PEDOP - Artigos
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing PEDOP - Artigos by Title
Now showing 1 - 10 of 50
Results Per Page
Sort Options
- Abordagem Terapêutica na Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção em Idade PediátricaPublication . Barrias, P; Nunes Filipe, C; Santos, C; Oliveira, G; Santos, I; Grujo, M; Freitas, PA Perturbação de Hiperatividade com Défice da Atenção (PHDA) é uma Perturbação do Neurodesenvolvimento com individualidade categorial reconhecida e que interfere significativamente com o funcionamento do indivíduo. A intervenção terapêutica deve ser, necessariamente, adaptada à idade e à condição do indivíduo. Quando está indicado o tratamento farmacológico, o metilfenidato tem sido o fármaco mais utilizado. A medicação, apesar da sua eficácia e da simplicidade do seu uso, não deve ser entendida como sendo a única medida a tomar. Tem sido demonstrado que, na maioria dos casos, está aconselhada uma abordagem multimodal, associando a medicação com intervenções psicoeducativas, intervenções comportamentais e mudanças e/ou ajustamentos educacionais. As intervenções não farmacológicas potenciam e complementam os resultados, podendo permitir a construção de estratégias adaptativas que, tanto a curto, como a longo prazo, podem beneficiar o desempenho do paciente.
- Bem me Quer, Mal me Quer... Perturbação da Relação Cuidador - Criança. Caracterização do Diagnóstico de Eixo II (DC 0-3R) numa Amostra Clínica de Primeira InfânciaPublication . Mesquita Reis, J; Pinto Ferreira, B; Queiroga, L; Caldeira da Silva, PEmbora vários autores tenham alertado para a influência da relação com o cuidador no desenvolvimento psicoafetivo da criança, as investigações relativas às perturbações da relação, à sua evolução ao longo tempo e aos fatores que contribuem para o desenvolvimento posterior de outros diagnósticos psicopato - lógicos, são ainda escassas. Com este estudo pretendeu-se caracterizar uma amostra clínica de crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 4 anos de idade, com o diagnóstico de perturbação da relação cuidador/criança (Eixo II – DC 0-3R). Numa fase posterior pretende-se realizar um estudo longitudinal para avaliação da dinâmica evolutiva destes quadros. Verificou-se uma associação entre a existência de psicopatologia materna e a presença de uma perturbação na relação cuidador/criança. Assim, este estudo alerta para importância de um diagnóstico e intervenção precoce da psicopatologia materna de forma a prevenir a instalação destes quadros. Adicionalmente reforça a importância de uma proximidade e articulação entre os serviços de psiquiatria e pedopsiquiatria.
- Biological and Physiological Markers of Tactile Sensorial Processing in Healthy NewbornsPublication . Gonçalves, MG; Caldeira-da-Silva, PThe main objective of this review is to provide a descriptive analysis of the biological and physiological markers of tactile sensorial processing in healthy, full-term newborns. Research articles were selected according to the following study design criteria: (a) tactile stimulation for touch sense as an independent variable; (b) having at least one biological or physiological variable as a dependent variable; and (c) the group of participants were characterized as full-term and healthy newborns; a mixed group of full-term newborns and preterm newborns; or premature newborns with appropriate-weight-for-gestational age and without clinical differences or considered to have a normal, healthy somatosensory system. Studies were then grouped according to the dependent variable type, and only those that met the aforementioned three major criteria were described. Cortisol level, growth measures, and urinary catecholamine, serotonin, and melatonin levels were reported as biological-marker candidates for tactile sensorial processing. Heart rate, body temperature, skin-conductance activity, and vagal reactivity were described as neurovegetative-marker candidates. Somatosensory evoked potentials, somatosensory evoked magnetic fields, and functional neuroimaging data also were included.
- Caracterização dos Casos Observados numa Equipa de Psiquiatria da Infância e Adolescência. Um Estudo RetrospectivoPublication . Encarnação, R; Moura, M; Gomes, F; Caldeira da Silva, PAo longo das últimas décadas tem-se assistido a um crescente número de crianças que necessita de avaliação e acompanhamento em Psiquiatria da Infância e Adolescência. Actualmente estima-se que entre 10 a 20% das crianças tenham um ou mais problemas de Saúde Mental, sendo que apenas um quinto destas recebem o tratamento apropriado. Assim, no sentido de se poder proceder a uma melhor planificação e gestão de recursos realizou-se uma análise do movimento assistencial de uma Equipa de Pedopsiquiatria entre 2004 e 2007 bem como uma análise descritiva detalhada da população de utentes do ano 2007. No período de quatro anos estudado foram observadas 1923 crianças num total de 9609 consultas. Verificou-se um predomínio claro de crianças e adolescentes do sexo masculino e a média etária observada foi de 9,89 anos. A caracterização da população consultada no ano de 2007 (480 utentes), revelou também uma preponderância das estruturas familiares nucleare e, ao nível da área de residência destaca-se um predomínio de crianças do concelho de Sintra (71%). Quanto à origem do pedido, em 29% os casos foram referenciados pelo Médico Assistente e em 26% pela Escola; os motivos de consulta mais frequentes foram os problemas de comportamento (30%) e as dificuldades de aprendizagem escolar (15%). Foi possível ainda caracterizar os pedidos de consulta por fonte de referenciação. No que concerne ao diagnóstico, a nível psicodinâmico, a Organização Depressiva predomina (56%) enquanto, quando analisados os diagnósticos do Eixo I de acordo com a DSM-IV-TR, se verifica um predomínio das Perturbações do Humor (30%) seguindo-se as Perturbações do Comportamento e Défice de Atenção (24,8%). Os tempos de espera médios entre o pedido e a primeira consulta variaram entre 55 dias (casos provenientes do Serviço de Urgência) e os 141 dias (casos sinalizados pela escola). Apenas com uma análise aprofundada da realidade assistencial nesta área permitirá a planificação e implementação de medidas que visem optimizar os Serviços e a resposta que estes dão às crianças, adolescentes e famílias.
- Caracterização dos Hábitos de Sono na Primeira Infância numa População ClínicaPublication . Pinto Ferreira, B; Mesquita Reis, J; Teixeira, RM; Caldeira da Silva, PIntrodução: Os problemas de sono fazem parte das queixas mais referidas, nomeadamente as dificuldades para as crianças se tranquilizarem e adormecerem na hora de dormir e os despertares noturnos frequentes. O objectivo deste estudo foi caracterizar os hábitos de sono na primeira infância. Materiais e Métodos: Construção de questionário sobre os hábitos de sono na primeira infância, aplicando-o a uma população de crianças atendidas em primeira consulta de pedopsiquiatria no Centro de Estudos do Bebé e da Criança / Unidade da Primeira Infância (n=93), dos 0 aos 3 anos de idade, durante o ano de 2014. Resultados: A média de idades é de 27 meses, variando entre 1 e 36 meses. Não existem diferenças estatisticamente significativas entre sexos e idades relativamente ao ambiente em que dormem. 77% das crianças têm rotinas antes de adormecer. As crianças que têm rotinas, têm menor dificuldade em adormecer (p=0,028). 38,04% dos pais considera que existem problemas de sono. A média do número total de horas de sono entre os 3 e os 11 meses foi de 12h e entre os 12 e os 35 meses de 11h. Discussão: Concordante com a literatura, a maioria das crianças acorda durante a noite (61,3%), o número e a duração de sestas diminui ao longo da vida e os problemas de sono são frequentes (38,04%), apesar de neste estudo terem uma prevalência ligeiramente superior. A duração de sono das crianças é inferior ao recomendado. Conclusão: Verifica-se uma associação significativa entre a inexistência de rotinas e a dificuldade em adormecer e uma associação significativa entre crianças que dormem sozinhas e ausência de problemas de sono.
- Comportamento Suicidário nos Internos de Psiquiatria em Portugal: Comparação com a Realidade EuropeiaPublication . Gama Marques, J; Roberto, A; Guerra, C; Pinto da Costa, M; Podlesek, A; Beezhold, J; Jovanovic, N; Moscoso, AIntrodução: O objectivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de ideação suicida e tentativas de suicídio nos médicos internos de psiquiatria de adultos e de psiquiatria da infância e da adolescência em Portugal, e comparar os resultados com a população geral portuguesa e de outros países europeus. Material e Métodos: Enviou-se um questionário estruturado e anónimo, por e-mail, aos 159 internos de psiquiatria de adultos e de psiquiatria da infância e da adolescência do país, questionando antecedentes pessoais de ideação suicida e tentativas de suícidio, bem como antecedentes familiares de tentativas de suicídio falhadas e consumadas. Estas questões fazem parte do Estudo BoSS (Burnout Syndrome Study) realizado em 21 países. A análise dos dados foi feita através do programa informático SPSS v. 19. Resultados: Responderam parcialmente ao questionário 62 internos (40,3%) e 46 (29%) responderam ao questionário na totalidade, constituindo assim a amostra. O ratio feminino:masculino foi de 2:1 e a média de idade de 29 anos. A ideação suicida estava presente na forma passiva em 44% dos inquiridos e na forma activa em 33%; 4,3% referiu tentativas de suicídio prévias. Em relação à história familiar, registou-se 22% de tentativas de suicídio e 13% de suicídio consumado. Discussão: Os resultados obtidos são preocupantes e podem estar associados a factores específicos a que esta população está exposta. Conclusão: É necessária uma investigação mais aprofundada para se compreender melhor este fenómeno, respectivas causas e potenciais modificadores
- Comportamentos Auto lesivos não suicidários numa Unidade Internamento de Pedopsiquiatria − 2010 a 2015Publication . Leal, D; Duque, TIntrodução: Os Comportamentos Autolesivos Não Suicidários (CANS), caracterizados pela destruição direta e deliberada de tecido corporal, na ausência de intenção suicida e para propósitos não socialmente aceites, são um fenómeno frequente em adolescentes, principalmente em amostras clínicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e evolução de CANS na Unidade de Internamento de Pedopsiquiatria. Pretendeu-se também comparar os doentes com CANS com os doentes sem estes comportamentos. Metodologia: Consulta e levantamento de dados dos processos clínicos de todos os doentes internados nos meses de janeiro, de 2010 a 2015. Resultados: Em 2010 e 2011 a prevalência de CANS era relativamente constante (12-13%), tendo-se verificado um aumento da prevalência em 2012 (20%) e em 2013 (33%), que em 2014 e 2015 se tem mantido constante (33-35%). Encontrou-se uma associação entre CANS e sexo feminino, tentativas de suicídio prévias, perturbação de Humor, perturbação de personalidade cluster B e consumo de substâncias. Conclusões: A prevalência de CANS nos doentes internados na unidade de Pedopsiquiatria aumentou. Encontrou-se associação entre CANS e comporta - mentos suicidários e psicopatologia.
- Corpo e Psicomotricidade na Emergência da Vida PsíquicaPublication . Duarte da Costa, LA criança, através do seu Corpo e do seu comportamento relacional precisa de Descobrir, em primeiro lugar, o prazer de criar sentido e de "dialogar" com o Outro. A Psicomotricidade consiste numa terapia de mediação corporal e expressiva em que o psicomotricista estuda e intervém no comportamento motor, inadequado e impróprio, em várias situações, normalmente relacionado com problemas no desenvolvimento e maturação psicomotoras, do comportamento, aprendizagem e do domínio psicoafectivo. Neste artigo a autora aborda aspetos que considera relevantes no seguimento terapêutico de uma criança em Psicomotricidade, realçando a importância de um Espaço Terapêutico suficientemente flexível e rico em mediadores, numa situação em que a expressão verbal não se apresenta como forma preferencial de comunicação. A partir deste seguimento, propõe-se refletir nas várias possibilidades terapêuticas oferecidas às crianças que se encontram em fases cuja atividade do Pensar ainda está muito enraizada nas sensações, no Corpo, no pré-verbal, e com fraco envolvimento representativo.
- Depression Among Portuguese Pregnant Women During Covid-19 Lockdown: A Cross Sectional StudyPublication . Padez Vieira, F; Mesquita Reis, J; Figueiredo, PR; Lopes, P; Nascimento, MJ; Marques, C; Caldeira da Silva, PIntroduction: Coronavirus disease 2019 was declared as a pandemic on March 2020. Research on its psychological effects is still lacking. Perinatal depression is a medical complication of pregnancy, especially in situations of stress. In this study, we aimed to investigate the presence of symptoms of depression in pregnant women during the lockdown period in Portugal. Methods: This study consisted in a cross-sectional study among Portuguese pregnant women, who completed an online self-report questionnaire between 25th April and 30th April 2020. An anonymous online questionnaire was developed to assess depression and concerns related to COVID-19. This study was approved by the IRB of Hospital Dona Estefânia and performed in accordance with the ethical standards laid down in the 1964 Declaration of Helsinki. Eligibility criteria included pregnant women, ≥ 18 years and living in Portugal. The primary outcome was to evaluate the presence of depressive symptoms and its association to socio-demographic characteristics and to concerns related to COVID-19. Results: A total of 1698 pregnant women were enrolled. The mean age was 31.9 years. 82.4% felt a negative impact of the pandemic in the surveillance of pregnancy and 43% felt insufficient support. 26.3% showed "possible depression" according to the EPDS. A regression analysis revealed the possibility of depression increased as the concerns about COVID increased and was lower for women with support. The possibility of depression was higher for women with psychiatric medical history. Conclusion: This study demonstrated a significant increase in clinically significant depressive symptoms in pregnant women during the lockdown. It also revealed some of the socio-demographic characteristics of women at risk for depression. If left untreated, depression tends to persist, affecting the woman and also the child. Our findings suggest that COVID-19 represents a serious challenge for this population and reinforce the urgent need for early detection and intervention on mental health issues during pregnancy, especially during the pandemic.
- Diagnosic Classification: Results from a Clinical Experience of Three Years with DC: 0–3Publication . Cordeiro, MJ; Caldeira-da-Silva, PInfancy and early childhood are characterized by a dynamic and ever changing process. Since the beginning of their clinical work at the Infancy Unit, the authors were concerned with individual assessment and the questions about the role played by parents as well as by babies in pathology and intervention.In this article, the authors begin with a description of the path that led them to the selection of DC 0–3 as a diagnostic classification system and how this has been instrumental in helping them to better define infant psychopathology and guide them in treatment orientations. Next, they present the results of the applicationof Axis I and II of DC: 0–3 in their clinical population in the years 1997, 1998, and 1999. The objectives of this study were to learn more about the distribution of mental disorders in a clinical population up tofour years of age. The authors attempted to separate infants at risk for developing psychic disorders from those presenting current psychopathology as well as the possible influence of demographic features on this distribution, to define a target population and design adapted therapeutic measures. The identification of these objectives provides the rationale for the use of a diagnostic tool, like DC: 0–3, which is essential to plan clinical activity, to evaluate therapeutic efficacy, and to develop specific programs.