Estomatologia
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- Abcesso do Espaço de Parona com Origem em Foco Sético Oral: Abordagem MultidisciplinarPublication . Fonseca, L; Ribeiro, L; Pinheiro, J; Silva Guerra, AA infeção do espaço de Parona é uma patologia rara do antebraço. Reportamos um caso de um homem de 55 anos, com dor e impotência funcional na porção distal do antebraço, sem história de trauma, com uma semana de evolução. Associadamente, apresentava história de infeção odontogénica, síncrona com o início das queixas do antebraço, mas com resolução espontânea. A ecografia do punho documentou um abcesso, que foi prontamente drenado e o exame microbiológico demonstrou infeção por Streptococcus constellatus. A avaliação estomatológica revelou agudização sintomática de periodontite crónica no dente 2.7. O doente realizou a eliminação de focos séticos orais durante o internamento e teve alta com evolução favorável. As manifestações do quadro clínico e o agente isolado confirmam a origem odontogénica. Do que pudemos apurar, este é o primeiro caso publicado de um abcesso antebraquial odontogénico e demonstra a importância da eliminação sistemática de focos séticos orais na população geral.
- Brain Abscess: a Rare Clinical Case with Oral EtiologyPublication . Rocha Pereira, A; Tavares, AT; Prates, M; Ribeiro, N; Fonseca, L; Marques, MR; Proença, FBrain abscess is a very rare condition but has a significant mortality rate. The three main routes of inoculation are trauma, contiguous focus, and the hematogenous route. The odontogenic focus is infrequent and is usually a diagnosis of exclusion. This paper presents a brain abscess case proven to be of dental origin, caused by Actinomyces meyeri and Fusobacterium nucleatum. This case highlights the risk underlying untreated dental disease and why oral infectious foci removal and good oral health are essential in primary care.
- Case of Odontoma-Related Infection in a Cleidocranial DysplasiaPublication . Martins, A; Caixeirinho, P; Fernandes, A
- A Case Report of a Sclerotic Fibroma of the Oral MucosaPublication . Figueiredo, L; Leite, PM; Varela, M; Veiga, F; Fernandes, ASclerotic fibroma, also known as storiform collagenoma, is a rare benign tumor that grows on the skin, but it can also appear, less frequently, in the oral mucosa. It can present as part of Cowden syndrome manifestation, especially when multiple lesions are encountered, but it may also appear as a solitary, sporadic lesion in healthy individuals. We describe a patient, diagnosed with Cowden syndrome, who presented with a sclerotic fibroma in the oral mucosa, which is a very uncommon manifestation of Cowden syndrome.
- Dentes Verdes: a Propósito de Três Casos ClínicosPublication . Mussá, Y; Ramazanova, A; Prates, M; Pereira, A; Martins, A
- Disfunção Temporomandibular como Síndrome Inaugural de Artrite Idiopática JuvenilPublication . Ribeiro, N; Fonseca, L; Fernandes, F; Pinheiro, J; Proença, FA artrite idiopática juvenil abrange um grupo vasto de doenças articulares inflamatórias de causa desconhecida, com aparecimento antes dos 16 anos de idade. A articulação temporomandibular está envolvida na Artrite Idiopática Juvenil em mais de 80% dos casos, embora assintomática em 70% destes. Este trabalho relata um caso de uma doente de 15 anos, previamente saudável, com antecedentes de tratamento ortodôntico, que inicia sintomatologia de disfunção temporomandibular. Devido ao início súbito e insidioso, à idade da doente e à escassez dos presumíveis fatores de risco da doença, procurou-se avaliar a hipótese de componente de autoimunidade que, não sendo ainda positivada desde logo, acabou por se confirmar com o diagnóstico de Artrite Idiopática Juvenil, num contexto de outro episódio artrítico de outra articulação. A doente encontra-se medicada com metrotrexato, a fazer com fisioterapia dirigida e terapêutica conservadora com goteira de estabilização oclusal com melhoria significativa da sintomatologia. O recente reconhecimento da prevalência elevada de artrite temporomandibular em crianças com Artrite Idiopática Juvenil, associada com a morbilidade relativa à articulação deve preocuparmo-nos enquanto clínicos a estar atentos à possibilidade de existência de Disfunção Temporomandibular, mesmo que assintomática, em doentes com Artrite Idiopática Juvenil, ou vice-versa, e investigá-las e tratá-las em conformidade.
- Displasia Cimento Óssea Florida: Apresentação Rara de um Problema ComumPublication . Prates, M; Zagalo, C; Tavares, AT; Pereira, A; Martins, J; Figueiredo, LIntrodução A displasia cimento-óssea (DCO) é a lesão fibro-óssea mais comum. Pensa-se que a DCO tem origem no ligamento periodontal. Outros acreditam que tem origem num defeito da remodelação óssea desencadeada por lesões locais. Com base nas características clínicas e radiográficas, as DCO dividem-se em focal, periapical e florida. A DCO florida caracteriza-se por um envolvimento multifocal não limitado aos segmentos anteriores. Esta forma afecta sobretudo mulheres melanodérmicas com particular incidência nos adultos de meia-idade e idosos. Caracteriza-se por lesões bilaterais e por vezes simétricas. Normalmente estas lesões são assintomáticas podendo tratar-se de achados radiográficos. Noutros casos pode haver dor ligeira, fístulas alveolares e exposição óssea. Raramente pode haver expansão óssea. Radiograficamente, apresentam um padrão semelhante às outras formas de DCO. Inicialmente as lesões são radiotransparentes, adquirindo um padrão misto e posteriormente tornam-se radiopacas com halo radiotransparente. Caso Clínico Mulher, 53 anos, originária da Índia, com Diabetes Mellitus tipo 2. Vai a consulta de Cirurgia de Cabeça e Pescoço no IPO Lisboa enviada pelo médico de família com a informação de ser seguida em Oncologia na Índia por “neoplasia óssea com atingimento a nível de mandíbula e maxilar superior com destruição óssea progressiva”. Clinicamente refere desde há 20 anos parestesias na hemimandíbula esquerda com instalação de dor há 10 anos. Com recente irradiação da dor para a nuca. À observação tem gengivite tartárica, sem outras alterações. Traz consigo duas TC-Cone Beam (2012 e 2017) que mostram a existência e evolução de cinco lesões junto às regiões de 13-14, 23-25, 33, 36 e 46. As múltiplas lesões eram sugestivas do diagnóstico de DCO florida. Pediu-se TC Maxilofacial e manteve-se a sob vigilância medicando-se sintomaticamente. Discussão e Conclusões Nas DCO periapical e florida, os achados clínicos e radiográficos permitem fazer um diagnóstico presuntivo. As características da DCO focal são menos específicas e por isso a biopsia pode ser necessária. A DCO não tem natureza neoplásica e geralmente não requer remoção sendo que para um paciente assintomático a reavaliação periódica e o controlo da doença periodontal estão indicados. Raramente, estas lesões apresentam um crescimento progressivo (displasia óssea expansiva) com necessidade de remoção. Em geral, o prognóstico é bom. O desenvolvimento de sarcomas em áreas de DCO está relatado mas é muito raro.
- Existe Associação entre Acufeno e Disfunção Temporomandibular?Publication . Oliveira, M; Barros, C; Caixeirinho, P; Chantre, T; Moreira, I; Proença, F; Sousa, HA coexistência frequente de acufeno e distúrbios da articulação temporomandibular e dos músculos da mastigação (DTM) levou à suposição de que existe uma relação entre as duas condições. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de acufeno em doentes com DTM e os efeitos do tratamento desta sobre o acufeno. Foram incluídos 57 doentes seguidos em consulta de Estomatologia - DTM no ano 2021 e primeiro semestre de 2022. Foi questionada a presença de acufeno e aplicado o questionário Tinnitus Handicap Index (THI). 72% tiveram 1 ou mais episódios de acufeno. 89,5% eram do sexo feminino e verificaram-se 2 picos de incidência na faixa etária entre os 18-30 (21,1%) e os 41-50 anos (24,6%). Em 85,4% dos doentes o acufeno era intermitente e 41,5% grau reduzido. Foi encontrada associação entre a lateralidade do acufeno e da DTM (p<0.001). 67% melhorou o acufeno após terapêutica para DTM (p= 0.0135).
- Fibroma Periférico: Quando o Subtipo Influencia o ResultadoPublication . Tavares, AT; Pereira, A; Proença, F; Figueiredo, L; Prates, M; Varela, MCIntrodução O fibroma periférico ossificante é uma entidade relativamente comum, correspondendo a 9% de todas as tumefações gengivais. É caracterizada por uma neoformação reativa com aumento do volume gengival e um padrão histomorfológico específico. A etiologia é desconhecida, embora seja colocada a hipótese que tenha origem no ligamento periodontal, córion gengival ou periósteo. Também está documentado que pode representar uma maturação de um granuloma telangiectásico ou granuloma periférico de células gigantes preexistentes. Localiza-se, em 60% dos casos, na maxila e mais de 50% dos casos ocorrem na região dos incisivos e caninos. Atinge sobretudo crianças e adultos jovens e tem predileção pelo sexo feminino. A sua apresentação típica é uma massa firme, com 0,5 a 2 cm de diâmetro, bem definida, séssil ou pediculada. Normalmente a lesão é coberta por epitélio normal, mas pode ulcerar ao longo da evolução, com variação da coloração entre rosa e vermelha. Histopatologicamente, apresenta-se como uma proliferação fibroblástica com componente mineralizado, como osso, cimento ou calcificação distrófica. Pode ainda apresentar infiltrado inflamatório crónico e células gigantes multinucleadas. O seu correspondente central é designado por fibroma ossificante: uma lesão localmente agressiva que pode levar à destruição óssea acentuada e à lesão de estruturas vasculonervosas circundantes. Apesar do bom prognóstico após excisão cirúrgica, o fibroma periférico ossificante tem uma elevada taxa de recidiva quando não excisado por completo. Com este caso clínico pretendemos demonstrar a importância do diagnóstico histológico que permitiu a deteção precoce da recidiva. Caso Clínico Mulher de 33 anos, saudável, recorre ao Serviço de Urgência do Hospital de São José em fevereiro de 2019 por tumefação da gengiva do 4º quadrante, sem saber especificar o início de aparecimento e sem qualquer outra sintomatologia associada. Objetivamente apresentava múltiplas raízes retidas e identificou-se uma tumefação gengival avermelhada, não ulcerada, não sangrante e indolor à palpação, com 2cm de maior eixo, na face vestibular do 4º quadrante, adjacente às raízes do 4.6 e 4.7. Foi requisitada uma Ortopantomografia que revelou apenas raízes retidas de 3.6, 3.7, 4.6 e 4.7. Após rotinas laboratoriais sem alterações, a doente foi submetida a exodontia do dente 4.8 e raízes de 4.6 e 4.7. Concomitantemente realizou-se uma biópsia excisional da lesão do 4º quadrante, associada a uma curetagem dos ligamentos periodontais e periósteo e antibioterapia (Amoxicilina 1g: 1 comprimido de 8 em 8 horas). Posteriormente extraíram-se as raízes de 3.6 e 3.7. O resultado anatomopatológico foi “Fibroma ossificante”. Na consulta de reavaliação em setembro apresentava novamente e na mesma localização uma lesão ulcerada, não sangrante e indolor à palpação com cerca de 1,5cm de maior eixo, com 1 mês de evolução. Pediu-se nova Ortopantomografia que revelou alvéolos livres exceto nos dentes remanescentes, sem qualquer lesão intraóssea. Procedeu-se a nova biópsia excisional com regularização do rebordo alveolar. O Serviço de Anatomia Patológica comparou estes fragmentos com aqueles obtidos na primeira biópsia tendo concluído: “Fibroma periférico. Lesão do tipo ossificante (porção central) e do tipo células gigantes (porção periférica). A celularidade do estroma aponta para variante juvenil. A lesão interessa as margens”. Após 18 dias a doente estava assintomática, a ferida operatória com boa evolução cicatricial e agendou-se consulta de reavaliação aos 3 meses. Discussão e Conclusão Os fibromas periféricos são lesões hiperplásicas reativas que ocorrem exclusivamente na gengiva. O fibroma periférico ossificante é o subtipo com maior frequência de recidiva, sendo fundamental o seguimento periódico de doentes com este diagnóstico. Apesar da Ortopantomografia não apresentar lesões ósseas, o resultado histopatológico inicial podia levar-nos a suspeitar da variante central do fibroma ossificante. Dadas as características agressivas desta lesão, a consulta de reavaliação foi agendada numa cronologia que nos permitiu a deteção precoce da recidiva. A comparação das lâminas entre a primeira e segunda biópsias foi essencial para um diagnóstico definitivo. Não obstante apresentar algumas características celulares mais frequentemente observáveis no fibroma ossificante juvenil, a classificação desta lesão como fibroma periférico permitiu-nos uma abordagem mais conservadora, sem compromisso do prognóstico. A doente encontra-se assintomática e com consultas periódicas no Serviço de Estomatologia do Hospital de São José.
- First Bite Syndrome: uma Complicação Rara de Cirurgia de Cabeça e PescoçoPublication . Prates, MO First Bite Syndrome é um quadro de dor facial que surge mais frequentemente como complicação de cirurgia da cabeça e pescoço. Caracteriza-se por um quadro de dor que surge com o início da mastigação e que vai diminuindo de intensidade ao longo da refeição. Devido ao impacto que pode ter na alimentação, é importante saber identi%car e tratar esta síndrome. O tratamento pode ser complexo e varia com a causa.