viral.
- Haploidentical α/β T-cell and B-cell Depleted Stem Cell Transplantation in Severe Mevalonate Kinase DeficiencyPublication . Faraci, M; Giardino, S; Podestà, M; Pierri, F; Dell’Orso, G; Beccaria, A; Farela Neves, J; Volpi, S; Gattorno, MObjective: Mevalonic aciduria represents the most severe form of mevalonate kinase deficiency (MKD). Patients with mevalonic aciduria have an incomplete response even to high doses of anti-cytokine drugs such as anakinra or canakinumab and stem cell transplantation (SCT) represents a possible therapy for this severe disease. Methods: We report the first two children affected by severe MKD who received haploidentical α/β T-cell and B-cell depleted SCT. Both patients received a treosulfan-based conditioning regimen and one received a second haploidentical-SCT for secondary rejection of the first. Results: Both patients obtained a stable full donor engraftment with a complete regression of clinical and biochemical inflammatory signs, without acute organ toxicity or acute and chronic GvHD. In both, the urinary excretion of mevalonic acid remained high post-transplant in the absence of any inflammatory signs. Conclusion: Haploidentical α/β T-cell and B-cell depleted SCT represents a potential curative strategy in patients affected by MKD. The persistence of urinary excretion of mevalonic acid after SCT, probably related to the ubiquitous expression of MVK enzyme, suggests that these patients should be carefully monitored after SCT to exclude MKD clinical recurrence. Prophylaxis with anakinra in the acute phase after transplant could represent a safe and effective approach. Further biological studies are required to clarify the pathophysiology of inflammatory attacks in MKD in order to better define the therapeutic role of SCT.
- Health-Related Quality of Life of Pediatric Intensive Care SurvivorsPublication . Cunha, F; Almeida-Santos, L; Teixeira-Pinto, A; Farela Neves, J; Deolinda Barata, D; Costa-Pereira, AObjetivo: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS)de crianças sobreviventes à alta da terapia intensiva pediátrica. Métodos: Foi realizada uma avaliação prospectiva da QVRS na admissão e após 6 meses em crianças com idade igual ou superior a 6 anos, internadas em três unidades de terapia intensiva pediátricas (UTIPs) terciárias de maio de 2002 a junho de 2004. A QVRS foi avaliada com o questionário Health Utilities Index Mark 3 (HUI3), aplicado a um representante da criança. Resultados: Das 517 admissões elegíveis, 44 crianças faleceram na UTIP (8,5%) e 320 casos foram avaliados na admissão; entre eles, foi possível realizar o seguimento de 252 casos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os escores globais do HUI3 antes da admissão e no seguimento [medianas (intervalo interquartil) de 0,86 (0,42-1,00) e 0,83 (0,45-1,00); p = 0,674, respectivamente]. No âmbito individual, 21% das crianças não apresentaram mudanças na QVRS, foi observada melhora em 40% e agravamento em 38% dos casos. Deficiência grave antes da admissão (escore global do HUI3 < 0,70)esteve presente em 36% dos casos, com melhora no seguimento aos 6 meses em 60% deles. Entre aqueles que apresentaram agravamento da QVRS no seguimento, 45% eram vítimas de trauma. Conclusões: Embora a QVRS seja globalmente semelhante nas duas avaliações, foram encontradas várias diferenças no âmbito individual. As crianças com baixa QVRS antes da admissão (deficiência grave) podem se beneficiar da terapia intensiva pediátrica, visto que muitas dessas crianças melhoraram a QVRS, em comparação com seu estado pré-admissão.
- Hemophagocytic Lymphohistiocytosis in 2 Patients with Underlying IFN-g Receptor DeficiencyPublication . Tesi, B; Sieni, E; Neves, C; Romano, F; Cetica, V; Cordeiro, AI; Chiang, S; Schlums, H; Galli, L; Avenali, S; Tondo, A; Canessa, C; Henter, J; Nordenskjold, M; Hsu, A; Holland, S; Farela Neves, J; Azzari, C; Bryceson, Y